sexta-feira, 13 de março de 2015

É só um cão, minha gente!

Prazer (ou nem por isso). Agora importam-se de tirar as patas de cima dos estofos?!?!

Muito bem, já sei alguns que me vão cair em cima, chamar-me de mau, acusar-me de "usar a ironia para destruir e assim prosseguir a minha senda destrutiva(?)", e tudo aquilo que se traduz em "ó Leocardo deixa as pessoas serem cabotinas, charlatãs, pantomimeiras e pedantes à vontade". Epá que se lixe, porra. Esta é uma daquelas coisas que engolidas ficam atravessadas e ainda causam cancro e o camano - não que por deixá-las sair cá para fora me torne imune ao cancro, mas pelo menos alivia. Chega de conversa e vamos aos factos: um cão saltou uma cerca, entrou na propriedade de um indivíduo, e este não vai de meias medidas, saca de uma caçadeira e limpa o sebo ao bicho. Coisa normal, normalíssima até. - "O quê??? Achas isto normal, seu sacana desprovido do músculo que é o centro do sistema circulatório?", dizem agora as alminhas indignadas dos anjinhos, e parece que os estou a ver a espumar de raiva, o que até vem muito a propósito do tema. Claro que é horrível o que este homem fez, nunca o devia ter feito e merece ser admoestado por isso. Mais: multado numa soma elevada, ao ponto de pensar da próxima vez pensar duas vezes antes de cometer tal proeza, e quiçá ser condenado a trabalho comunitário - se quiserem uma pitadinha de ironia, a tratar de animais. Dependendo da existência ou não de agravantes, como por exemplo a posse de arma ilegal, ou uma conduta que tenha colocado em risco vidas humanas, considera-se até a possibilidade de poder ser detido, e no pior dos casos cumprir pena de prisão efectiva. Mas NUNCA por matar o cão, isso não. Se estiver a reincidir, e tiver antecedentes que indiquem que esta não será a última vez que comete este atentado, justifica-se acompanhamento judiciário, mas metam isto na cabeça: MATAR UM ANIMAL NÃO É TANTO OU MAIS GRAVE QUE MATAR UM SER HUMANO.

"Todos" salvo seja, e cada um fale por si.

Tudo aquele latim que debitei na forma escrita no parágrafo anterior são apenas meras conjecturas: não sei o que se passou realmente, nem as circunstâncias que levaram à morte do Simba - nome do personagem de quatro patas deste drama - e também único que já não está entre os vivos para poder dizer de sua justiça, ou contar a sua versão dos factos. Mesmo se estivesse vivo, nunca ia ser por ele que ficávamos a saber exactamente o que se passou, uma vez que se trata de um ANIMAL IRRACIONAL, que no momento em que sucumbiu aos ferimentos provocados pelo tiro da caçadeira, não viu a vida passar-lhe à frente dos olhos, nem gastou o último suspiro a pensar em tudo o que deixava para trás, nos entes queridos ou nos projectos que deixou inacabados, ou por começar. Não pensou em nada, e se teve consciência de que estava a ir desta para melhor foi por graça do seu instinto de animal, que mesmo assim não racionaliza o sentido da morte, porque se trata aqui de uma criatura IRRACIONAL! Quando digo que é uma "coisa normalíssima" não estou a desprezar o pobre cachorro, ou insinuar que a sua morte não faz qualquer diferença, ou que não se deve lamentar. Nada disso. O que eu quero dizer é que neste mundo deve haver todos os dias cães e gatos que pulam muros e cercas, passam por debaixo de portas ou entram por janelas que têm sortes idênticas ou piores que a do malogrado Simba. É o mundo que temos, uma boa merda, e vejam lá vocês (isto para os mais "esquecidos") que tal como o Simba e todos os Simbas que andam pela Terra em quatro patas, há também PESSOAS que sofrem horrores às mãos do animal humano - até criancinhas, imaginem só, tantas que não tiveram alguém que as amasse, como teve o Simba, e nem uma cerca pularam para merecerem tal sorte. Agora vejam se me conseguem entender ou se preciso de me explicar mil vezes tentando fazer-me escutar através das ondas de indignação misturadas com as do ridículo: Não defendo que por cada ser humano ou criancinha que morrem de fome, são assassinadas ou o diabo a sete se devem mandar pázadas de Simbas para dentro de um forno crematório. NADA DISSO. O ideal seria que ninguém fizesse mal a ninguém, todos na paz e sem sofrimento, mas não sendo possível tal utopia, há que estabelecer prioridades, e mesmo quem gosta mais do cão do que dos seus próprios filhos (está no seu direito) deve usar pelo menos o bom senso para descortinar que aquilo que vos vou apresentar a seguir é uma ver-go-nha! Escandaloso. Vide.

Simba: O cão abatido a tiro | Agora Nós | RTP

Quando vi esta notícia no programa "Agora Nós" da RTP, e de aqui deixo o vídeo que fala do caso do Simba, vi logo que isto ia dar merda. Portanto "milhares de pessoas ficaram sensibilizadas, demonstrando a sua solidariedade através do Facebook". Foi mais do que apenas "solidariedade", o que fica demonstrado na página que dá pelo nome de, e vejam só, "Eu sou SIMBA", bem ao jeito da recente "thread" (entretanto esquecida, como todas as "threads") em homenagem aos cartoonistas assassinados em Paris no início deste ano por terroristas islâmicos. Aqui ficamos sem saber muito bem quem é afinal o terrorista, mas hmmmm, esperem lá, como sou um democrata, falo apenas por mim. Vou repetir - Não sei quem é aqui o terrorista: se o SUSPEITO da morte do cão, ou se o palermóide que sem ter qualquer PROVA de que o SUSPEITO é realmente o autor da morte do animal, lançou contra ele uma campanha negra no Facebook, que só pode ser chamada de um nome, pois é o único que existe para a descrever: difamatória. Vejam no vídeo como a apresentadora Tânia Ribas de Oliveira tem o cuidado de de chamar a a atenção para esse "detalhe", o da PROVA, e se o dono do cão tem alguma que lhe faça afirmar com toda a certeza que foi aquele indivíduo quem realmente matou o seu cão. Ele responde que "provas não tem, mas...". Mas nada, seu imbecil, sua cavalgadura, seu anormal. E se agora me apetecesse criar uma página no Facebook ou noutro sítio qualquer a dizer que foste tu quem matou a minha tartaruga? E que no dia seguinte tivesse centenas de comentários a desejar que te acontecesse o mesmo? Viste bem o que fizeste, ó tanso? Ou será que tens segundas intenções, ou há algo mais que faz esse carrossel do ódio e da loucura andar às voltas? Vejamos.

Como assim, voz? Au, au, grrrr...wooof?!?!

Quem se dá a todo este trabalho por causa da morte de um cão, que no pleno gozo da sua saúde nunca viveria mais de 15 anos? Mas está tudo parvo, bêbado, ou quê? Comentários do tipo "que sirva de exemplo", "seja feita justiça", "que crueldade, deviam-lhe fazer o mesmo", "que a sua morte não tenha sido em vão", ou "o céu ganhou mais uma estrela" - nem por crianças com cancro, a Maddie McCann ou outra causa qualquer das mais mediáticas vi tanta compaixão como vejo com a deste cão. Cão, sim, não estou a insultar nada nem ninguém, era um cão, abram os olhos! Se o cão tivesse ficado apenas ferido, e a "causa" fosse posta em marcha na mesma (duvido, pois vende-se melhor um cão morto do que "mais um" cão aleijado) nunca ia entender o que estavam a fazer por ele, e se começassem com estas pieguices à sua volta ainda eram capazes de levar com uma dentada. E a trabalheira a que o indivíduo se deu para detonar completamente o suspeito, e denegrir a sua imagem à tripa-forra? Dias a fio desde o início do mês a escrever melodrama, prosa poética e outras mariquices onde são atribuídas ao cão mais características humanas que aos próprios humanos? Não me faz crer que seja por mera "sede de justiça". O caso está entregue às autoridades, não é mesmo? Entâo porque é que o camarada não as deixa fazerem o seu trabalho, procurando em vez disso substitui-las, e pior, tentando colocar-se acima da lei? Ao mobilizar milhares de pessoas no ataque ao suspeito sem uma única provas, isto bem jogado e com um advogado de defesa "sacaninha", no fim que se f... és tu, ó rapazola, que julgas que isto da presunção da inocência e do direito ao bom nome são uma brincadeira. E o que vai pensar o Simba lá no Céu dos cachorros, de tu não o teres conseguido elevar à categoria de mártir, a um Stephen BiCÃO de quatro patas?

És quer dizer...eras. Ou seja, já foste. E já agora estou a falar com quem?!?! Deve ser contagioso...

E quanto aos cavalheiros e às senhoritas que aderiram a esta causa com mais facilidade que uma mosca adere a um papel pega-moscas com extra-xarope de açúcar, deixem-me perguntar-vos isto: e se amanhã eu vos fosse acusar de um comportamento horrível e altamente reprovável, ao ponto da opinião pública não vos deixar dar um pio em vossa defesa? Sim, pode ser que o suspeito tendo uma caçadeira em casa para depois dispará-la sem mais menos, mesmo que "para o ar" (diz ele) não seja boa rês, só que eu vir afirmar isto está no âmbito da minha opinião, pois sou partidário de que apenas as forças da ordem pública deviam ter licença de porte de arma. Existe um facto provado: a arma que pertencia ao indivíduo foi apreendida, e poderá ser ilegal, e tudo o que o tal José Diogo Castiço (o nome até lhe assenta que nem uma luva) disser além disso é pura especulação. Mas isso não impediu que crucificassem na praça pública um indivíduo que não conhecem, e a quem nem deram o direito ao contraditório, não é mesmo? Abri a secção de comentários de um dos "posts" daquela ridícula página onde se faz uma elegia ao cão como se ele a fosse ler, e vejo logo este no topo, que passo a transcrever: "Eu punha esse cabrao andar de cadeira de rodas e queria que a justiça se fosse foder" - isto referindo-se ao suspeito, assumo. E depois a PIDE e o fascismo é que isto e aquilo, que fritava e assava e trinta por uma linha? Comparada com a vossa intepretação de "justiça", eram uns anjinhos, isso sim. Tenham mas é juizinho pá. Não só não conseguem meter nada de jeito nessas cabecinhas, como ainda saltam na primeira carruagem onde um jogral recita cantigas de amor a um quadrúpede, descrevendo a morte do animal dizendo que foi "a cambalear para junto da sua esposa" (da dona, portanto) e "deitou-se ao lado dela, foi emergido em beijos com sabor a pólvora, lágrimas e sangue e descansou, para sempre" (sic). Ele descansa, e eu é que fico aqui cansado de tanto disparate.

Isso não é lá muito prático, pois não? Depois quando chamam um, vêm todos...

Custa assim tanto pensar um bocadinho e perceber que foi apresentada queixa junto das autoridades, existe uma lei que castiga este tipo de comportamento, e tudo o que têm feito não é mais do que atrapalhar a investigação, com este linchamento público, que tem tudo de inquisitorial? E a revolta aliada à indignação que demonstram por um cão que tenho a certeza absoluta que não seriam capazes de demonstrar por um ser humano enoja-me. Vão-se mas é tratar. A este respeito recomendo este artigo da autoria de Sandra Lobo Pimentel para o Ponto Final esta semana, e que é como que uma peça do "puzzle", que assim fica mais composto. Como é que um sem-abrigo pode apelar à misericórdia alheia? Simples: basta começar a ladrar, ou a coçar os tomates com os dentes, ou a fazer amor com a perna da primeira pessoa que passar à sua frente. E ai de quem lhe toque! Assim tapado com plásticos não dá. Não tem projecção, e portanto não "vende". Dixit

7 comentários:

Jose Diogo Price Castiço disse...

Nem todos possuímos a capacidade para entender que um cão, um mero cão como você lhe chama tem a capacidade de demonstrar o que nós (humanos) entendemos por amor, uma capacidade de reagir aos nossos problemas ou alegrias de uma forma decente, enorme e incondicional - na China até os comem, imagino que em Macau talvez.

Nem todos, e ainda bem, temos a sua capacidade de análise, fria e desprovida de sentimentos a roçar o cinismo barato de quem pensa que sabe escrever, ainda bem. Pelo numero de comentários que possui no seu "blog" (valha o que valer) também se percebe que deve ser um frustrado que volta e meia se senta ao computador em pijama sozinho em casa e debitar as suas frustações(zecas) no cyberspaço já que na realidade, na dura vida real (sabe aquela em que as pessoas falam de facto com as pessoas cara á cara) não deve ter capacidade para o fazer.

Se tem inveja dos 60,000 comentários e do alcance de 3 milhões de visualizações um "mero" cão e o seu brutal fim tiveram, escreva algo de jeito talvez, fica o conselho, não é uma critica.

Fica aqui a minha morada: Rua Sra Do Castelo 10 - 6060-091 Monsanto, se tiver a honra que pensa que tem desloque-se cá homem, chame-me "imbecil, cavalgadura e anormal" na cara ou na presença da GNR para completar o quadro que abaixo agora lhe descrevo:

. Esta página está impressa, o seu nome tirado e uma queixa por difamação sem qualquer motivo dado que não o conheço de parte alguma e duvido que venha a conhecer por bons motivos, será entregue na GNR de Idanha-a-Nova ainda hoje.
- Entendo que trabalha ou trabalhou para o governo de Macau, a embaixada em Lisboa receberá cópia da queixa efectuada.

O meu cão, o Simba, não posso pedir que o respeite mas eu exigo respeito até porque como já disse, não o conheço de lado nenhum.

Obrigado por me lembrar porque é que por vezes prefiro os cães a pessoas.
José Diogo Galvão Castiço.

Anónimo disse...

todos são o Simba e você é O Bobo!
sim, no sentido geral da palavra... tenha uma vida mais feliz, pois a azia também dá cancro :3
natercia

Anónimo disse...

Dá para perceber que o Senhor não gosta de animais...
Só um cão? E o Senhor é um quê!!!! Um bosta de merda com pernas, para mim é um ser repugnante que tem a mania que sabe escrever e que com o este texto pensa que vai por muita gente a rir,hahahahahahhaha, não vale nada....seu nojento!!!

Anónimo disse...

Você é um grande Monte de Merda, seu imbecil!!

Anónimo disse...

És doente.

Anónimo disse...

TENHO TANTA, MAS TANTA PENA DE SI ! PENA, SIM !

danieloboe@gmail.com disse...

Olá!

O "senhor" deu-se realmente ao trabalho de fazer algum tipo de comentário em relação ao caso "simba" ?! Não vou ficar aqui a escrever-lhe durante muito tempo pois sinto que não merece muito a minha atenção...contudo, senti-me na obrigação de dizer algo sobre isto que publicou...Então: primeiro em relação ao seu texto...Não sei qual a sua profissão nem tão pouco quero saber, mas se tem um blogue, parto do principio que gosta de escrever, portanto acho que devia rever algumas palavras que escreveu (no artigo "simba", pois não li outros) porque parece-me que não sabe bem o significado de certas palavras...Não lhe vou dizer quais porque acho que uma pessoa que estudou Estudos Europeus com seriedade irá ser capaz de descobrir "o erro"...não lhe vou dizer também quais os erros ortográficos que tem no texto...para além disso deverá rever construção de frase, cito: - ... Mais: multado numa soma elevada, ao ponto de pensar da próxima vez pensar duas vezes antes de cometer tal proeza...- Provavelmente conseguirá descobrir algum erro na minha construção de frases (é provável), mas eu não as faço públicas...

Dito isto, falo-lhe agora do conteúdo do seu texto... Está contra o linchamento publico e diz "tenham mas é juizinho pá", mas algumas frases antes trata o dono do Simba como; cito "...o palermóide..." "...seu imbecil, sua cavalgadura, seu anormal..." "...rapazola...". Então qual é realmente a sua posição em relação ao linchamento publico? depende para que lado é o linchamento ou simplesmente se esqueceu de como definiu o dono do Simba? Linchamento não é apenas o uso da violência física mas também verbal...

Muito mais haveria a dizer sobre o seu texto, mas vou deixar que o senhor o leia de novo e pense bem no que escreveu...

Percebe-se claramente com este texto, o que sente acerca dos companheiros de quatro patas. "...saca de uma caçadeira e limpa o sebo ao bicho. Coisa normal, normalíssima até...", "...cumprir pena de prisão efectiva. Mas NUNCA por matar o cão, isso não...", "É só um cão, minha gente!", e mais não vou escrever pois o senhor sabe o que sente e escreveu... Eu, digo-lhe que tenho pena de si (o pior sentimento que se pode ter por alguém)... Sou uma pessoa muito feliz, tenho muito ao meu redor, pessoas e animais, se eu perdesse um animal ou uma pessoa ao meu redor, o sofrimento iria ser o mesmo, pois tanto uns como outros me ajudam quando eu preciso e estão sempre disponíveis...para si é loucura, mas para mim não...e garanto-lhe que se estivesse disponivel a amar um animal da mesma maneira que ama uma pessoa iria ficar surpreendido com a resposta que este lhe daria... tenho várias histórias que provam o que estes bichinhos são para nós, histórias que com certeza para si serão mentira ou exageradas, mas que até de salvar vidas se tratam...Foi o "irracional" que salvou vidas e não o "racional" (como o senhor gosta de diferenciar)...acho que chega para o meu desabafo o que lhe digo... não escrevo isto para mudar a sua opinião (embora gostasse muito), mas sim porque me faz confusão a mentalidade das pessoas...sim, era "só" um cão, mas nem lhe passa na cabeça o que esse cão era para os donos...eu não conheço os donos nem tão pouco conheci o Simba, mas estou completamente solidário com eles.

Que pena ter feito este comentário...tem arquivos no seu blogue que a julgar pelo titulo provavelmente terão algum interesse, mas sabendo que escreveu isto já não os irei ler...


Que tudo o que faça lhe venha em retorno...

Cumprimentos