quinta-feira, 8 de maio de 2014

Quatro ases


Vítor Sereno falou das obras recentemente realizadas na residência oficial do Cônsul-Geral de Portugal, que se situa, como todos sabem, nas instalações do Hotel Bela Vista, e estão concedidas ao Estado Português até 19 de Dezembro de 2049, com a finalidade de acolher o cônsul e restantes elementos do corpo diplomático português na RAEM. As obras, que no total custaram dois milhões de patacas, foram financiadas por Ng Fok, conhecido empresário da região, já octagenário e nascido em Macau. Imediatamente começaram-se a torcer muitos narizes - o natural quando os cães que só farejam dinheiro ouvem falar de montantes deste calibre. Sereno respondeu, serenamente, como é de seu timbre, que o local necessitava de obras, ainda se deu ao trabalho de explicar porquê, e deixou claro que a despesa deixou "tudo incluído", não vá por aí alguém pensar que os dois milhões são alguma "simpatia", tendo em conta que um certo arquitecto com ligações ao executivo recebeu muitas vezes esse valer "só" para desenhar o futuro hospital público - guardado para as calendas gregas, como se sabe. Sereno concluíu ainda que Ng Fok "é um cidadão português", assim como é a sua família, e somos nós, e a nossa família também. Aparentemente o nosso cônsul-geral, como chegou apenas há pouco mais de um ano, ainda não está habituado às tricas de merda que são habituais por estas bandas. Fosse o Estado português a pagar, e andava tudo por aí a subir pelas paredes, mas como um velhote chinês podre de massa, é porque "tem interesses". Se calhar estão com medo que se façam aterros do Cabo Espichel até aos Açores, e plantem lá casinos.


De parabéns está também a Associação de Jornalistas de Macau, quando após a visita de Li Gang, chefe do Gabinete de Ligação da RPC para Macau, ocorreu mais um incidente entre seguranças e profissionais da imprensa, e numa nota deixou claro que "têm câmaras e microfones, e não armas". Esta segunda-feira uma jornalista foi empurrada depois de ter tentado fazer uma pergunta ao político chinês, que depois se disse sempre "disponível para responder a todas as perguntas". Este infeliz episódio seguiu-se a outro durante o último fim-de-semana, quando outra profissional da comunicação social foi agredida após tentar abordar Chefe do Executivo, Chui Sai On. Quando muita da carneirada espera que venham altas individualidades aplaudir este tipo de atropelos à liberdade de expressão, é bom saber que há quem não fique calado, e depois exista simpatia da parte dos responsáveis, que dão a entender que por vezes estes são sermões que nunca foram por eles encomendados.


Na altura em que comemora o seu 13º aniversário, a Associação dos Aposentados e Pensionistas de Macau (APOMAC) vai mantendo à frente da sua direcção Francisco Manhão, o seu presidente desde a primeira hora. O "alemão", como é carinhosamente conhecido pelos amigos e conhecidos, tem feito a APOMAC crescer, e assim os pensionistas do território têm na sede da Av. Sidónio Pais não só um local onde conviver (e diz que se come lá muito bem, também), como uma voz que se faz ouvir em nome dos seus direitos - isto apesar do conflito com a ATFPM de Pereira Coutinho, mas isso são contas de outro rosário.


"Quem espera sempre alcança", diz o povo e com o razão, e isto pode aplicar-se a José Tavares, que foi indigitado por um ano para o cargo de presidente efectivo do Instituto de Desporto (IDM). Depois de vários anos ao serviço da edilidade encarregada do desporto no território como vice-presidente, primeiro como "right-hand man" de Manuel Silvério, e depois como nº 2 de Alex Fong, com a saída deste último para o IACM para substituir Tam Wai Man, actualmente a ser julgado pelo envolvimento no caso das campas Tavares tem exercido competentemente a presidência como substituto. Era apenas justo que chegasse finalmente ao topo da carreira nas suas funções, e visse assim reconhecido o seu mérito.

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