sábado, 31 de maio de 2014

A caminho do Brasil: o país do "soccer"


Hoje vou falar de uma selecção de um país onde o futebol não é o desporto mais popular. Nem o segundo. Nem o terceiro, nem provalmente o quarto ou o quinto - claro que já perceberam que estou a falar dos Estados Unidos da América, onde na lista das preferências do público o "soccer" fica atrás de outros desportos colectivos como o futebol americano, o basebol, o basquetebol e o hóquei no gelo. Julgo até que muita gente não se arriscaria a dizer que o "soccer" é mais popular entre os americanos do que o voleibol, mas em alguns casos tudo depende da região; na Califórnia, onde se há gelo será apenas nas arcas frigoríficas ou no topo das montes Whitney e Williamson e residem milhões de hispânicos, o nosso futebol é com toda a certeza mais popular que o hóquei no gelo. E é mesmo assim, pois apesar de actualmente existir uma quantidade considerável de fãs de futebol nos EUA, até há 20 anos era considerado um desporto dos imigrantes hispânicos e europeus, e um jogo para "mulheres" - isto explica talvez o sucesso da selecção feminina, duas vezes campeã mundial e quatro vezes campeã olímpica.


A equipa no New York Cosmos, campeã da North American Soccer League em 1977. Pelé é o quarto a contar da esquerda, na fila de baixo.

Na primeira metade do século XX, mormente nos primeiros vinte ou trinta, o futebol tinha alguma implantação nos Estados Unidos, muito por culpa da vaga de imigração vinda da Europa, nomeadamente da Itália, Irlanda e Grécia, mas à medida que estes imigrantes se foram integrando, as gerações seguintes começaram a gostar mais dos desportos "americanos", e o futebol foi ficando para trás, quase completamente esquecido. Nos anos 70 houve uma tentativa de reavivar o futebol, trazendo para os maiores clubes jogadores europeus em final de carreira, casos de Pelé, Carlos Alberto ou Beckenbauer, do New York Cosmos; Johann Cruyff e George Best, dos Los Angeles Aztecs, e até o nosso Eusébio representou quatro emblemas da defunta North-American Soccer League, que viria a terminar em 1984, depois de apenas 16 anos de existência. O problema era cativar o grande público americano, que não entendia um desporto onde não se podia usar as mãos ou que podia terminar empatado sem golos - e se o objectivo era marcar golos, porque jogavam para trás?


A primeira equipa dos Estados Unidos a participar de um mundial, em 1930.

Apenas com a organização do mundial de 1994 e a criação da MLS (Major League Soccer) os norte-americanos "despertaram" para o "soccer". E já agora, porque lhes chamam "soccer", ao nosso futebol? Sim, para distingui-lo do "gridiron" - nome derivado das linhas paralelas verticais de demarcam o campo - desporto que para eles é conhecido por "football" e para nós "futebol americano", mas qual é a origem da palavra "soccer", que tanto irrita os ingleses? Se os irrita, talvez não a devessem ter popularizado, pois foi na Inglaterra que nasceu esta designação, quando um estudante de Oxford resolveu abreviar o que era conhecido então por "Association Football", tirando as terceira, quarta e quinta letras de "asSOCiation", e juntando-lhe mais um "c" andtes do sufixo "-er". Agora que está satisfeita esta curiosidade, vamos olhar para a história da participação dos Estados Unidos em campeonatos do mundo de "soccer", perdão, futebol.


Bert Patenaude, o autor do primeiro "hat-trick" em mundiais de futebol.

Sendo um dos países onde o futebol estava já implantado, e com uma federação completamente fucnional, os Estados Unidos foram um dos países convidados pela FIFA para participar do primeiro torneio mundial em 1930, no Uruguai. A equipa era composta pelos jogadores que haviam participado no torneio olímpico de Amesterdão dois anos antes, e onde tinham sido eliminados na primeira ronda pela Argentina, com um expressivo resultado de 11-2 (!). Contudo no Uruguai as coiss correram um pouco melhor, e os americanos venciam as duas partidas do grupo 3, ambas por 3-0, frente à Bélgica e Paraguai. Na partida contra os sul-americanos, Bert Patenaude fez história ao marcar os três golos, assinando assim o primeiro "hat-trick" em campeonatos do mundo. Nas meias-finais encontrariam o "carrasco" de Amesterdão, a Argentina, e seriam novamente goleados, desta feita por 6-1, terminando o mundial em 3º lugar ex-aequo com a Jugoslávia, que se mantém até hoje a sua melhor classificação de sempre. Em 1934 foi necessário passar pela qualificação para atingir a fase final, e depois de baterem por 4-2 o México, os americanos ganharam o direito de estar na Itália, mas por azar apanharam a equipa da casa na primeira ronda, e foram prematuramente afastados, perdendo por 7-1. Em 1938 não participaram.


Os heróis de Belo Horizonte, que protagonizaram uma das maiores surpresas da história dos campeonatos do mundo.

Nos finais da década de 40, o futebol nos Estados Unidos já tinha perdido terreno para outras modalidades, mas como o primeiro mundial do pós-guerra se realizava esse ano no Brasil, existiam seis vagas do continente americano, e as duas da América do Norte foram decididas no North American Football Confederation Championship, ou NAFC, de 1949, disputado no México, e onde os norte-americanos terminaram no 2º lugar. Apesar de sofrerem pesadas goleadas contra os mexicanos, por 6-0 e 6-2, terminariam à frente de Cuba, com um empate 1-1 e uma vitória por 5-2. No Brasil os Estados Unidos partiam como uma das selecções mais fracas, composta na maioria por amadores, e onde 12 dos 22 jogadores selecionados não tinham qualquer experiência internacional. Integrados no grupo 2 com a Espanha, a Inglaterra e o Chile, previa-se que saissem com derrotas no três jogos da primeira fase, podendo eventualmente dar alguma luta aos chilenos. No entanto na primeira partida começam por pregar um susto à Espanha, marcando aos 17 minutos, e mantendo a vantagem durante uma larga parte do encontro. Seria apenas nos últimos dez minutos que quebrariam, e a Espanha aproveitava para marcar três golos, vencendo por 3-1.


O adversário seguinte era a Inglaterra, que tinha vencido o Chile por 2-0 na primeira ronda, e era claramente favorita para derrotar os americanos, com a lógica a ditar que seria por goleada. Só que nesse dia 29 de Junho de 1950 em Belo Horizonte a lógica foi a banhos na praia, e no Estádio Independência a história foi outra completamente diferente. Os ingleses entraram "a matar", encostando o adversário ao seu último reduto, e aos 12 minutos já tinham desperdiçado seis ocasiões de golo, ora por displicência, ora pela braveza do guardião Frank Borghi, que fez uma defesa quase impossível logo no início do jogo. O tempo ia passando, os ingleses iam dominando a seu bel-prazer, e os americanos pareciam apenas estar a adiar o inevitável. Só que aos 37 minutos aconteceu o impensável; sem qualquer hipótese de chegar perto da área dos ingleses, o médio Walter Bahr decide arriscar, e disfere um remate a 30 metros da baliza do guardião Bert Williams. O remate nem levava muita força, e era denunciado, mas no momento em que o guarda-redes inglês se atira para o seu lado direito para segurar tranquilamente a bola, o avançado Joe Gaetjens, um americano de origem haitiana, mergulha junto da marca de "penalty" e acerta de cabeça no esférico, desviando a sua direcção para o fundo da baliza. Ficava tudo de boca aberta pensando como seria possível a profissionalizada e favorita Inglaterra estar a perder com uns "yankees", mas era verdade. Mas acontece, e depois, se a Espanha também esteve em desvantagem? Só que ao contrário do jogo contra os espanhóis, aqui as pernas dos norte-americanos não cederam, e à medida que o tempo ia passando na etapa complementar, iam ficando mais motivados, ao ponto de disporem da última grande oportunidade de golo: aos 85 minutos o avançado Frank Wallace passa pelo guarda-redes Williams e remata para a baliza deserta, valendo a intervenção do defesa Alf Ramsey, que tirou a bola já em cima da linha de golo. Seria a primeira vez que Ramsey salvaria a honra dos ingleses; dezasseis anos depois, já como treinador, conquistava a única taça do mundo para a Inglaterra. No final foi a festa, com um desfecho digno de "David contra Golias", que deixava o mundo incrédulo. No dia seguinte os jornais no Reino Unido colocavam na capa "Estados Unidos-1 Inglaterra-0", e os ingleses julgavam tratar-se de um erro de impressão, e que o resultado teria sido de 1-10 a seu favor. Tansos, pois uma vez que o treinador dos americanos era William Jeffrey, um escocês, já deviam ficar à espera de algo assim. Em 1996 o autor norte-americano Geoffrey Douglas, que tinha apenas seis anos na altura dos acontecimentos, transpôs para livro este feito da equipa de futebol do seu país, que ficou com o título "O jogo das suas vidas", que seis anos depois daria um filme com o mesmo nome. Os Estados Unidos perderiam a última partida por 5-2 frente ao Chile, mas regressariam a casa com o seu nome inscrito na história dos mundiais de futebol.


A equipa dos Estados Unidos de 1990, que participou no mundial de Itália. Tudo bons rapazes.

Depois da epopeia vivida em terras do Brasil, o "soccer" entrou num longo período de hibernação, regressando apenas ao grande palco dos mundiais em 1990 na Itália. A organização do mundial de 1994 tinha sido atribuída aos Estados Unidos em 1987, pelo que era fundamental ter uma equipa competitiva. Assim o treinador Bob Gansler foi indigitado com a missão de levar uma geração de jogadores de futebol ao mundial de 90, com a finalidade de adquirir alguma experiência, e depois de uma qualificação complicada, que terminaria com uma vitória por 1-0 em Porto de Espanha, em Trinidad e Tobago, lá estavam os "yankees" em Itália. Com uma equipa jovem, composta totalmente por jogadores desconhecidos a alinhar no campeonato amador dos Estados Unidos e divisões secundárias de campeonatos europeus, ficariam no Grupo A, com a Itália, Áustria e Checoslováquia. Os nomes não diziam muito: Eric Wynalda, Peter Vermes, Paul Caligiuri, Tab Ramos, John Harkes, Bruce Murray e Marcelo Balboa, com um tal Tony Meola entre os postes a fazer de capitão aos 21 anos, mantendo ainda hoje o título de capitão mais jovem de uma equipa em mundiais de futebol. Tal como se previa, perderam as três partidas da fase de grupos, mas foram demonstando alguma evolução, e perdendo a timidez. Depois da derrota por 5-1 no jogo inicial frente aos checos, com Caligiuri a fazer história como autor do primeiro golo em mundiais da "era moderna" dos americanos, perdiam por apenas 1-0 com a anfitriã Itália, que foi bastante assobiada pelo público no Estádio Olímpico de Roma, que esperava uma vitória mais folgada. Na despedida frente à Ásutria perdiam por 2-1, e conseguiam provar que quatro anos depois, no seu próprio ambiente, poderiam discutir o resultado fosse contra quem fosse. Ainda me recordo do comentário que o meu pai fez sobre esta equipa dos Estados Unidos após o jogo com os italianos: "não são maus, no campeonato português não desciam". Penso que isto ilustra na perfeição o que era esta selecção americana em termos de qualidade.


"Bora" Milutinovic: um "globetrotter" do futebol.

Em 1994 a festa do "soccer" chega aos Estados Unidos, e se a organização de um mundial de futebol é algo que não deixa ninguém indiferente, este caso é uma excepção - enquanto os adeptos do desporto-rei terão ficado para lá de entusiasmados, é bem possível que alguns americanos nem soubessem que decorria ali aquela competição. A selecção norte-americana apostava na mesma base que tinha ido ganhar experiência ao mundial de Itália quatro anos antes, e algumas novidades: o guardião Brad Friedel e o médio Cobi Jones, que alinhavam na Premier League inglesa, o avançado Earnie Stewart, dos holandeses do Willem II, da divisão principal, e Alexi Lalas, um defesa central de ascendência grega que alinhava nos italianos do Pádova, e que seria uma das boas surpresas desta prova. O treinador era Velibor Milutinovic, conhecido por "Bora", um sérvio que nos anos 70, ainda enquanto jogador, adquiriu cidadania mexicana depois de ter jogado quatro anos nos Pumas UNAM, clube que viria depois a treinar, e cujo sucesso o levou ao cargo de selecionador mexicano em 1983, e orientou a equipa que chegou aos quartos-de-final em 1986. Esse seria apenas o primeiro mundial de "Bora", que atingiu um feito extraordinário; em 1990 era o selecionador da Costa Rica no mundial de Itália, em 94 dos Estados Unidos, em 1998 da Nigéria, no mundial de França, e em 2002 da China, no mundial da Coreia e do Japão, que seria a única selecção que não conseguiu fazer passar da fase de grupos. Cinco mundiais consecutivos por cinco países diferentes, e nenhum deles o seu país de origem. De se lhe tirar o chapéu.


Inseridos no Grupo A, com Roménia, Suíça e Colômbia, a estreia seria contra os suíços no Pontiac Silverdome em Pontiac, Michigan. A Suíça, que participava pela primeira vez num mundial desde 1966, tinha mesmo assim o favoritismo, e adiantou-se no marcador aos 39 minutos por Georges Bregy, só que ainda antes do intervalo os norte-americanos empatavam, através de Wynalda, na conversão de um livre - uma conversão irrepreensível, diga-se de passagem. O jogo terminaria empatado a um golo, o primeiro ponto para os norte-americanos desde a épica vitória frente aos ingleses em 1950, e dias depois no Rose Bowl em Pasadena, Califórnia, voltariam a sentir o doce sabor da vitória, ao bater a Colômbia por 2-1, e nem a derrota por 0-1 frente aos romenos os impediu de passar aos oitavos-de-final como um dos melhores terceiros classificados. A meta estabelecida tinha sido cumprida: passar da fase de grupos. Qualquer que viesse a seguir, seria um acréscimo.


E podiam ter ido mais longe, os Estados Unidos, que tinham uma equipa bem maneirinha, só que nos oitavos-de-final tiveram pela frente um peso pesado: o Brasil. Os brasileiros, que viriam a ser vencedores do torneio, eram naturalmente favoritos à vitória no Estádio de Stanford, na Califórnia, mas a equipa da casa vendeu cara a derrota, perdendo apenas graças a um golo de Bebeto, apontado no minuto 72. A partida ficaria marcada pela agressão do brasileiro Leonardo, que atinge intencionalmente com o cotovelo o rosto o americano Tab Ramos, nos minutos finais do primeiro tempo. Ramos ficaria com um maxilar fracturado, e o mundial acabava para o médio da "canarinha", que seria suspenso por quatro jogos. Mais tarde Leonardo visitou Ramos no hospital, onde lhe pediu desculpas, lavado em lágrimas. Este é um daqueles casos em que se pode dizer que "desculpa não tira a dor".


Bruce Arena: um treinador de má memória para a selecção portuguesa.

Para o mundial de 1998 em França, a FIFA decidi alargar o número de participantes de 24 para 32, de modo a incluir mais países das confederações menos representativas, e acabar com o monopólio dos países europeus, que chegavam a ter três selecções num grupo de 4 equipas em cada mundial. Com isto a CONCACAF passou a ter direito a três vagas, e o acesso a um "play-off" continental que lhe podia valer uma quarta. Assim passou a ser mais fácil aos Estados Unidos passar a qualificação, pois apenas México e Costa Rica estariam ao seu nível na zona da América do Norte, Central e Caraíbas. Foi com uma equipa em renovação que se qualificaram para o mundial de França, em 1998, e isto ficou evidente após perderem todos os jogos da fase de grupos, a começar com uma derrota por 0-2 com a Alemanha, acabando com outra por 0-1 frente à Jugoslávia. Pelo meio ficou um momento algo embaraçoso: uma derrota por 1-2 com o Irão, país que fora dos relvados de futebol é efectivamente inimigo dos americanos, e ainda por cima foi a primeira vitória - e até agora única - dos iranianos em fases finais do campeonato do mundo. Já com a equipa renovada, regressam em 2002 para o seu quarto mundial consecutivo, e para a Coreia e Japão o treinador Bruce Arena, que sucederia a Steve Sampson, responsável pela má campanha em França, podia contar com jogadores da qualidade de Landon Donovan ou DeMarcus Beasley, ambos com apenas 20 anos na altura, John O'Brien ou Claudio Reyna. O único "sobrevivente" de 1990 era Tony Meola, agora com 33 anos, mas a titularidade na baliza pertencia a Brad Friedel. Na primeira partida os norte-americanos surpreendaram ao vencerem Portugal por 3-2, e chegaram a estar em vantagem por 3-0. Depois de um empate a um golo com a Coreia do Sul, equipa da casa, perderiam por 1-3 com a Polónia, um pouco contra as previsões, mas passariam à fase seguinte em detrimento da selecção portuguesa. Nos oitavos-de-final venceram por 2-0 o México, vizinhos e eternos rivais, que depois dessa derrota passariam a "piar fininho" durante alguns tempos sobre a sua superioridade futebolística em relação aos "gringos". Os americanos só seriam travados pela Alemanha, com o guardião Oliver Kahn e evitar que os "yankees" fizessem história, segurando a vantagem de 1-0 para a "mannschaft". Se não contarmos com o mundial de 1930, onde não se pode dizer que estivesse presente a "nata" do futebol, esta foi a melhor classificação de sempre dos norte-americanos em mundiais.


Bruce Arena levaria os americanos ao mundial seguinte, na Alemanha, mas desta vez as coisas não correram tão bem, com a equipa a ficar pela primeira fase após derrotas por 3-0 com a Rep. Checa, empate a um golo com a Itália, e nova derrota por 1-2 frente ao Gana. Ficou de uma vez provado que os americanos não se davam bem com os ares da Europa; em 1934 em Itália ficaram pela primeira ronda, em 90 novamente em Itália pela fase de grupos, só com derrotas, a mesma sorte em 98 em França, e desta vez na Alemanha salvou-se apenas o empate com os italianos, que viriam a sagrar-se campeões mundiais. Em 2010, já com ares de África, Bob Bradley voltaria a levar os americanos aos oitavos-de-final. Depois de um empate a um golo com a Inglaterra, com o célebre "frango" do gaurdião Robert Green, seguiu-se outro empate a dois golos com a Eslovénia, e no último jogo com a super-defensiva Argélia, dá-se um desfecho verdadeiramente dramático, com Landon Donovan a marcar o único golo dos americanos no primeiro minuto dos descontos, que valeu não só o apuramento, como o 1º lugar do grupo. Nos oitavos novamente o Gana, e desta feira os africanos precisaram de prolongamento para vencer novamente por 2-1. Este ano, com o ex-internacional alemão Jürgen Klinsmann no comando, vão encontrar três velhos conhecidos na fase de grupos: Alemanha, Portugal e Gana. A melhor sorte para eles na "vingança" contra alemães e ganeses, e já agora que nós nos consigamos vingar deles, também.



Sem comentários: