segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Caranguejo expresso



As máquinas automáticas onde se coloca uma moeda e sai de lá um refresco geladinho, um chocolate ou outra guloseima foram uma excelente invenção - quando não avariam e nos "comem" o dinheiro, claro. Mas imagine que em vez de uma cola ou de um pacote de bolachas saía dali...um caranguejo! E vivo! Bem, não é um pesadelo, nem sequer um delírio, e muito menos ficção. Nas estaç-es de metro em Hangzhou, na China, é possível adquirir os populares caranguejos Dazha, uma espécie distinguível pelo seu pêlo branco na carapaça, com um sabor muito apreciado entre os consumidores no continente. Não é um petisco barato, mas o aumento do poder de compra dos chineses permitem que de quando em vez se tratem com um "mimo", e neste caso com a conveniência de poder adquiri-lo numa máquina colocada no metro. Outra vantagem é combater o mercado paralelo dos caranguejos Dazha falsificados, que é ainda mais lucrative que o original - não consigo pensar como se pode falsificar um caranguejo, mas os chineses conseguem falsificar qualquer coisa. Estes da máquina passaram no controlo de qualidade, e vêm com o selo de garantia da marca Yangcheng Lake. Mas não pense que depois de se meter a moeda na ranhura sai dali um crustáceo a agitar as pinças e a beliscar a traseira das calças ao primeiro infeliz que encontra pela frente. Teria alguma piada, mas não vai acontecer. Os caranguejos estão contidos numa pequena caixa de plástico selada, e são mantidos à temperadura de 5 graus Celsius, que os deixa sedados, mas vivinhos da silva. Depois é só levá-los para casa, ferver uma panela de água e mandá-lo lá para dentro, enquanto ainda se mexe. Não pense nisto como uma morte horrível, é mais como, digamos, um "banho quentinho". Bom apetite!

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