sábado, 12 de outubro de 2013

Pelo direito a bater fichas


Uma manifestação de trabalhadores dos casino saíu à rua na quinta-feira, protestando contra a importação de “croupiers” do exterior, e não ser dada prioridade aos locais para os cargos de supervisão e “management”. Outros juntaram-se a favor da proibição total do fumo nos casinos, mas a tosse persistente que os aflige não deixava perceber bem as suas intenções. A organização diz que participaram 10 mil pessoas, e polícia diz apenas três milhares, e eu podia dizer 6500 para fazer a média, mas diria cinco mil. A manifestação passou na Rua do Campo durante a minha hora de saída, e fiquei surpreendido com a sua extensão, mas cinco mil parece-me razoável. Uma manifestação a favor dos direitos humanos, da democracia ou apelando ao combate mais eficaz à corrupção tem 30 ou 40 participantes, e são sempre os mesmos. Estou um pouco confuso com esta guerra contra os não-residentes nos casinos, porque não sei bem o que lá se passa, mas acho bem que saiam à rua se não estão contentes. Estão no seu direito. Agora continuo sem perceber uma coisa: é isto que interessa? É isto que leva às pessoas à rua? Entendo que existam muitas famílias a depender do trabalho no sector do jogo, não lhes foi dado muito por onde escolher, mas só isto chega? Mais nada? Ora bolas, porque é que não disseram antes das últimas eleições? Assim ganhava a Angela Leong. Harmonia…harmonia…harmonia.

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