Se queriam saber como correu a distribuição de presentes por parte do Pai Natal na noite de ontem, tenho más notícias: mal. Pelo menos para este Pai Natal em Washington D.C., que tal como todos os outros pais natáis, tirou o curso na Universidade do Pólo Norte e fez a pós-graduação nas oficinas dos duendes, com uma distinção em "oh oh ohs". Mas o "oh oh oh" transformou-se em "ai ai ai" enquanto este símbolo de bondade distribuía prendas num bairro da capital norte-americana, e foi atingido com um tiro de uma pistola de porção-de-ar, ficando a contorcer-se em dores, sem vontade nenhuma de encher os sapatinhos. Sim, após uma observação mais atenta, verificamos que este Pai Natal é afro-americano, e disparar sobre afro-americanos é uma espécie de modalidade prevista na Constituição, mas àquela distância e com a barba branca, tudo o que é possível descortinar é o Pai Natal. E quem dispara sobre o Pai Natal, Deus meu?
Meus amigos, como é possível acreditar num futuro melhor para os nossos filhos e netos, e já agora nós, se ainda andarmos por cá, quando nem o Pai Natal escapa à loucura das armas de fogo? Como é que podemos depositar uma réstia que seja na humanidade, e logo no Natal, a época mais fértil para o efeito? Quais os limites até onde podemos ir? Isto são americanos, amantes da liberdade, de valores como a liberdade, o Pai Natal e a torta de maçã, ou são talibãs? Já sei que hoje é Dia de Natal e não devia estar a publicar este tipo de notícias deprimentes. Mas amanhã é outro dia, caros leitores, e promete ser bem sangrento. Se é agora o momento certo para abandonarmos toda a esperança? Eu digo que sim, é. Sem margem para dúvidas.
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