sábado, 12 de outubro de 2013

Da paz e da política


O director-geral da organização galardoada com o Nobel da Paz, Ahmet Üzümcü: a mim não me enganas tu.

Malala Yousafzai não ganhou o Prémio Nobel da Paz, como muitos previam. Não me incluo nestes "muitos", pois quando um dia antes da atribuição deste Nobel a jovem paquistanesa de 16 anos venceu o prémio Sakharov, um Golden Globe da paz, quando o Nobel é o verdadeiro Oscar. Achei estranho que a União Europeia tenha anunciado este prémio no dia antes da Academia Norueguesa o fazer, tornando Malala na "primeira dama de honor" do Nobel deste ano.

Restava saber quem ia ganhar afinal, e qualquer individualidade ficaria longe de reunir consenso, tal foi o apoio e o carinho que Malala recebeu. Mas quem, mas quem é que podiam galardoar em vez da pequena que deu o corpo às balas pelo direito das mulheres à educação em países hediondos governados por loucos e por rabetas? Como evitar aborrecer os talibã, que ainda vêm aqui rebentar com Oslo? Os gajos do Nobel contornaram o problema, e conteplaram uma organização, mais precisamente a "Organização para a Proibição de Armas Químicas", uma subsidiária da ONU.

Uhh....armas químicas, que medo. Esses tipos são uns heróis, pá. E o que fizeram eles? "Apelaram à destruição de um número significativo de armas não convencionais". Apelaram? Isso tudo? Epá que trabalheira. O fantasma das armas químicas seduziu a opinião pública devido às imagens que nos chegaram da Síria, onde se viam criancinhas mortas pelos gases do presidente Bashar - eu sempre disse que o gajo não devia abusar da Sopa de Pedra. E onde estava esta organização na altura? A apelar. E agora, veêm como afinal eles eram tão importantes e no lhes ligavam nenhuma?

Este é um tipo de Nobel igual ao que foi entregue ao presidente norte-americano Barack Obama em 2009: "ainda não fizeste nada pela paz, mas toma lá e ficas a dever". O presidente Obama ainda não pagou. Desculpa lá, Malala, em nome da Academia Norueguesa, que não me autorizou a falar por eles mas eu quero é que eles se lixem. Não tens a culpa dos critérios esquisitos deste prémio Nobel da política, oops, qeria dizer "da paz". Tanto faz.

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