sábado, 14 de setembro de 2013

Agora repitam comigo: Keihanaikukauakahihuliheekahaunaele


Uma norte-americana do estado do Hawaii está a ser pressionada para encurtar o seu nome, de modo a caber nos seus documentos de identificação. A mulher chama-se, imagine-se, Janice Keihanaikukauakahihuliheekahaunaele, um apelido que herdou do marido, um nativo hawaiiano, falecido há vinte anos. No passado, governo estadual criou um bilhete de identidade especial só para ela, de forma a acomodar o seu nome na totalidade, mas quando foi renovado em Maio último, algumas das letras do seu extenso apelido foram obliteradas, o que logicamente lhe pode trazer complicações. Na carta de condução o nome nunca esteve completo, pois o documento só tem espaço para 34 caracteres - só Keihanaikukauakahihuliheekahaunaele tem 35. Janice conta que um dia destes foi parada por um polícia de trânsito, que a olhar para aquela sopa de letras, perguntou-lhe simplesmente qual era o seu primeiro nome - que não consta do documento. A hawaiiana recusa-se a encurtar o seu nome, alegando que isso seria um desrespeito pela memória do marido e pelos seus ancestrais, pelo que o governo daquele estado Americano tem uma batata quente nas mãos. Em tempos remotos, quando ainda não existia televisão, esta gente do Hawaii divertia-se a inventar apelidos que podiam ao mesmo tempo servir de exercícios de memória e trava-línguas. Não sei se não seria boa ideia a senhora encurtar o nome de Keihanaikukauakahihuliheekahaunaele para simplesmente "Keihana", que lhe facilitaria a vida e torna-se também mais pronunciável. Tenho dúvidas se ela própria consegue pronunciar Keihanaikukauakahihuliheekahaunaele, pelo menos correctamente. Mas também cá se fazem, cá se pagam. Quem mandou aos Americanos andarem por aí a anexar territórios com uma cultura completamente diferente da sua?

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