quinta-feira, 13 de março de 2014

A morte por uma unha negra


Aqui está uma notícia que me deixa deveras preocupado, pois tem com um mau hábito que tenho desde pequeno: roer as unhas. O meu pai também roía as unhas quando era jovem, mas deixou de o fazer aos 32 anos. Mas agora aos 40, e apesar de não o fazer com a mesma intensidade com que fazia na juventude, começo a perder a esperança. Roer as unhas tem um peso negativo sobretudo no departamento da estética, pois deixam as mãos "feias", e de quando em vez surge uma infecção provocada pela mania de remover à dentada partes importantes da lâmina que reveste e proteje os dedos. Nunca rooi as unhas até ao sabugo, ou ao ponto de não ter unhas. O meu hábito conhecia limites, e parava onde acabava a unha e começava o dedo. Conta-se que há indivíduos tão nervosos que quando acabam de roer as unhas das mãos "passam às unhas dos pés", uma forma engraçada de hiperbolizar o vício de roer as unhas, mas comigo trata-se apenas de matar o mal pela raíz - mal aparece uma unha a brotar, zás!, é recortada pelos dentes e cuspida. Amen.

Para John Gardener, um britânico de 40 anos, roer as unhas foi um hábito que o levou à morte. Internado duas semanas após o dia do seu aniversário com infecções múltiplas, viria a falecer de falha cardíaca poucos dias. John sofria de depressão, e isso levava-o a roer as unhas ao ponto dos dedos sangrarem, e os médicos acreditam que chegou ao ponto de se tornar imune à dor. O facto de ser diabético acarretava outros problemas, e chegou a precisar de amputar a cabeça de um dedo devido a uma infecção. Há dois anos foi-lhe amputada uma perna, o que o levou a começar a roer as unhas até um novo limite. Várias úlceras que contraíu desde então levaram-no ao estado que precedeu a sua morte, e de nada lhe valeu o tratamento com antibióticos através da via intra-venosa. Eis o caso do homem que roeu as unhas até à morte, literalmente.

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