O índio andou a passear pela Europa...e ainda se queixa
A diplomacia boliviana está furiosa, depois de um conjunto de países europeus ter recusado a passagem do avião que transportava o presidente Evo Morales a sobrevoar o seu espaço aéreo. Portugal, Itália, e especialmente a França são o alvo da fúria andina, que os acusa de não respeitarem tratados e normas internacionais. Na origem do problema está o ex-espião Edward Snowden, retido no aeroporto de Moscovo desde 23 de Junho à espera de um país que lhe conceda asilo politico. Acontece que Morales esteve numa cimeira em Moscovo, e como é célebre a pouca simpatia do politico boliviano com o Executivo norte-americano, temia-se que no vôo entre a capital russa e a América do Sul viajasse também Snowden. Os países europeus até simpatizam com a Bolívia e tal, mas não querem chatices com Washigton e assim jogaram pelo seguro, negando as intenções de Morales de sobrevoar o seu território. O avião presidencial ficou retido em Viena de Austria durante 13 horas aguardando uma nova rota, o que em matéria de agenda constitui sempre um enfado. Afinal parece que Snowden continua no aeroporto de Moscovo, e Morales não se quis armar em herói, levando o “troféu” para La Paz debaixo das barbas dos americanos, que querem deitar as mãos no ex-agente da CIA – e não será para lhe fazer festinhas. O MNE boliviano faz agora o que lhe compete, refilando e batendo o pé aos países que causaram a fatiga de “el presidente”, que perante tal incerteza de quando chegaria a casa, mascou a reserva de folhas de coca que leva consigo para toda a parte. Pronto, os governos europeus em causa já apresentaram desculpas, mas a Bolívia diz que “não chega”. Por enquanto vão desbobinando a habitual retórica do imperialismo “yankee” e dos seus lacaios europeus, no estilo “old school” do falecido presidente venezuelano Hugo Chávez, mas depois isto passa-lhes. Ora bolas, a Bolívia está zangada. Que medo.
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