Já conheciamos os heterossexuais, os homossexuais, os bissexuais e mais recentemente os metrossexuais, mas eis agora os “assexuais”. Um assexual é alguém que não sente atração sexual, muito resumidamente. Se todos nós procura um parceiro ou parceiros para uma boa dose de pouca-vergonha, os assexuais são uns tipos que não estão para ali virado. Não lhes apetece. O libido encontra-se permanentemente fora de serviço. Se a sobrevivência da humanidade dependesse deles, teriamos que nos reproduzir como as amoebas ou os caracóis. Calcula-se que 1% da população mundial seja assexual – o que ajuda a explicar aqueles tipos solteiros sempre sozinhos que nem por isso são rabetas, ou as tipas que rejeitam as investidas masculinas mas não parecem lésbicas. Parecendo que não, isto até é uma quantidade respeitável de gente, e existe um site oficial sobre o assunto: www.asexuality.org , que se dedica a esclarecer dúvidas e partilhar experiências (ou neste caso a falta delas). Os especialistas (psiquiatras e outros “endireitas” da mioleira) descrevem mesmo a assexualidade como uma forma de sexualidade; há os que gostam do sexo oposto, do mesmo, de ambos e porque não, de nenhum. Existe mesmo mais que um tipo de asexual, mas como no fim o resultado é igual, é indiferente que exista um tipo ou mil, conforme a pancada. Em França foi mesmo criada uma associação, e para quem tem vontade de ser membro, basta não ter vontade…bem, mais ou menos isso. Uma curiosidade que fere a reputação que os franceses gozam de serem uns gajos muito namoradeiros. Ser assexual não significa ficar indiferente aos encantos alheios, mas a falta de “acção” complica as coisas. Um participante do forum da página oficial queixava-se que “tem namorada há cinco meses, ama-a, mas a assexualidade está a começar a afastá-la”. É mais ou menos uma espécie de eunuco, só que em vez de lhe faltar o equipamento, teima em mantê-lo dentro do pacote. Razão têm os tipos que convencem a namorada a ir para cama com ele a primeira vez para “expressarem fisicamente o amor que sentem um pelo outro”. Mesmo existindo um número assinalável de assexuais por aí, esta modalidade sexual não deverá pegar, talvez por ser demasiado…aborrecida? Anormal? E que tal “esquisita”? Mas já que estão identificados e ainda por cima contactáveis, deixo uma recomendação ao Vaticano: www.asexuality.org é um lugar bestial para recrutar novos membros, e evitar mais escândalos.
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