1) Rebentou a bronca na lista "Macau século XXI", encabeçada (ou talvez não, nunca se ficou a saber bem) pelo auditor de contas Luíz Pedruco. Além do candidato a candidato, apenas o seu mandatário original José Luís Estorninho havia dado a cara pelo projecto, o que só por si dava a entender que se tratava de uma ambição individual, e não uma candidatura com pretensões a cativar o interesse dos eleitores em nome da contribuição para o bem comum, ao serviço da população. Os dois protagonistas comportaram-se como crianças da escola primária a brincar aos politicos durante os 30 minutos de recreio, inconscientes das consequências legais da brincadeira. A falsificação de documentos emanente das rasuras na lista de assinaturas constitui um crime público, e o quadro legal é extensivo a uma pena de prisão até cinco anos. Enquanto os intérpretes deste autêntico circo decidem se tapam a brecha do dique com um penso rápido, a ambição de chegar ao hemiciclo jaz no armazém do ridículo, e mesmo que as instâncias judiciais decidam a favor da candidatura (altamente improvável), ninguém votará na candidatura maldita, no bobo da côrte das legislativas. Pedruco sai com a imagem irremediavelmente queimada, dando razão aos que duvidavam da sua idoneidade. Um episódio lamentável que poderá ainda ter o seu prólogo nas instâncias judiciais.
2) Hoi Weng Chong, aquele indivíduo irritante que frequenta o Largo do Senado vestido de vermelho produzindo poluição sonora com um altifalante já não vai concorrer às eleições em Setembro. Das assinaturas que entregou à Comissão Eleitoral, muitas não eram elegíveis por motivos diversos. Chega a ser cómico que o indivíduo tenha ambicionado candidatar-se sem saber sequer as regras, que são as mesmas para todos, mas contudo há algo que eu próprio não entendo: porque é que um único eleitor não pode assinar por mais de uma lista? Aceita-se que um eleitor tenha direito a expressar apenas um voto, mas porque raio não posso eu apoiar mais que uma candidatura? Desta forma isto das assinaturas funciona como uma espécie de pré-voto. Assim recuso-me a "pré-votar" da próxima vez. O exercício do dever cívico é algo que merece profunda reflexão, e não deve ser feito por "dá-cá-essa-assinatura".
3) As eleições indirectas estão decididas: cinco listas e doze candidatos para...doze lugares. Se era pouco claro como funciona isto das eleições que determinam os representantes dos sectores empresariais, profissionais e sociais, fica tudo mais claro agora. Doze lugares cativos na Assembleia para os senhores do costume....
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