quarta-feira, 7 de maio de 2014

Jesus, o Morgado, perdoa Maria, a Vieira


Maria Vieira, a diminuta actriz que se celebrizou sobretudo pelas suas colaborações com Herman José nos anos 80 e 90 voltou a ser notícia, se bem que por motivos que podem ser interpretados de forma diversa. A "Parrachita", nome pelo qual é carinhosamente (?) conhecida, criticou o actor Diogo Morgado pela sua participação no concurso "Vale Tudo", da SIC, que considera "lixo televisivo". Maria Vieira considera que um actor do gabarito de Morgado, que ficou conhecido no mundo inteiro (que vê televisão e produções norte-americanas, pelo menos), pelo seu papel de Jesus Cristo na série do History Channel dedicado à vida do Salvador e idealizador da doutrina cristã. A actriz apelidou o programa "Vale Tudo" de "uma coisa tipo programa de televisão que envolve planos inclinados, quedas aparatosas, embates mais ou menos estúpidos contra paredes e efectivação de figuras ridiculamente idiotas". Rui Unas, que trabalha no programa em questão, respondeu à letra a Maria Vieira no Facebook, e até foi bastante diplomático, mas depois seria Jesus, o Morgado, a apaziguar as almas agitadas: "A mesma vontade e alegria com que aprendi enquanto trabalhei nos 'Malucos do Riso' é a mesma vontade com que aprendi sobre a 'Vida de Salazar'. Querida Maria, eu não sou actor porque tenho uma agenda ou estratégia de carreira. Sou actor porque amo o público e fazê-lo vibrar com alguma coisa que possa interpretar, seja a rir ou chorar, dá-me vida", disse, prosseguindo depois com: "O que fui fazer ao 'Vale Tudo' não foi mais do que reencontrar, divertir e divertir-me com quem me viu crescer e aprender o público português a quem serei sempre grato. E nada mais do que isso. Querida Maria compreendo que não aprove tudo o que eu possa eventualmente fazer profissionalmente, da mesma maneira que lamento nunca a ter visto em algo que não me provoque apenas uma genuína gargalhada. Mas sabe tão bem ou melhor que eu que vida de artista é mesmo assim não é. Nunca se agrada a toda a gente. Só lamento que essa aparente preocupação com a minha carreira não tivesse vindo pela forma de uma mensagem pessoal ou de um telefonema, mas sim numa página pública de Facebook", e concluíndo com "Querida Maria, queria que soubesse que a única coisa que cai do céu é a chuva. E posso-lhe garantir que ao contrário de muitos artistas em Portugal a trabalhar anos no mesmo 'lobby', fora de Portugal, a sorte ou cunha não contam para absolutamente nada, só o trabalho e empenho. Beijinho grande Parrachita, gosto mesmo muito de si e só por isso é que não consegui ser indiferente". Só faltou mesmo dizer-lhe "vai em paz, estás perdoada minha filha". É que nisto de fazer figuras tristes na televisão portuguesa, atire a primeira pedra quem nunca pecou.

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