domingo, 30 de abril de 2017

Agosto em Navarra (e não só)


Para quem seguiu (e gostou) das minhas aventuras na Índia, deixo já saber que no mês de Agosto vou estar em Navarra, comunidade autónoma de "Espanha". Assim, a primeira metade das férias de Verão serão passadas em Pamplona, onde ficarei sediado, e com incursões por Estella-Lizarra (na imagem), Tafalla, Tudela, e outras cidades da idílica Navarra, bem como algumas incursões por Castilla-Léon (Soria) e La Rioja (Logroño). E ainda...


...uma última semana em Madrid. Daí faço planos de visitar Alcorcón (na imagem), Fuenlabrada, Navalcarnero, o bairro socialista de Vallecas, e ainda passar um dia em Toledo, na comunidade de Castilla-La Mancha. Ah sim, e se der tempo, dou um pulinho a Valladolid. Aguardem!


Taj Mahal (na ponta dos dedos)


Fire Paan


O "paan" ( पान, em hindi) é uma erva pimenteira conhecida por "betel" muito popular na Ásia, e um conhecido substituto do tabaco. Muitos asiáticos não têm capacidade financeira para alimentar o vício do tabaco, e por isso recorrem a esta alternativa mais barata - quase gratuita para a carteira dos ocidentais, aliás. Em Nova Deli, Índia, alguns comerciantes deram um novo elã a este hábito, misturando a erva com coco, gelo e xarope de romã, juntando ainda um licor inflamável que dá este efeito...fogoso. Bom, eu sobrevivi. O gosto é assim como...digamos que fiquei com a boca "a saber a Índia" durante esse dia, para ser simpático. Mas sobrevivi!


Barcelos, Nova Deli


A fama do galo de Barcelos chega a Nova Deli, capital da Índia. Cortesia da cadeia de "fast-food" Nando's, com sede na África do Sul, com muitas filiais na Ásia. Afinal, este é ou não é o Ano do Galo?


O que incomoda "nisto"


Nada, obviamente. Acho bem - acho óptimo, até - que o presidente Marcelo Rebello de Sousa dispense algum do seu tempo para exercer a sua presidência junto das minorias étnicas e religiosas, sejam elas a comunidade islâmica, a comunidade bahai, as Testemunhas de Jeová, os adeptos do Belenenses, todos, em suma. Ora bem, mas há a quem "isto" não tenha agradado, e como sempre, é nas redes sociais, nomeadamente o Facebook, que o fel derrama.


"Tolerante sim, palhaço não", diz quem sabe da poda, que ainda por cima ostenta o mesmo apelido do antecessor de Marcelo. Isto de "palhaçadas" no mais alto cargo da nação tem que se lhe diga, e olhe que a História regista essas "palhaçadas" muito antes do tempo em que o compincha do Zé Cavaco, o Aníbal, sentou o rabiosque em Belém:


Olha aqui o Salazar, o pai dos orfãos desiludidos com a democracia, a abraçar o Caudilho, o mono-testicular galego que encostava os opositores a um paredão e os mandava fuzilar. Nada comparado com o par de estalos que o imã da mesquita da Lisboa pregou naquela tipa com que, só por acaso, se divorciou (vão ler as notícias, ó tansos). Pelo menos na primeira imagem não vemos o Marcelo aos abraços e aos beijinhos a ninguém. Mas há mais:


Outro comportamento de Marcelo que "não respeita a maioria dos portugueses" (ou quase): mijar de pé. E quando Cucha Carvalheiro pergunta a Fernando Almeida "porquê", este desata a desejar que aconteçam atentados terroristas em Portugal, só para ter razão. O costume. Outro cromo:


Um arrependido. Este diz que "trabalhou muito para eleger" o actual presidente. Ah ah ah ah ah ah ah ah ah! Mais: vai "trabalhar o dobro para o tirar de lá"! Ah ah ah ah ah ah ah! Desculpem, mas isto é mesmo muito engraçado. Para acabar:


Outra que pensa que a opinião dela reflecte a da maioria. Era melhor ficar calada? Perdeu uma excelente oportunidade, ó senhora Goretti.

PS: Obrigado ao Fernando Duarte Rocha, o desempregado parasita que se faz passar pela sua mulher, a actriz Maria Vieira, por mais esta caderneta de cromos.


sábado, 29 de abril de 2017

25 de Abril já, ou tudo preso!


Foi 25 de Abril um dia destes, e como sempre o Bairro do Oriente assinalou a efeméride, no artigo da última quinta-feira do Hoje Macau. Bom fim-de-semana, e olhem lá que o 1º de Maio está aí à porta - outro feriadito, portanto.

Não sei se os estimados leitores deram conta disso, mas foi dia 25 de Abril na passada quarta-feira, há dois dias. Ah, pois é. Foi dia vinte e cinco no mundo inteiro, de facto, mais cedo para uns do que para outros, mas no mundo que fala português (menos no Brasil), comemorou-se o 43º aniversário da Revolução dos Cravos, conhecido para os mais novos sobretudo como “aquele dia que é feriado, cabom”. Nem de propósito, foi dos mais novos que a TDM se lembrou, e foi Escola Portuguesa adentro fazer às angelicais criaturas que por lá proliferam fazer uma sacramental pergunta: o que é para ti o 25 de Abril. Uma versão adaptada do Bastos, “olha lá, onde é que tu estavas no 25 de Abril?”. Aqui as criaturas obviamente que simplesmente não estavam, e em muitos casos nem os respectivos paizinhos delas – olha eu aqui que não me deixo mentir.

As respostas foram do mais surreal que há, mas fiquei contente por saber que as criancinhas tentam explicar a coisa, pelo menos. Ah, e tal, ditadura. Ah, e tal, liberdade. Aqui não é feriado, que pena. Fiquei boquiaberto de espanto ao ouvir coisas do calibre de “o 25 de Abril aconteceu porque o Salazar não nos dava liberdade”, mais o Salazar para aqui, mais o Salazar para acolá, olha, até cheguei a ter pena do tirano beato de Santa Con…Comba. O senhor já tinha morrido quatro anos antes, ó meninos. A natureza encarregou-se disso, portanto como podem ver não há mal que sempre dure. A reportagem terminou com chave d’ouro, com a jornalista a perguntar a uma estudante do ensino básico “o que seria se não tivesse acontecido o 25 de Abril”, ao que a pequena retorquiu “estávamos todos presos!”. Toma lá que já abrilaste!

Ora bem, fiquei encantado com a criançada, a quem no meu tempo era muito mais difícil perdoar a ignorância – e havia burrice a rodos, se havia. O que não me encanta assim tanto é ver a quantidade de resmungões. Sim, resmungões, e nestas contas não entra a idade. Há por aí muito menino e menina que há 43 anos ainda andava a balançar entre o esquerdo e o direito a proferir chorrilhos de inanidades do tipo “antes é que se estava bem”, e “havia respeito, e não se viam as poucas vergonhas que se vêem agora por aí”, ou ainda “os pretos estavam todos em África” (menos o Eusébio e outros quadros especializados do desporto e das artes). Então vá lá, querem saber uma coisa: NÃO! É MENTIRA! Pela enésima vez: quem não gostou do 25 de Abril porque estava então ou estaria agora mais bem acomodado, paciência. É entre os tais resmungões que se encontram muitos destes desatinados com a vida, a quem a tal liberdade e democracia não lhe fez sair a sorte grande, então pronto, que se lixe, bardamerda para a liberdade e para a democracia. Que bonita figura.

Para mim foi porreiro pá, achei óptimo, como acho cada vez que se derruba a canalhada fascista e ditadora. Depois houve o PREC e mais não sei o quê – e depois, o que é que o 25 de Abril tem a ver com isso? Comemora-se o dia, não o que se fez depois com ele, umas vezes bem, quase sempre mal. E não é para isso que serve a liberdade, para se poder fazer asneiras à vontade, e eventualmente pagar por isso? É a outra face de ser recompensado por se fazer o bem, é a dialéctica da liberdade. Com Salazar, que desta vez foi “injustiçado” pela rapaziada da EPM é que não se fazia nada, meus amigos. Não vos quero maçar mais – e tinha pano para mangas – e assim sendo termino. Não sem antes desejar um feliz Dia da Liberdade para todos os leitores do Hoje Macau. Sim, todos, mesmo os resmungões. Feliz 25 de Abril, ó chefe.

A maior democracia do mundo



Antes tarde que nunca, eis o artigo de 20 de Abril do Hoje Macau.

Voltei no Domingo de uma semana de férias na Índia, onde fiquei dois dias em Nova Deli, três em Varanasi, à beira do rio Ganges, e mais um dia e meio na capital, antes do regresso a este “same same” – faz sempre bem mudar de ares de quando em vez. Só que desta feita não foram as habituais “férias de luxo na miséria dos outros”, nem tanto mais ou menos um relaxante e reparador interlúdio do quotidiano. Digamos que foi antes um “partilhar da miséria alheia”. Se me perguntarem se gostei, vou dizer que sim, claro, mas não vou recomendar. Não é tudo “lindo”, e uma maravilha, antes pelo contrário. Eu gostei porque sou um tipo esquisito, a atirar para o excêntrico.

Na Índia está bem à vista dos olhos tudo o que há a lamentar naquele país, o segundo mais populoso do planeta depois da China: o lixo, a pobreza, as gritantes insuficiências em termos de estruturas que possam dar uma vida decente a toda a população. Sendo que ali vigora um regime de governo parlamentar eleito por sufrágio directo e universal, posso dizer que estive na maior democracia do mundo. Tecnicamente é assim, e pensarem-se em medidas de controlo da natalidade não faz sentido. Afinal que democracia é essa onde não se pode ter o número de filhos que se quiser? Ali o melhor é ter uns nove ou dez, pois se morrerem metade, ainda se fica com a descendência assegurada. Valha isso o que valer àquela pobre gente. Estava ainda no carro a caminho do minha sede em Deli, e deparei com um aviso em inglês por cima de um muro de arame farpado, onde se lia: “Propriedade privada. Os intrusos serão ABATIDOS”. Isso mesmo, ou “trespassers will be shot”, na versão original. Realmente, na maior democracia do mundo o melhor mesmo é resolver as coisas da forma mais simples, do que recorrer a tribunais por algo de tão pífio como entrar em propriedade privada. Já pensaram o que seria se centenas de milhões de pessoas tivessem a noção de que poderiam processar alguém, do que simplesmente limpar-lhe o sebo?

O que também não faz falta e só atrapalha são as regras de trânsito. Na Índia não há uma, duas ou três faixas de rodagem – há as que calharem, desde que sejam na direcção certa. É preciso ter atenção mesmo quando se anda pelo passeio, pois existe a possibilidade de se pisar num cão, em bosta de vaca, ou em alguém a dormir no chão. Na Índia é normalíssimo encontrar pessoas a dormir na rua, e não se pode aqui sequer aplicar o conceito de “sem abrigo”. Pode ser que ainda haja por lá quem considere que estes “têm sorte”; se estão a dormir, é sinal que estão vivos. Quantos às vacas na via pública, sim, confirmo: vacas em toda a parte, e contem com isso se estiverem a pensar em lá ir. Contudo são falsos os relatos que dão conta de comboios paralisados devido à presença de uma vaca nos carris, ficando os passageiros a depender da vontade do ruminante em sair dali para fora. Na eventualidade disto acontecer (e não é de todo improvável), enxota-se o animal e ele vai embora. Reparei que a Índia não é um mau sítio para se nascer vaca ou cão, pois tudo o que fazem é comer lixo e dormir. E lixo é coisa que ali não falta.

Mas deixarei agora Deli de lado, e vou falar de Varanasi, a outra capital da Índia, mas esta espiritual. É uma cidade à beira do Ganges, e conta-se que foi nela que o príncipe Siddharta decidiu mudar de vida, e passou a ser conhecido apenas por “Buda”. Eu chamaria-lhe uma espécie de cruzamento entre Fátima e Meca, mas “on acid” e aberto 24 por dia todos os dias. Uma coisa completamente louca, um “hippie trail” que só visto. Varanasi foi fundada por Lorde Shiva, um dos elementos da santíssima trindade hindu, e que passava o dia “a fumar marijuana e a beber veneno”, e à conta disto “era azul”. As pessoas que morrem envenenadas pela picada de uma cobra “ficam azuis”, assim me contaram. Por falar em morrer, é ali mesmo no leito do rio Ganges que se realizam diariamente cremações de mortos, cujas cinzas são deitadas na água. Excepção feita a um grupo de casualidades, onde se inclui a lepra, onde nesse caso o cadáver é simplesmente deitado ao rio. Não, não vi nenhum cadáver a flutuar nem nada que se parece. Aquele é um dos maiores rios do mundo, sabiam?

Assim sendo, da Índia tirei algumas conclusões pessoais; eis um povo que vive a sua democracia, a maior do mundo, alimentada pelo veneno da religião e da idolatria, que não deixa ninguém azul, mas antes conformado. Vigora ainda hoje, em pleno século XXI, um sistema milenar de castas, que determina que a percentagem da população que nasça no seio de determinada casta considerada “impura” esteja condenado a pedir esmola ou limpar latrinas, mal saia do ventre maternos. Os colonizadores britânicos acabaram com muitas práticas consideradas “barbáricas” pelos indígenas, mas curiosamente não tocaram nesta, que é está em prática de forma bem evidente – porque será?

Adorei a Índia, mas mais uma vez, não recomendo a ninguém. Já agora, comida é óptima, um “must” para os aficionados. E não, não contraí nenhuma doença tropical, apesar dos 42º sequinhos que se aguentavam bem melhor que os vinte e qualquer coisa ensopados de Macau. Que nem é democracia sequer, quanto mais a maior do mundo.

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Catarina e a "marida"


Uma notícia que mereceu destaque na semana passada foi o bombardeamento da Síria por mísseis norte-americanos, mais uma tropelia da administração encabeçada por Donald Trump, que se bem estão recordados, havia deixado claro que "seria um erro bombardear a Síria". Ora bem, este incidente mereceu a condenação de qualquer pessoa com o mínimo de bom senso, e Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda, não foi excepção - outra coisa não seria de esperar, vindo da extrema-esquerda portuguesa, geneticamente aversa a tudo o que vem das terras do Tio Sam. Mas as críticas vieram quer da esquerda quer da direita, e a acção militar serviu mesmo de pretexto para alguns "trumpistas" já arrependidos deixarem de elogiar o indivíduo, que além de néscio e mal-formado, é ainda tenebrosamente coadjuvado com tudo o que há de pior na América. Tudo bem, o que é importante é ter toda a gente de bom senso a puxar para o mesmo lado, e pouco importa quem estava certo ou errado. Para mim estava e está tudo errado. Quanto aos outros, bem...


E aqui por "outros" refiro-me obviamente àquela gente frustrada, amarga e revoltada com tudo e todos só porque a vidinha vai correndo melhor a outros do que a eles (e nem sequer têm muita razão de queixa, estes tristas). Sim, os suspeitos do costume, os xenófobos, os islamófobos, enfim, a extrema-direita "divertida", e onde se inclui este gajo. Não, não estou a chamar "gajo" à Maria Vieira, pois a este ponto toda a gente minimamente informada sabe que quem escreve naquela página é Fernando Duarte Rocha, o marido da actriz, um escritor mau e relativamente desconhecido, que ironicamente se entretém a atacar "subsídio-dependentes" e outros...como ele. Em suma, um indivíduo sem escrúpulos, que logo para começar usa a relativa popularidade que a mulher para se passar por ela, e agora que não convence nem um papagaio retardado da sua charada, faz estas tristes figuras. Triste, triste. Mas vamos lá por partes.

    A Catarina Martins está muito aborrecida porque acha que os EUA não respeitaram os Direitos Humanos pelo facto de terem bombardeado túneis subterrâneos onde se escondiam e operavam forças terroristas do Estado Islâmico! (...) Nunca a vi protestar contra os estupros e agressões a ...mulheres europeias na Suécia, na Alemanha e em outros países que vêm acolhendo milhares de islamitas e "refugihadistas"! 
     
Eu não vou aqui defender a Catarina Martis, mas p'lamordedeus, a senhora agora é o Boletim Meteorológico, para ter que se pronunciar sobre tudo e mais alguma coisa, caso contrário corre o risco de não ter legitimidade para opinar sobre uma notícia de interesse global? Mas este tótó acha que convence alguém DECENTE daquilo que está para ali a fungar? Haja dó, e é preciso não esquecer que as tais "agressões a mulheres" e casos afins são amplificados, manipulados e até fabricados pelos nazis que alimentam estas mentes doentias com "notícias" daquela estirpe. 

    Estou farta destas Catarinas e das suas coleguinhas da extrema-esquerda que se fazem passar por boa gente e por gente de bem e que nem sequer foram eleitas pelo povo português para debitarem as asneiras que ninguém com o mínimo de decência e inteligência quer continuar a ouvir! Estou farta! Sim. Estou farta! 
Está "farta", grita ele, apelando aos "milhares de seguidores nos quatro cantos do mundo" que a página da mulher tem, que feitas as contas, são 8 mil e qualquer coisa. Nada mau, dirão uns. "Peanuts", digo eu:


A página da Catarina Martins, com quem eu não simpatizo (nem desprezo, nem nada), e como podem ver não sigo, tem mais de 60 mil. Isto não quer dizer grande coisa, mas vejam lá se seguem o meu raciocínio: 1) Tema de política internacional; de quem é que vamos querer ouvir uma opinião, da Catarina Martins ou do desocupado do marido da Maria Vieira a fazer-se passar por ela? 2) E qual é a razão de tanta peixeirada por causa do que a Catarina Martins disse ou pensa, e mais importante: quem é aquele palerma para falar por...o quê? "Tantos cidadãos da Espanha, Grécia, socialistas blá blá blá". Ó meu, tás mal, muda-te. Ou como se dizia no meu tempo, "vai fazer uma manifestação de um". Só que não, e onde se arruma o cão, chegam as pulgas:


Aqui está, o banquete de maus fígados, onde entre as sopeiras e os coitados que aparecem a dizer "ai Maria tem toda a razão, gosto muito de a ver trabalhar", aparece gente...suspeita. Eu não sei se esta gente que vem para esta degradante página tem um pingo de vergonha na cara.  Aquilo é um adulto de 50 e tal anos a passar uma mensagem miserável em nome da mulher, que é uma artista de variedades que ninguém imaginaria que dissesse uma frase daquelas, quanto mais o que ali está. "E na Venezuela"? O BE tem que condenar o regime da Venezuela, ou outro qualquer? O que é aquilo, "empurrar a nação para o abismo???". Reality Check:


"Um milagre", é o que chamaram à recuperação da economia portuguesa no último ano. Eu não gosto deste Governo, nunca votei ou votaria em qualquer dos partidos da chamada "geringonça", mas porra, não era isto que toda a gente queria, que diabo? Eu sou eu, e não preciso de ter estima pessoal ou qualquer outra por alguém para reconhecer um trabalho bem feito. Deixem a febre da dengue e façam-se ao pequeno-grande Deng: "Pouco importa se o gato é preto ou branco, desde que cace o rato". Mas claro que todos aqueles disparates da autoria do Nando, em parada na página do Facebook da coitada da Maria Vieira têm uma explicação lógica - pasme-se! Claro que tudo o que esta gente quer é que se corra com os imigrantes, com prioridade para os mais exóticos, e tudo o resto são tretas. Por isso não surpreende que depois da recente polémica com a colega de profissão Ana Bola, a página tenha tido mais visibilidade para os apologistas da mesma regra, caso do PNR, entre outros. E quem resolveu dar um ar de sua graça na sexta-feira santa?


Joana Perestrello de Vasconcellos, membro da comissão política (?) "et all" do tal partido que se diz "nacionalista". Eu não conheço a senhora nem tenho nada pessoal contra ela, mas por uma questão de bom senso, que tal marcar uma consulta num bom psiquiatra? A criatura diz-se de um partido político "democrático", e depois vai dizer aquelas coisas para uma página de uma rede social, que recordo que é pública, toda a gente consegue ver (toda a gente que não tenha sido bloqueada pelo Nando, esse pretenso paladino da "liberdade de expressão e não sei quê)? E ela jura que está a falar a sério quando diz que quer "partir os dentes" à Catarina Martins! Querem ver?

Ah pois, que ela "não é fake". Votem, votem, livra! Entretanto é possível detectar ali outros recados a outras "vacas" (?), que não propriamente a Catarina Martins - o que quer dizer aquilo, "não se metam com a minha amiga, a Maria Vieira"? Isto tem uma explicação muito simples, e que nos ajuda a entender também porque é que o Nando anda para ali a estrebuchar feito uma franga degolada, a dizer que "está farta!".

    Eu estou farta e não tenho medo de o dizer, por muito que tentem, sem sucesso, calar a minha boca!
A "Maria Vieira" despede-se com esta nota, e com toda a certeza que não era dirigida à Catarina Martins. Se existisse uma ténue suspeita de que a coordenadora do BE andava a criar alguns obstáculos à produção daquela verborreia toda, o gajo pegava naquilo e nunca mais se calava. Fazia um banquete real de uma pacote de pevides. O "problema" é que o Nando não usa chapéu, e anda com a careca à mostra - e digo isto em ambos os sentidos, quer o literário, quer o figurativo. Mas continua, Nando, continua a fazer essa linda figura. Não tenho grande apetência por estar a assistir a alguém a enterrar-se na lama deste jeito, e ainda a teimar que não senhor, não se passa nada. Só para ti abro uma excepção. Cumprimentos, que "beijinhos querida Maria", como dizia o outro, é um bocado "gay". E como disse um dia um mau poeta, "prefiro beijar o cu de um cão do que a boca de um homem". Lembras-te, Nando?


sábado, 15 de abril de 2017

sábado, 8 de abril de 2017

Leocardo na Índia


Vou estar na Índia durante uma semana, pelo que a actualização do blogue dependerá das circunstâncias e da disponibilidade. Podem entretanto seguir a jornada na minha página do Facebook. Até ao meu regresso.



sexta-feira, 7 de abril de 2017

Os B.P.S.


E para rematar a semana em grande estilo, nada como o artigo de quinta-feira do Hoje Macau. Bom fim-de-semana!

Costumava o meu pai dizer que “à mesa não se fala de religião ou política”. Mas de futebol tudo bem, falava-se pelos cotovelos. Na ressaca de mais um “derby”, disputado no último Sábado entre o Benfica e o Porto, resolvi hoje de um mal que afecta os portugueses de um modo geral: a clubite.

Se os benfiquistas são seis milhões (é bem possível, a julgar pela quantidade de gente deprimida no país), os restantes quatro milhões são do Porto e do Sporting. São os BPS (benfiquistas, portistas e sportinguistas), que constituem 99.9% da população portuguesa – os outros 0.1% são uma margem de erro. Mesmo os que se dizem adeptos dos outros clubes, do Guimarães, do Braga, do Belenenses, e mesmo os orgulhosamente insulares da Madeira, são uns enormíssimos BPS camuflados. Basta ver os jogos do tipo Braga-Benfica, ou Penafiel-Porto, se acabam 2-2, metade dos adeptos no Estádio festejam os quatro golos, sendo que a outra metade pertence a um BPS inimigo – os BPS são os expeditores da glória desportiva. Um adepto de Setúbal que garanta a pés juntos que só gosta do seu “Vitórria”, é lá no fundo um BPS recalcado que sofre com um deles todos os fins-de-semana. A Taça de Portugal é um bom exemplo disso. Lembro-me há uns anos um dirigente de um clube dos escalões secundários ter dito em vésperas de receber um dos grandes que “queria vencer para ajudar o Benfica”.

O clubismo é um cancro nacional. Separa os melhores dos amigos, gera discussões bacocas entre colegas, é só do que se fala quando não há nada para falar (e quase sempre não há!). Qualquer BPS mais pacato começa a levantar a voz e o dedo quando fala de futebol com um BPS rival. Ao contrário das religiões, que não se enfrentam todos os fins-de-semana em busca de um troféu (pelo menos não nos mesmos moldes), aqui a rivalidade é renovada a cada jogo, a cada semana, a cada título. Cada um dos BPS é especial na sua maneira de ser.

O benfiquista é o mais orgulhoso. Há benfiquistas de toda a espécie e feitio: ministros, advogados, trolhas, domésticas, beatas, arrumadores, tudo. Há benfiquistas alentejanos, beirãos, portuenses, do Minho até Timor, como dizia o outro. O Benfica é a United Colors of Benetton do clubismo lusitano. Podem ser óptimas pessoas, boazinhas, porreiríssimas, mas passam-se dos carretos quando alguém fala mal do seu clube. Todos sabem de cor os hinos do Benfica, têm em casa um pratinho que diz “quem não é do Benfica não é bom pai de família”, arrepiam-se quando revêm imagens do Eusébio e do Rui Costa a chorar. Produzem resmas de poesia e prosa de casca grossa para definir “o que é ser benfiquista”, que começa quase sempre por “é uma chama imensa”. São tão agressivos quanto os portistas, têm ambos mau perder, e isto porque ambos pensam que existe uma guerra norte-sul, em que a deslocação para cada um dos campos de batalha se faz de carro em pouco mais de duas horas.

Os portistas são gente desconfiada (“este morcone não é do Norte, carago), orgulhosa, que um dia arregaçou as mangas e resolveu pôr um fim ao domínio da capital. São os anti-imperialistas do clubismo. Olham para o Benfica de cima, e riem com tom sarcástico das coisas que os acusam. Para o portista, que ri na cara do perigo, “as contas fazem-se no fim”. E têm sabido fazer bem as contas. Pinto da Costa aparece assim numa aura estranha, de santidade como o Papa, de revolucionário como Che, de padrinho como Vito Corleone com um culto da personalidade a fazer lembrar Mao. Orgulham-se do terreno que foram conquistando nas últimas décadas, e estão convencidos que “até em Lisboa há portistas”. Enganam-se. Haver há, os que emigraram. Os outros são sportinguistas arrependidos, uns BPS à parte, que são anti-Benfica.

Os sportinguistas são, dos três, os mais simpáticos. Têm orgulho de ser do Sporting, consideram-se uma elite. São os tais “netos de visconde” de que o Octávio Machado falava. Quando penso num sportinguista tipo vem-me à ideia um indivíduo calvo, sorridente, técnico de informática, com um autocolante “salvem as baleias” no PC e outro “Bebé a bordo” no Fiat. São os BPS que mais filosoficamente aceitam a derrota, e não entram em grandes euforias quando ganham, porque afinal, “é normal”. São uma malta que sabe estar na vida. Sendo os mais simpáticos, são também os mais permissivos, e talvez por isso nunca ganham, coitados. Simpatizam com o Porto “quando ganha títulos em vez do Benfica”. Para eles ver o Benfica perder é um prazer indiscritível. Dizem com a maior das calmas e com um desportivismo latente que “o Porto é melhor clube português dos últimos 30 anos”, mas secretamente desejam que os BP (Benfica/Porto) se matem, esfolem e auto-destruam. O seu mote é “quem espera sempre alcança”.

Outra palermice que os adeptos gostam de reafirmar é que “são BPS, mas são portugueses e querem que os outros ganhem na Europa”. Mentira. Na hora da verdade o visceral ódio vem logo ao de cima. Basta observar este ano a novela entre Porto e Benfica por um lugar na Liga dos Campeões. Mas nos outros países é assim, porque havia Portugal de ser diferente? Na Espanha os adeptos do Barça ficam furiosos quando o Real Madrid vence um troféu europeu, e vice-versa.

Mesmo na selecção nacional o clubismo dita as suas regras. São os BPS cada um a puxar a brasa à sua sardinha, a achar que devem ter mais jogadores do seu clube na selecção de todos nós. Culpam árbitros, dirigentes, políticos e outros pelas derrotas. Têm uma lista negra de responsáveis pelos seus fracassos, e não se importavam de ver “toda a gente na cadeia” para poder festejar as vitórias para que, afinal, muitos nada contribuíram.


Foda Motorsports


Em Hong Kong. O tipo de desporto motorizado (?) que a malta mais gosta. Link aqui.

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Templo Tou Tei


Na Rua da Pedra. em Macau.



Mundial das colheres de pau


Lembram-se das vuvuzelas, aquela corneta infernal que fez com que os estádios da África do Sul parecessem um matadouro de elefantes durante o mundial de 2010? Ora bem, para o ano no mundial da Rússia a música vai ser outra, com as "colheres da vitória", um novo instrumento inspirado nas castanholas espanholas, que prometem ser o ruído de fundo da competição mais importante entre selecções. O próprio Vladimir Putin gostou tanto da ideia que a patrocinou com um milhão de rublos (cerca de 150 mil patacas). É muito menos irritante, temos que reconhecer, e estes russos até dão um ar mais divertido à coisa.


quarta-feira, 5 de abril de 2017

Nivea lava mais branco


A Nivea retirou esta campanha destinada ao mercado do Médio Oriente (?), depois de ter sido acusada de "racismo". No cartaz lê-se "Branco é pureza". A tragédia, o horror, censura! Bradaram uns. Sensura! Urraram outros. Entre os muitos comentários que fui lendo ao longo deste dia, alguns sugeriam que "não se pode ser branco", ou promover a alvura. Num deles lia-se "será que se eu comprar um carro branco vou ter problemas com o SOS Racismo?". Oh oh oh, que espirituoso, para não dizer idiota. Quer dizer, eu sou branco, e não sei como se sente alguém que não é quando depara com uma coisa destas, mas se não for BURRO, vai entender que a mensagem do anúncio não tem nada a ver com ele. Agora vamos ver o que REALMENTE aconteceu.


Pois é, aí está, que coisa tão linda. Os nazis do Alt+Right pegaram no cartaz da Nivea, e conspurcaram-na, como fazem em todo o resto que tocam. Posto isto, a Nivea retirou a campanha e pediu desculpa. Portanto, nada a ver com o "direito a ser branco". No entanto há quem tenha continuado a aproveitar a onda de indignação, alimentando-se da ignorância alheia:


Olha só, que gente tããão fina. Um par de jóias. Ana Kandsmar, a quem devo uma resposta relacionada com contas de outro rosário (um dia quando tiver estômago para isso vamos lá; não perde pela demora) e Fernando Duarte Rocha, o nazi (ir)responsável pela página de Maria Vieira - um segredo de polichinelo, diga-se em abono da verdade. Eu assino por baixo; branco é pureza, mas acrescento: negras são as vossas almas. Ah sim, e parabéns por terem nascido brancos. Isso é que foi um exemplo de "meritocracia", como diz o Nando. O gajo que se aproveita da popularidade (?) da mulher para espalhar este tipo de caca pela net, estão a ver? Ganda homem! 


terça-feira, 4 de abril de 2017

Macau já tem um restaurante russo!


E parece que já tem há alguns meses, a julgar pela página do Facebook do Friendmily - assim se chama o restaurante, que é assinalado como sendo "European cuisine". E para quem ainda não conhecia, como eu, onde é que fica?


Aqui no nº 78 da Rua da Barca, ali quem vai para a zona do Mercado Vermelho. E o local, é agradável ou quê?


Pode-se dizer, cheio de motivos que nos fazem sentir como se estivéssemos no maior país do mundo. Bem, ou pelo menos num outro tempo. É a fazer lembrar a Rússia, pronto. E da ementa...


..que como podem ver é giríssima, o que fui eu comer?


Não foi muita coisa - digamos que fui lá apenas "cheirar" e provar. É no que dá os feriados; almoça-se às 3 e tal da tarde e depois fica-se sem fome para jantar a horas decentes. Contudo posso garantir que não faltam no cardápio o Strogonoff, a Galinha Kiev ou o Borsch, entre outras delícias da cozinha russa. E para beber...


...cerveja Baltika, importada da Rússia. Aliás a secção de "cocktails" era bastante diversificada, pelo que voltarei lá um dia destes para uma visita mais demorada. Quanto ao preço, não é o que se pode considerar económico, e eu diria até que é um bocado puxadote - duas pessoas não fazem a festa por menos de uma nota de 500, e se forem com muito apetite, pode chegar até a uma milena. Mas em compensação...


...levam um nougat junto com o cafézinho, além da simpatia do serviço, e o ambiente agradável, que inclui música russa e tudo. Recomendo que vão lá espreitar. Утвержденный! 


Filipino não entra


Na Rua dos Cules. Como é que isto se chama, mesmo? Ra...ro...ah! "Racismo", pois é.



Venezuela


Entristece-me, sinceramente, que num país onde vivem milhares de emigrantes portugueses e seus descendentes se dê prioridade a botar as culpas na inclinação política do regime. Triste e sujo.

Macaco & Cia.



Esta equipa do Canelas 2010 é um bando de criminosos. Não representam a cidade do Porto, nem de Gaia, nem nada. Não dignificam o futebol em particular e o desporto em geral, e num país decente estavam era todos presos. Tenho dito.



domingo, 2 de abril de 2017