Já ouviram antes a expressão "comer sabonetes", com toda a certeza, aplicada numa situação nada agradável e até um pouco embaraçosa. Quando alguém vai aliviar a tripa e deixa um odor intenso a estrume na casa-de-banho, diz-se que "está a precisar de comer sabonetes". Ora existe uma jovem da Florida que levou isto à letra, e come sabonetes e sabão em pó como se não houvesse amanhã. Tempestt Henderson, estudante de enfermagem, diz que se recorda de como tudo começou: deitada na sua cama, notou o aroma do detergente nos lençois e na fronha da almofada, e começou a lambê-los (!?). Apesar do potencial erótico da tara, esta evoluíu para caminhos tortos, e em vez de começar a lamber outras coisas, Tempestt preferiu comer sabonetes.
Diz que da primeira vez que provou sabão em pó, adorou a sensação doce e salgada ao mesmo tempo a estimular-lhe o paladar. No banho começou a cortar sabonetes em pedaços, e a chupá-los como se fossem rebuçados. Actualmente come cinco sabonetes por semana, e acorda com um desejo incontrolável de comer sabão em pó. Passados seis meses do início da dieta, a estudante de enfermagem resolveu consultar um psiquiatra (seis meses? erm...), que não lhe encontrou qualquer desiquilíbrio mental - além deste, é claro. Acontece que este distúrbio é conhecido por, e vejam bem isto, PICA (juro, ahahah) e consiste na vontade irresistível de comer coisas como giz, terra, areia, tijolos, pedras, etc.
Os médicos estão preocupados com Tempestt, pois está a ingerir quantidades perigosas de químicos potencialmente tóxicos, e além do mais quando abocanha o sabão em pó, nem lê as recomendações impressas na caixa. Os profissionais de saúde que tiveram o prazer de observar este curioso e bem-cheiroso espécime, recomendam-lhe ainda que "saia mais de casa, fique longe da máquina de lavar e do lavatório da retrete", mas que "evite supermercados" (sim, convém). O hábito desta jovem está mesmo a causar-lhe problemas de relacionamento com as suas amizades, pois as pessoas "afastam-se quando se apercebem do hábito". Mas porquê? Não precisem de pensar duas vezes antes de lhe dar a mão, e muito menos com o odor da boca. Imaginem cada vez que ela dava um traque no parque, as criancinhas vinham todas a correr para rebentar as bolinhas? Que cenário tão ternurento...
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