Super-Mario volta à carga

Mario Balotelli é um dos personagens mais controversos do futebol actual, um verdadeiro “enfant terrible”. Nascido em Palermo há 23 anos de um casal de imigrantes ganeses, o que explica a sua aparência pouco italiana, Mario foi adoptado por um casal italiano, o sr. e a sra. Balotelli, que devem ter fracassado na tarefa de lhe ensinar boas maneiras. O atleta passou pelo Inter, na Serie A, e pelo Manchester City, na Premier League, onde alternou exibições fabulosas com problemas disciplinares, alguns deles bastante mediatizados, e com contornos algo surrealistas. Nem o seu compatriota Roberto Mancini o conseguiu segurar durante a aventura pelas ilhas britânicas. Actualmente representa o AC Milão, onde continua a encantar com as boas exibições e com os golos. Figura de proa na selecção italiana, onde marcou 11 golos em 26 internacionalizações, ficou apelidado de “Super-Mario” depois dos dois golos com que “despachou” a Alemanha nas meias-finais do Euro 2012.

Ontem na chegada da “squadra azzurra” à Arménia, para disputar o último jogo da fase de qualificação para o mundial do Brasil, onde já tem presença assegurada, Balotelli voltou a fazer das suas. Perante o assédio de um jornalista, que inicialmente poptou por ignorar, “Super-Mario” deixou sair o Balotelli que há dentro de si, e brindou o repórter com um “selo”, que quase lhe fazia cair a câmara. Quando virou as costas e parecia que se ia ficar por ali, o jogador desfere um segundo golpe no profissional de comunicação social, que já apresentou queixa por agressão. Balotelli queixa-se de ser vítima de “interferência da imprensa na sua vida privada”. Coitado. Será que a culpa não é também sua, por tornar a sua vida pessoal tão...interessante?