O Irão é um daqueles países que faz pouca gente sorrir quando ouve o nome. Quem pensa no Irão pensa em fanáticos, fundamentalistas, terroristas, tipos maus como as cobras que odeiam as mulheres, a liberdade e o Menino Jesus. Gajos que levam os cadáveres de entes queridos em parada pelas ruas e exibem os filhos ferido e ensaguentados em frente às câmaras de televisão em vez de os levar ao hospital. Protestam aos gritos e a dar pancadas na cabeça, e as mulheres, tapadas da cabeça aos pés e trajando de preto, como se lhes morresse alguém na família todos os meses, ululam como araras no cio.
As imagens do Irão mostram cidades feias, deprimidas, com um aspecto ameaçador e paredes pintadas com imagens dos ayatollas. Cinco vezes por dia ecoam cânticos religiosos que assinalam a hora de ir à mesquita para as orações. Quando conheço um iraniano e ele me cumprimenta com um “how are you?” eu respondo “death to America!” – e ele sente-se logo à vontade e olha-me como um “amigo”. Ufa, e ainda bem. O projecto nuclear do Irão preocupa o mundo ocidental, e a retórica anti-Israel e anti-América dá a entender que os propósitos deste projecto não tem fins pacíficos, por muito que eles nos tentem convencer do contrário. A insistência do Irão no nuclear é já de si bastante suspeita.
O presidente do Irão é este Hassan Rouhani, que é tido como um “moderado”, e de facto é mais acessível que o seu antecessor Ahmed Ahmedinedjad, e com um discurso mais apaziguador e menos belicista, também. A título de curiosidade refira-se que Rouhani casou aos 20 anos com uma prima sua, seis anos mais nova. O novo presidente do Irão é considerado um reformista, diz-se apoiante dos direitos das mulheres, e tem assinado indultos que levaram à libertação de dezenas de presos politicos, alguns deles detidos durante o consulado de Ahmedinejad. Em 2000 um relatório do departamento de defesa norte-americano descrevia-o como “um homem pragmático, ambicioso, com sede de poder”. Será que estavam enganados ou é Rouhani que nos anda a levar no bico com o seu ar de mestre bondoso e político dialogante, que até mandou a Israel postais de boas festas durante o ano novo judaico?
O que se nota quando olhamos para estes cléricos xiitas é aquela coisa que ostentam no cocuruto, onde embrulham a cachola. Dizem que é um turbante, mas tenho as minhas dúvidas. O que me dá a entender é que se atrasam quando tratam da higiene matinal, saem de casa à pressa e esquecem-se da toalha enrolada na cabeça. Alllaaaaaaahhhrrrrchhhh….
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