BÉLGICA
Palmarés: 11 participações
Melhor classificação: 4º lugar (1986)
Ranking FIFA: 11º lugar
Qualificação: 1º lugar Grupo A, UEFA
A Bélgica surge neste Grupo H como cabeça-de-série muito graças à sua escalada no ranking da FIFA nos últimos dois anos. Depois de seis participações consecutivas entre 1982 e 2002, onde apenas falharam a passagem aos oitavos-de-final em 1998 e com um quarto lugar pelo meio no México'86, os belgas passaram durante a primeira década deste século por um difícil período de renovação, que chegou a levá-los a "bater no fundo", quando em 2007 chegaram a ocupar o 71º lugar desse mesmo ranking da FIFA. Com uma nova geração de talentos, que incluem o defesa do Manchester City, Vincent Kompany, os médios Axel Witsel, que passou pelo Benfica, e Marouane Fellaini, do Manchester United, e os avançados Eden Hazard e Rommel Lukaku, os belgas são indicados como uma das possíveis boas surpresas deste mundial
A ESTRELA: EDEN HAZARD
Nome: Eden Hazard
Data de nascimento: 7 de Janeiro de 1991 (23 anos)
Clubes: RSC Lille (2007-2012), Chelsea (2012-)
Internacionalizações: 45 (6 golos)
Pode-se dizer que o futebol corre nas veias deste jovem, a quem não faltam comparações com Enzo Scifo, o mítico médio-ofensivo e estrela dos "diabos vermelhos" nos anos 80 e 90. Ambos os seus pais eram futebolistas, e a sua mãe Carine foi ponta-de-lança da selecção feminina da Bélgica. Nascido em La Louvière, começou a jogar aos quatro anos nas escolinhas do Royal Brainois, passando de seguida para o Tubize, e depois para os franceses do Lille, que lhe ofereceram oo primeiro contrato como profissional aos 16 anos. Na época 2010/2011 ajudou o clube francês a vencer o campeonato e a taça, e na época seguinte passou a ser uma confirmação, apontando 20 golos na Ligue 1 e transferindo-se então para os ingleses do Chelsea, onde logo na primeira época venceu a Liga Europa. Médio creativo com sentido de golo, é jogador chave da estratégia do clube londrino, e este ano sob as ordens de José Mourinho apontou 17 golos em 49 jogos oficiais.
O TREINADOR: MARC WILMOTS
Nome: Marc Robert Wilmots
Data de nascimento: 22 de Fevereiro de 1969
Wilmots foi um dos últimos produtos da geração de 80 do futebol belga, alinhando em quatro fases finais de mundiais entre 1990 e 2002, jogando como extremo ou segundo avançado, tendo apontado 28 golos em 70 internacionalizações. A sua carreira de treinador iniciou-se no mesmo clube onde se retirou como jogador, nos alemães do Schalke 04, ocupando o cargo interinamente durante um curto período em 2003. Depois treinou os belgas do Sint-Truden durante uma época, e a partir de 2009 tornou-se adjunto da selecção principal do seu país. Com a saída de George Leekens em 2012, assumiu o cargo de técnico principal, aproveitando a nova "geração dourada" da Bélgica, qualificando-a para o mundial com um total de 8 vitórias e dois empates no Grupo A da zona europeia, obtendo o carimbo para o Brasil ainda na penúltima ronda.
RÚSSIA
Palmarés: 9 participações (7 como União Soviética)
Melhor classificação: 4º lugar (como União Soviética, meias-finais, 1966)
Ranking FIFA: 18º lugar
Qualificação: 1º lugar Grupo F, UEFA
A Federação Russa participa pela terceira vez numa fase final de um mundial, e nunca passou da fase de grupos. Como União Soviética conseguiu atingir os oitavos-de-final pela última vez em 1986. Depois da desagragação da URSS em 1990, os russos fizeram uma autêntica travessia do deserto, e apesar do excelente desempenho no Euro 2008, onde atingiram as meias-finais, falharam a qualificação para o mundial de 2010 e ficariam pela fase de grupos no Euro 2012. Foi então que requisitaram os serviços do italiano Fabio Capello, que impôs no grupo algum rigor e disciplina, levando-os à fase final do mundial do Brasil, a primeira desde 2002, e no lançamento do próximo campeonato do mundo, que terá lugar exactamente na Rússia. Desta equipa espera-se que siga finalmente para a fase seguinte, onde poderá encontrar a selecção portuguesa, que terminou imediatamente atrás de si no Grupo F de qualificação da zona europeia
A ESTRELA: ALEKSANDR KERZHAKOV
Nome: Aleksandr Anatolyevich Kerzhakov (Алекса́ндр Анато́льевич Кержако́в)
Data de nascimento: 27 de Novembro de 1982 (31 anos)
Clubes: Zenit S. Petersburgo (2001-2006), Sevilha (2007-2008), Dinamo Moscovo (2008-2010), enit S. Petersburgo (2010-)
Internacionalizações: 81 (25 golos)
Num conjunto muito homogéneo, onde os 23 convocados de Capello alinham todos no milionário campeonato da Rússia, Kerzhakov destaca-se pela sua enorme experiência internacional, sendo o único sobrevivente do mundial de 2002 na Coreia e no Japão. Na altura tinha apenas 19 anos e iniciava a sua carreira de goleador pelo Zenit, onde apontou 64 golos em cinco épocas, com honras do título de melhor marcador em 2004, com 18 golos. Em 2007 transferiu-se para o campeonato espanhol, para o Sevilha, onde fez parte da equipa de Juande Ramos que ganhou a segunda Taça UEFA consecutiva, além da Taça do Rei e da Supertaça de Espanha. O seu desempenho ficou contudo aquém do desejado, tendo apontado apenas 11 golos em 46 partidas oficiais, e na época seguinte transferiu-se para o Dinamo de Moscovo, onde não foi muito feliz, apontando sete golos na primeira época, onde a sua equipa terminou no terceiro lugar do campeonato russo, e 12 no ano seguinte, onde não foi alé do 8º lugar. Em 2010 regressou ao Zenit, onde se sagrou campeão, repetindo o feito na época de 2011/2012, quando o campeonato russo passou a ter pausa de Inverno, e apontou 23 golos, terminando atrás do marfinense Seydou Dombia, do CSKA Moscovo. E seria para o CSKA que o Zenit perdia os últimos dois títulos, mas com Kerzhakov sempre num bom nível, marcando 16 vezes nesses dois anos a nível interno, e alguns golos decisivos pela selecção, fazendo dele a primeira opção para o ataque russo a este mundial do Brasil.
O TREINADOR: FABIO CAPELLO
Nome: Fabio Capello
Data de nascimento: 18 de Junho de 1946 (68 anos completos durante esta fase final do mundial)
Como jogador teve passagens pelo Roma, Juventus e AC Milão, vencendo três campeonatos pelos segundos e mais um pelos "rossoneri", de que foi treinador interino durante um curto período em 1987, e assistente de Arrigo Sacchi na equipa que se sagraria bi-campeã europeia em 1989 e 1990. Assumindo as funções de treinador principal em 1991, conquistou quatro campeonatos italianos e uma Liga dos Campeões entre 2001 e 2006. Seguiu depois para o Real Madrid onde foi campeões espanhol na única época em que lá ficou, e depois de uma experiência menos feliz no regresso a San Siro, treinou a AS Roma entre 1999 e 2004, conquistando na época de 2000/2001 o primeiro título da Serie A para os "giallorossi" em 18 anos. Foi então para a Juventus, mas apanhado pelo escândalo do "calcio caos" voltou a Madrid, onde somaria o seu segundo título da La Liga, dez anos depois. Em 2008 foi contratado pela FA inglesa para assumir o cargo de selecionador, e no mundial de 2010 seria afastado dos oitavos-de-final pela Alemanha, e depois de qualificar a Inglaterra para o Euro 2012, sairia em diferendo com a federação em Fevereiro desse ano, sendo subsituído interinamento por Stuart Pearce e mais tarde em definitivo por Roy Hodgson. Em Julho de 2012 assinou com a Federação Russa um lucrativo contrato que se poderá extender até 2018, ano em que a Rússia organiza o mundial. Tudo depende dos resultados neste mundial e do desempenho no Euro 2016, na França.
ARGÉLIA
Palmarés: 3 participações
Melhor classificação: 13º lugar (Primeira fase, 1982)
Ranking FIFA: 22º lugar
Qualificação: 1º lugar Grupo H, CAF; Play-off: Burkina Faso 3-2 Argélia, Argélia 1-0 Burkina Faso
Os argelinos ainda suspiram com a primeira participação no mundial, em 1982, quando foram eliminados na fase de grupos apenas na diferença de golos, tendo na altura derrotado a Alemanha Ocidental por 2-1 no jogo de estreia, e o Chile por 3-2 no jogo de despedida. Regressariam em 1986, e na altura a sua maior referência era o avançado Rabah Madjer, nosso conhecido pela sua genialidade ao serviço ao serviço do FC Porto em finais da década de 80. Apesar de terem vencido a Taça das Nações Africanas em 1990, no ano em que organizaram o torneio, só regressariam a uma fase final de um mundial em 2010, onde ficariam novamente pela primeira fase sem marcar qualquer golo. Conhecidos pela sua estratégia marcadamente defensiva, terão que fazer pela vida contra a Bégica no dia 17 em Belo Horizonte, se quiserem aspirar à passagem à fase seguinte, o que seria inédito.
A ESTRELA: ISLAM SLIMANI
Nome: Islam Slimani
Data de nascimento: 18 de Junho de 1988 (completa 26 anos durante o torneio)
Clubes: WB Aïn Benian (2007-2008, JSM Chéraga (2008-2009), CR Belouizdad (2009-2013), Sporting (2013-)
Internacionalizações: 20 (10 golos)
Depois de quatro épocas a marcar pelo Belouizdad, incluíndo um "poker" frente ao conceituado JS Kabylie em Maio de 2011, despertou o interesse de vários clubes, nomeadamente franceses, mas acabaria por assinar pelo Sporting, tendo grande destaque esta temporada, marcando por oito vezes na liga pelos leões, sendo decisivo em várias ocasiões. Com 10 golos marcados em 20 internacionalizações desde 2012, tem vários pretendentes, mesmo antes do mundial se iniciar.
O TREINADOR: VAHID HALILHODŽIĆ
Nome: Vahid Halilhodžić
Data de nascimento: 15 de Outubro de 1952
Nascido na Bósnia, Halilhodžić fez a maior parte da sua carreira como jogador no Velez Mostar, e já na ponta final representou os franceses do Nantes, onde foi melhor marcador da Ligue 1 em 1983 e 1985, e do Paris SG, tendo feito parte da selecção da Jugoslávia que esteve no Euro 80 e no mundial de 1982 em Espanha. Como treinador iniciou a carreira no "seu" Velez Mostar, em 1990, mas durrante a guerra da Bósnia ficou ferido, fugiu, e a sua casa foi saqueada e destruída. Voltou a França, treinou o Beauvais, Lille, Nantes e Paris SG, vencendo a Taça com estes últimos, e pelo meio teve uma passagem pelos marroquinos doRaja Casablanca, onde ganhou a Liga dos Campeões Africanos. Depois de uma passagem menos conseguida pelos turcos do Trabzonspor, teve a sua primeira experiência como selecionador pela Costa do Marfim, e esteve com os marfinenses no mundial de 2010 na África do Sul. Com os argelinos, que treina desde 2011, faz o seu segundo torneio como treinador.
COREIA DO SUL
Palmarés: 8 participações
Melhor classificação: 4º lugar (Meias-finais, 2002)
Ranking FIFA: 55º lugar (Junho 2014)
Qualificação: 2º lugar Grupo A, AFC
A Coreia do Sul é a mais regular das equipas asiáticas a participar em mundiais de futebol, não falhando nenhuma participação desde 1986. Nunca passou da fase de grupos até 2002, ano em que organizou o mundial em conjunto com o Japão, chegando então às meias-finais, apesar de ter sido ajudada por um conjunto de arbitragens altamente duvidosas. Depois de ficar novamente pela primeira fase em 2006, conseguiu passar à segunda fase em 2010, demonstrando finalmente alguma maturidade, que pode usar neste Grupo H em que poderá discutir conm belgas e russos um lugar nos oitavos-de-final.
A ESTRELA: PARK CHU-YONG
Nome: Park Chu-yong
Data de nascimento: 10 de Julho 1985 (28 anos)
Clubes: FC Seoul (2005-2008), Monaco (2008-2011), Arsenal (2011-)
Internacionalizações: 64 (24 golos)
Vindo da equipa jovem do Cheonggu, foi aos 17 anos para a escola de futebol de Zico, no Rio de Janeiro, onde aperfeiçoou os seus dotes de goleador, que colocou na prática em 2005 pelo FC Seoul, onde foi bota de ouro logo no primeiro ano, e jogador mais popular da Coreia em 2005 e 2006. Em 2008 foi para o Monaco, onde apontou 25 anos em três temporadas na Ligue 1, despertando o interesse dos ingleses do Arsenal. Em Londres não tem tido sorte, e esteve emprestado aos espanhóis do Celta de Vigo em 2012/13 e ao Watford esta temporada.
O TREINADOR: HONG MYUNG-BO
Nome: Hong Myung-Bo
Data de nascimento: 12 de Fevereiro de 1969 (45 anos)
O mais internacional de sempre dos jogadores da Coreia do Sul, Hong Myung-Bo vestiu a camisola da "Hanja" 136 vezes, tornando-se o primeiro jogador asiático a participar em quatro fases finais de mundiais consecutivas, entre 1990 e 2002. Iniciou a carreira no Korea University, mas destacou-se entre 1992 e 1997 no Pohang Steelers, tendo depois passado pelo futebol japonês, representando o Bellmare Hiratsuka e o Kashiwa Reysol, e após um regresso aos Steelers, terminaria a carreira nos LA Galaxy, na MLS americana. A partir de 2009 começou a trabalhar para a federação coreana, nos escalões jovens, e no final do ano passado substitui Choi Kang-hee no cargo de selecionador principal.
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