James Dean...viver no limite, morrer novo, deixar um cadaver bonito
Este jovem é o actor Cory Monteith, que desconhecia por completo até ontem, quando foi notícia devido à sua morte aos 31 anos. E pronto, não sabia quem ele era, e se agora quisesse começar a sua carreira já ia tarde. Paciência. Cory era uma das estrelas da série musical juvenil "Glee", e ídolo de milhões de miúdas adolescentes de 15 e 16 anos que sonhavam casar com ele um dia, e receberam a notícia com consternação, e em alguns casos com desespero, certamente. Não consultei nenhum fórum online sobre a notícia, mas estou certo que estará cheio de comentários do tipo "leva-me contigo, queridoooo!!!", "espera por mim no Céu, Cory" e coisas deste tipo. Mas debaixo da capa de galã de traços faciais simétricos, sem cicatrizes visíveis ou sinais de calvície actual ou futura, estava um jovem problemático. Antes de ser encontrado agora sem vida num quarto de hotel em Vancouver, Cory tinha iniciado uma cura de desintoxicação, e os problemas com as drogas começaram ainda na adolescência. As autoridades descartam para já a hipótese de homicídio, mas não confirmam a causa da morte do jovem actor até serem conhecidos os resultados da autópsia. Mais um caso de talento perdido, mais um jovem com dificuldades para digerir essa grande e tantas vezes indigesta feijoada que é a fama e o estrelato. Agora paciência, meninas. Chorem, chorem que chorar alivia. E já agora aproveitem para encarar esta perda de uma forma mais ou menos filosófica. Um dia vamos todos morrer, mais cedo ou mais tarde, e ao contrário do bonzão do Cory, o nosso obituário não vai ser destaque, a não ser que se pague o anúncio no pasquim lá da terra. Amén.
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