A Arena do Pantanal em Cuiabá, Mato Grosso, foi testemunha de um "show" de bola por parte da Colômbia, que goleou o Japão por 4-1, com James Rodríguez a demonstrar que tem tudo para ser o melhor jogador do mundo. O árbitro português Pedro Proença assinalou uma grande penalidade a favor dos colombianos aos 17 minutos, que Juan Cuadrado converteu no primeiro. O Japão empataria em cima do intervalo por Shinji Okazaki, que meteu quase por acaso a cabeça na área colombiana a um livre de Keisuke Honda. Na etapa complementar entrou Rodríguez para o lugar de Juan Quintero, e foi o início do "cha cha" em Mato Grosso. Primeiro o nº 10 faz um toque para o portista Jackson Martínez aos 55 minutos para o 2-1, e aos 82 faz um passe de morte, que "corta" a defesa japonesa, deixando para Martínez trabalhar o remate e bater pela terceira vez o guarda-redes Eiji Kawashima. Pouco depois entraria o guardião Faryd Mondragón para o lugar de David Ospina, e torna-se aos 43 anos o jogador mais velho de sempre a actuar numa fase final de um mundial. E ainda havia tempo para Rodríguez deixar a sua marca, fazendo o 4-1 numa jogada de génio, em que "come vivo" um defesa japonês, e remata cruzado, fora do alcance de Kawashima. A Colômbia joga um futebol que dá tesão, e merece inteiramente a vitória no Grupo C.
Vale a pena rever o quarto golo da Colômbia, uma obra de arte de James Rodríguez. O defesa japonês Maya Yoshida vai precisar de terapia depois deste golo - quer renal, quer psiquiátrica. Eu vou-lhe mandar um postal virtual de melhoras, a sério.
Surpreendentemente, ou talvez não, a Grécia despertou do coma e quebrou o enguiço em mundiais, e qualificou-se para os oitavos-de-final pela primeira vez em três participações, à custa da Costa do Marfim, que mais uma vez deixou a nu o grande problema das equipas africanas: uma grande ingenuidade, aliada à falta de disciplina táctica e de coesão. É um facto que o "penalty" que deu a vitória aos gregos não existiu, mas a Colômbia venceu por 3-0 a mesma Grécia, e os marfinenses, que mesmo assim são superiores como equipa, não tiveram o engenho de se desembaraçar dos helénicos em 90 minutos de tempo útil. Fernando Santos faz história, e haja um treinador português que tenha razões para celebrar neste mundial do Brasil.
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