Um tribunal italiano anulou a sentence que condenou um pedófilo a cinco anos de prisão porque a sua vítima estava "apaixonada". Pietro Lamberti, funcionário dos serviços sociais da vila de Catanzaro (Calábria, sul de Itália), foi condenado em Fevereiro de 2011 a cinco anos de prisão por atos sexuais com uma menor de 14 anos, uma pena confirmada no mesmo ano após um recurso. Numa decisão proferida a 15 de outubro, mas revelado por um órgão de comunicação social italiano mais de dois meses depois, o Supremo Tribunal anulou o julgamento e ordenou um novo julgamento em segunda instância. Na opinião da justiça italiana, o tribunal de recurso não teve suficientemente em conta "o consenso" entre o homem e a menina, a "existência de uma relação amorosa, a ausência de coerção física e o facto de a menina estar apaixonada". Segundo o jornal "Il Quotidiano dela Calabria", que revelou o caso, a criança vem de uma família pobre, que tinha confiado a menina a Lamberti. Após uma série de escutas telefónicas, o homem foi apanhado em flagrante com a criança na cama. Apesar de ter passado despercebida no momento da decisão, a sentença gerou reações de indignação nas redes sociais, com muitos a considerarem-na como uma "validação da pedofilia" pela justiça italiana.
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