quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Quem somos, realmente? Parte VIII: divórcio


As mulheres têm por vezes gostos impossíveis de explicar, e ainda chamam a si o monopólio da maturidade. Um homem apaixonado (um estado clínico passageiro com duração e intensidade variáveis) é capaz de cometer os maiores disparates, mas uma mulher apaixonada chega ao ponto de perder por completo a cabeça. Numa relação conjugal em que a mulher assume (ou pensa que assume) as rédeas, torna-se arrogante, mandona, caprichosa, deixa-se engordar e já não é capaz de dirigir a palavra ao marido sem ser aos berros. O marmanjo farta-se e um dia bate com a porta, foge com a vizinha do 3º esquerdo “para o norte” (em Portugal eu vivia no sul e os amantes clandestinos fugiam sempre “para o norte”), e ela fica a chorar baba e ranho, interrogando-se “Porquê???”. Ora, é assim tão difícil de perceber a razão? Só se vive uma vez, e se for para acabar no Inferno, que seja só depois de morrer.

Para as mulheres o fracasso de uma relação é sempre da responsabilidade do homem. Durante uma separação desagradável seguida de um longo processo de divórcio, aquele que era em tempos o seu “príncipe encantando” passa a ser o sapo mais repelente do pântano. Ávidas por atenção da parte dele, inventam doenças para os filhos de ambos, que ficaram a cargo dela (claro, isto serve para o melhor e para o pior), telefonam-lhe “com urgência” pois “as notas da filha baixaram”, o filho mais velho “começou a fumar”, e portanto “precisam de conversar”, queixam-se de despesas que antes não tinham importância, e que o dinheiro que ele dá “não chega”. Depois há sempre uma terceira parte, a que elas se referem como “aquela cabra”. Mesmo que o pobre homem que resolve acabar com um casamento infeliz fique um ano a passar “fominha”, e só então encontra outra companheira para ver se recomeça a vida, aos olhos da mulher esta é “uma cadela, uma aproveitadora”, e se ele resiste às exigências descabidas da ex, “é ela que lhe anda a fazer a cabeça”. Desabafa com as amigas, que lhe dizem sempre que tem razão, mesmo que por dentro estejam a pensar que tudo aquilo são tretas, e ficam a fazer figas para não acabarem numa situação idêntica.

1 comentário:

Anónimo disse...

descricao exacta para portuguesas, que com outras nacionalidades, nao aturas nada disso / opss sera' que isto e' racismo ?! :)