quinta-feira, 22 de maio de 2014

A caminho do Brasil: os irredutíveis gauleses


A selecção francesa, ou "les bleus", como sπo conhecidos devido à cor azul-choque que predomina nos seus equipamentos, é, e foi desde sempre, um dos candidatos com que contar para a conquista do mundial de futebol - isto apesar da glória ter chegado apenas muito recentemente. A França participou no primeiro mundial, como uma das 4 equipas europeias que aceitaram o convite da FIFA, e desde então participaram em 14 das 19 edições da prova. Comparando o seu desempenho com os seues vizinhos e eternos rivais ingleses, os gauleses têm mais uma participação, o mesmo número de títulos, mas a juntar a isso 3 pódios, contra nenhum dos adversários do outro lado do Canal da Mancha. As participações da França em fases finais de mundiais estão ligadas a três períodos, e três nome: a era Raymond Kopa/Just Fontaine, a era Michel Platini, e a era Zinedine Zidane.


A França de 1938, a última antes da ocupação nazi.

A França participou dos três primeiros mundiais realizados antes da II Guerra Mundial, mas sempre sem impressionar. No Uruguai em 1930 ficou colocada no Grupo 1, da finalista Argentina, e depois de uma estreia promissora frente ao México, com vitória por 4-1, seguiram-se duas derrotas pela margem mínima, primeiro com a Argentina, e depois com o Chile, e a consequente eliminação. Quatro anos depois na Itália, com o torneio no sistema a eliminar, ficaram-se pela primeira ronda, perdendo no prolongamento com a Áustria, por 3-2. Em 1938, e com a ameaça nazi já a pairar sobre a Europa, os franceses organizaram o mundial, e após uma vitória inicial por 3-1 frente à Bélgica, cairiam nos quartos-de-final pelo mesmo resultado frente à Itália, que se sagraria bi-campeã mundial.


Raymond Kopa, um "Zidane" de outros tempos.

Em 1950, ainda em reconstrução após a guerra, a França qualificava-se para o mundial do Brasil, mas desistiria de participar à última da hora. Quatro anos depois na Suíça, aparecem no torneio com uma jovem promessa, Raymond Kopa, de apenas 22 anos, que quatro anos depois iria fazer "estragos" na companhia de um outro avançado que os franceses recordariam para sempre. Após derrota frente à Jugoslávia, e vitória por 3-2 sobre o México, com um "penalty" de Kopa a dois minutos do fim, não seria o suficiente para seguir em frente no Grupo 1, onde estava ainda o Brasil, mas tinha ficado registado o potencial dos "les bleus", renascidos das cinzas da guerra.


Em 1958 a França viaja para o norte, para a Suécia, no tal mundial que teve golos em fartura, e Kopa tinha finalmente um grupo de companheiros com que carregar a equipa: Maryan Wisnieski, Roger Piantoni, e um tal Just Fontaine, que estaria com o "pé quente" no mundial sueco. Inseridos no Grupo 2, a estreia foi contra o Paraguai, e com vitória por 7-3, e "hat-trick" de Fontaine. Na partida seguinte a Jugoslávia, adversário de 1954, mas a vingança não seria consumada, pois apesar de mais dois golos de Fontaine, a equipa do leste europeu venceria por 3-2. Na partida decisiva, vitória por 2-1 sobre a Escócia, com Fontaine e Kopa a dividirem os louros da vitória. Nos quartos-de-final a França demonstra todo o seu pontencial frente à surpresa Irlanda do Norte, com uma vitória por 4-0, e mais dois para a contabilidade de Fontaine, mas nas meias-finais não resistiriam ao Brasil, que com um "hat-trick" de Pelé manda os franceses para o jogo de consolação frente à Alemanha Ocidental, onde Fontaine marca 4 golos na vitória por 6-3, ficando com um total de 13 golos num só torneio, recorde que se mantém até aos dias de hoje.


"- Platini? - Oui, c'est moi..."

Segue-se então um longo período de "pousio" dos gauleses, cerca de vinte anos sem qualquer alegria da parte dos seus "bleus". Em 1962 falham a qualificação para o Chile, em 66 vão a Inglaterra e saem de lá com um empate frente ao México de derrotas com Uruguai e Inglaterra na fase de grupos, e voltam a falhar os mundiais de 1970 e de 1974. Já em 1978, na Argentina, dá-se a segunda "revolução francesa", liderada por um jovem de 22 anos de nome Michel Platini, que nas três épocas anteriores tinha marcado 65 golos na liga francesa pelo Nancy. Oui, oui. Outros jovens rebeldes ao serviço do treinador Michel Hidalgo eram Dider Six, Dominique Rocheteau, Bernard Lacombe ou Patrock Battiston, que juntamente com alguns elementos da "geração perdida" do anos 70, casos de Henri Michel, Jean-Marc Guillou ou Marius Trésor, enfim, por alguma razão nunca ouvimos falar destes senhores. Foi esta sselecção que foi até às pampas, e pode-se que teve azar com o Grupo 1, onde foi incluída com Itália, Argentina e Hungria. Depois de derrotas por 2-1 com italianos e argentinos, que ditavam desde logo o afastamento na primeira fase, venciam por 3-1 a Hungria, e prometiam voltar.


E assim foi, em 1982 partem para a Espanha com praticamente a mesma equipa, mas com mais rodagem, e a inclusão de jogadores que se revelariam chave, como Jean Tigana, Alain Giresse ou Manuel Amoros. Platini, então ao serviço do St. Etienne e a caminho da Juventus, era a estrela da companhia, e a França estava bem cotada nas bolsas de apostas. Mas o começo não foi nada famoso, com uma derrota por 3-1 frente à Inglaterra, emendada com um goleada por 4-1 frente ao estreante Kuwait, e um empate frente à Checoslováquia foi quanto bastou para seguir em frente - valeu o checos não terem ido além de um empate com os árabes. Na segunda fase de grupos, os franceses tiveram mais sorte com a oposição, e depois de baterem por 1-0 a Áustria segue-se nova goleada de 4-1, desta feita frente à Irlanda do Norte. Nas meias-finais chega o grande teste à capacidade destes irredutíveis gauleses, mas a Alemanha Ocidental é demasiado forte para a "poção mágica" de Hidalgo e seus guerreiros. No célebre desafio que fica marcado pela agressão de Harald Schumacher a Battiston, os alemães garantem um lugar na final de Madrid nos pontapés da marca de grande penalidade, num jogo emocionante e muito disputado, com o resultado de 1-1 ao fim dos 90 minutos, e 3-3 após prolongamento. Um dos "clássicos" da história dos mundiais. Com a moral em baixo e as pernas a pedirem férias, os "bleus" perdem para a Polónia no jogo de consolação, e terminam num 4º lugar considerado positivo.


Em 1984 a França organiza o europeu, e com Platini no pique da sua carreira vence a competição, derrotando a Espanha na final por 2-0. Fasquia elevada para o mundial do México, onde um Platini com 30 anos tinha a última oportunidade de se coroar campeão mundial. Para o calor azteca, o selecionador Henri Michel, o tal capitão do mundial de 78, levaria algumas novidades, como o guardião Joël Bats, o médio Luis Fernandez, e os avançados Yannick Stopyra e Jean-Pierre Papin, na altura um ilustre desconhecido. Na fase de grupos a estreia é meio tímida, com uma vitória por 1-0 frente ao estreante Canadá, com golo do Papin a dez minutos do fim, curiosamente. Contra a União Soviética empatam a um golo, e passam sem problemas com uma vitória por 3-0 frente à Hungria, mas atrás dos sovietes na diferença de golos. Nos oitavos-de-final os "bleus" afirmam-se como uma das selecções favoritas, ao baterem os campeões mundiais, a Itália, por esclarecedores 2-0, com golos de Stopyra e Platini, e nos quartos-de-final batem o "mágico" Brasil nas grandes penalidades. Nas meias-finais o reencontro com os alemães, mas desta feita não foram necessários "penalties", e a equipa de Beckenbauer sai vencedora nos noventa minutos por 2-0. No jogo de consolação, vitória contra a Bélgica por 4-2, após prolongamento, e Platini despede-se da selecção. Fim de dinastia.


A França de 1992: com excepção de Deschamps e Laurent Blanc, uma "geração perdida".

E seria complicado encontrar um sucessor para o actual presidente da UEFA. A renovação depois do mundial do México corre mal, e os franceses falham o Euro 88 e o mundial de Itália dois anos depois. Platini foi o selecionador que falhou o apuramento para 90, mas no Euro 92 leva à Suécia uma nova geração bastante promissora, com Papin a somar golos atrás de golos no AC Milan, um Eric Cantona que acabava de assinar pelo Manchester United, e despontavam os jovens Dider Deschamps e David Ginola. O Euro não corre de feição, mas pior ainda é a desilusão após falharem a qualificação para os Estados Unidos. Quando bastava apenas um empate num dos jogos em casa frente a Israel e à Bulgária, os "bleus" claudicam e perdem ambos, e fica, a ver o mundial americano em casa. Gerard Houllier é despedido, e aí entra um tal Aimé Jacquet, que dá início à terceira e finalmente gloriosa geração do futebol francês. No Euro 96 os gauleses chegam às meias-finais, caindo nos "penalties" com a Rep. Checa, mas ficam longe de impressionar, a dois anos de organizarem o mundial no seu país pela segunda vez, 60 anos depois de 1938 - e desta vez não havia nazis à porta.


A França de 1998: os irredutíveis gauleses.

Em 1998 Jacquet permanece ao leme da França, e leva uma série "excitante" de novidades, uma equipa de sonho. A miscigenação com as correntes migratórias surtiram efeito, dando aos sempre tecnicistas mas nem sempre fisicamente fortes franceses uma consistência que antes não tinham, com a introdução de jogadores oriundos das ex-colónias, ora aí nascidos, ou descendentes de imigrantes, especialmente de África. Assim apareceram estrelas como Patrick Vieira, Marcel Desailly, Youri Djorkaeff, Thierry Henry ou Nicolas Anelka. Outros "sabores" deste sortido incluam o defesa Lilian Thuram e o médio, Cristian Karembeu, ambos de origem caribenha o luso-francês Robert Pires ou o basco Bixente Lizarazu. Dos "tradicionais" tinhamos entre os postes o conceituado Fabian Barthez, na altura no Monaco, os defesas Laurent Blanc e Frank Lebœuf, os médios Emmanuel Petit e Didier Deschamps, capitão de equipa, e lá na frente Christophe Dugarry e Stephane Guivarc'h - este último viria a revelar-se uma tremenda desilusão. A liderar esta orquestra das Nações Unidas estava um franco-argelino chamado Zinedine Zidane, o "Zizou" de que os franceses guardariam belíssimas recordações.


A estreia seria em Marselha frente à África do Sul, e como se esperava, sem problemas, com uma vitória por 3-0. Melhor ainda em St. Denis contra a Arábia Saudita, com vitória por 4-0 e Zidane a ser expulso. Sem a sua estrela maior, a constelação azul vence a Dinamarca por 2-1, e segue em frente 100% vitoriosa. Nos oitavos-de-final aparece o Paraguai, uma equipa "dura de rins", e a vitória chega no prolongamento com um único golo de Blanc, e nos quartos chega a hora de ajustar as contas com a Itália. O mínimo exigido tinha sido alcançado, pelo menos para uma equipa que tinha ficado ausente dos dois mundiais anteriores, mas depois de não se decidirem a marcar durante 120 minutos, franceses e italianos foram à "lotaria" das grandes penalidades, e a sorte grande sorriu à equipa da casa. Na meia-final surge a surpreendente Croácia, e já aqui chegavam, os "blues" queriam ir até ao fim. Os estreantes e sensacionais croatas marcariam primeiro por Davor Suker, que seria o melhor marcador do torneio, e os franceses dariam a volta ao resultado com dois golos de Lilian Thuram - e esses seriam os seus dois únicos golos em 142 aparições com a camisola da selecção. Os croatas ficavam a questionar-se que mal teriam feito eles ao defesa guadalupenho.


A final de 12 de Julho no Stade de France entraria para a história por diversos motivos; por boas razões para a França, que se sagraria campeã mundial pela primeira vez; más para o Brasil, que seria humilhado; e finalmente por péssimas razões para o futebol e o desporto em geral devido ao clima de suspeição que se levantou a seguir - diz-se que foi a partir deste jogo que a "máfia" das apostas desportivas tomou conta do desporto-rei. A maior estrela do Brasil, o avançado Ronaldo, foi dado como inapto momentos antes da partida ter início, mas alinharia no onze de Zagallo, alegadamente por pressões por parte de patrocinadores. Quer Ronaldo quer a restante equipa pareciam apáticos, e quem aproveitou foi Zidane, que marcou aos 27 e aos 45 minutos, deixando os franceses em delírio. Na segunda parte os gauleses dominaram a seu bel-prazer,e ainda acrescentaram mais um golo à factura do Brasil, com Petit a marcar nos descontos. Choviam acusações de que o Brasil tinha "entregue os pontos", mas se foi esse o caso, bem que podiam ter disfarçado melhor.


Roger Lemerre: depois do Euro 2000, Roger Lemeilleur, depois do mundial de 2002, Roger Lemerde.

A França torna-se finalmente campeã mundial, e Jacquet sai pela porta grande, dando lugar a Roger Lemerre, que no seguimento do sucesso do seu colega, vence o Euro 2000 e a Taça das Confederações no ano seguinte. Subitamente a França e esta geração ganhavam tudo o que havia para ganhar em apenas 3 anos. Em 2002 a defesa do título mundial é feita do outro lado do mundo, na Coreia do Sul e no Japão. Lemerre tinha então um problema: Zidane ressentia-se de uma lesão e estava em má forma física e animica. Sem a sua maior referência, os franceses estream-se com uma derrota humilhante por 0-1 com o estreante Senegal, uma selecção de uma ex-colónia francesa em África, e treinada por Bruno Metsu, um francês. Ainda sem Zidane empatam a zero com o Uruguai, e já com o contributo de "Zizou" e a obrigação de vencer a Dinamarca, perdem por 0-2 e despedem-se do mundial com um recorde indesejado: a pior defesa de um título mundial. A Federação disse "adieu" a Lemerre, logicamente.


Raymond Domenech: um pateta.

Jacques Santini é nomeado para selecionador, mas depois da eliminação frente à Grécia nos quartos-de-final do Euro 2004 em Portugal, dá o seu lugar a um personagem caricato: Raymond Domenech. Esta espécie de "mimo", mas menos cómico, toma uma decisão assim que assume o cargo de selecionador: não convocar o avançado Ludovic Giuly, na altura ao serviço do Barcelona, pois este tinha mandado uns "piropos" à sua namorada, a apresentadora de televisão Estelle Denis - 25 anos mais nova que Domenech, por sinal. Para o seu lugar vai buscar Franck Ribery, na altura a jogar nos turcos do Galatasaray, e faz dele uma estrela. Com Ribery, muitos africanos e Zidane em forma, chega o mundial da Alemanha em 2006.


"Decepcionante" é pouco para descrever a estreia dos franceses frente à Suíça, com um empate a zero e uma exibição muito descolorida. Depois de mais um empate, desta feita a uma bola contra a Coreia do Sul, a vitória por 2-0 sobre o modesto Togo vale a passagem aos oitavos atrás dos suíços. Contra uma Espanha que era cotada como favorita, os "bleus" tocam a reunir e vencem 3-1, mostrando finalmente algum "pedigree". O entusiasmo torna-se ainda maior após a vitória sobre o Brasil nos quartos-de-final, e um "penalty" de Zidane contra Portugal deixa a França na sua segunda final da história. É aí, contra a Itália, que Zidane perde por completo as estribeiras. Depois de inaugurar o marcador aos 7 minutos de "penalty", Materazzi empata aos 19 para os italianos, e as duas formações tomam cautelas defensivas que as levam a um prolongamento. Aos cinco minutos da segunda parte do tempo extra, cansado de ouvir "bocas" do defesa do Inter, Zidane "marra" contra Materazzi e é expulso, terminando a sua carreira pela selecção da pior forma. A França perderia nos "penalties", e em nome da imagem, Zidane pede desculpa pelo mau exemplo.


A FFF fica satisfeita com a prestação, e mantém Domenech no comando da França. Após a eliminação nos quartos-de-final do Euro 2008 frente à Espanha, o técnico pede Estelle Denis em casamento ao vivo e em directo pela TV, e esta recusa, deixando o "pierrot" sem face. Antes de chamar a isto uma "tampa", talvez fosse boa altura de referir que Domenech e Denis têm dois filhos em conjunto. Mesmo com um "non" da noiva, o treinador leva os "bleus" à África do Sul para o mundial 2010, depois de uma qualificação problemática, e polémica: no "play-off" contra a Rep. Irlanda, William Gallas marca o golo decisivo após um passe de Henry...com a mão. Na África não houve mão, pé ou cabeça que lhes valesse, pois após um empate a zero com o Uruguai e uma derrota por 0-2 frente ao México, que deixavam a França praticamente eliminada, gera-se um ambiente de indisciplina, que termina com a expulsão de Anelka do grupo. No último jogo nova derrota, desta feita frente aos sul-africanos, e no final do jogo Domenech recusa-se a apertar a mão ao técnico da equipa adversária, o brasileiro Carlos Alberto Parreira. Saindo debaixo de um coro de críticas, Domenech deixa o lugar para Laurent Blanc, e este não se demora para lá do Euro 2012, onde os "bleus" mostraram muito pouco, e sucedeu-lhe Didier Deschamps. A França aposta agora na "geração dourada" para levar a selecção de volta à glória do final do século passado.

4 comentários:

Anónimo disse...

Já há vários anos que as selecções francesas não reflectem fielmente o povo francês. Os pretos da África do Sul limitam o número de brancos nas suas selecções porque os brancos são uma minoria por lá, mas na Europa ai daquele que se atrever a fazer o mesmo e limitar o número de não brancos nas suas selecções, que é racismo puro e duro...

Leocardo disse...

Hmmm...é difícil analisar as coisas dessa perspectiva, pois em termos de proporcionalidade étnica fica difícil exigir à África do Sul que se represente com jogadores brancos da mesma forma que a França faz com os de origem africana. Mas a África do Sul participou em competições internacionais com jogadores brancos sim, e assim de repente lembro-me de Mark Fish ou de Eric Tinkler. Angola também foi ao mundial com dois jogadores brancos nascidos no país, o guardião Carlos e o médio Figueiredo, que foi capitão e tudo. Agora entendo o que quer dizer no que toca à questão das mentalidades, e concordo plenamente consigo.

Cumprimentos.

Anónimo disse...

O problema é que para eles, pretos, o número de brancos é sempre limitado porque os brancos nos países africanos, que também os há (tenho primos brancos naturais de Angola e Moçambique), são poucos, logo não podem ser como os pretos são na selecção francesa porque a maioria do povo francês (ainda) é de raça branca. Se a maioria dos povos europeus são brancos, logo é natural que a maioria dos jogadores das suas selecções sejam brancas. E isso não é racismo. É uma questão de ser fiel à identidade. Excepções são excepções e não regras.

PS. O guarda-redes Carlos é mulato. Mas para além desses também havia o Wilson. Lá está, eram excepções, pois a maioria dos jogadores eram pretos.

Anónimo disse...

Já agora, penso que não é verdade isso da África do Sul. Lembro-me que já teve selecções de râguebi inteiramente ou quase inteiramente compostas por brancos. Acho que até foi a partir daí, desse desporto, que se instalou quotas para os brancos, pois os brancos são cerca de 15% da população sul-africana, sendo que dantes eram muito mais. Isso porque o "herói" Mandela deu o pontapé de saída para o genocídio branco que está a haver actualmente de forma silenciosa no país. À pala dos assassinatos e roubos aos brancos, muitos já saíram do país.