quinta-feira, 5 de março de 2015

Breves de lá (do rectângulo)


Citando a Maria Cascagrossa, "ai filha, o país está a saque...ai deuxmelivre raikusparta putaskespariu". Numa notícia que se pode classificar no mínimo de surrealista, o fisco penhorou os bens doados a uma associação de caridade da cidade do Porto, bens estes praticamente todos em géneros, nomeadamente alimentícios, doados pela população. As voluntárias da associação "Coração da Cidade" não queria acreditar (nem nós) quando recebeu da Autoridade Tributária e Aduaneira uma notificação onde constava a penhora de alimentos como arroz, massas e...bananas! Mas quem é que se lembra de penhorar bananas?! Provavelmente isto até é apenas um mal-entendido, e a pessoa que ordenou tal parvoíce - nem o excesso de zelo se pode alegar neste caso - apenas fez seguir a papelada, como faz com outras toneladas de papelada idêntica. Pelo menos quero acreditar que é assim, e perdoem-me estar a cuspir no prato em que como, mas até parece uma daquelas coisas "à Macau". Sim, porque se há uma coisa de que Portugal ainda se pode orgulhar é ter idiotas com o mínimo de bom-senso para não penhorar quem não tem nada de valor. E não me refiro a "valor nutricional", entenda-se. Bananas...


Violência doméstica! Agora que tenho a vossa atenção, Rita Guerra vai lançar para a semana uma auto-biografia a que deu o título "No Meu Canto" - que trocadilho tão giro (blergh) - e onde conta os abusos a que foi submetida durante o seu primeiro casamento. O malvado, biltre, safado, canalha que não conheço de lado nenhum e não tenho qualquer prova de que é tudo aquilo que a Rita Guerra diz que ele é, inflingia "violência física e psicológica" na cantora; primeiro chegava-lhe a roupa ao pêlo, e depois dizia-lhe que o gato tinha sido atropelado, mas era tudo mentira. Rita Guerra diz que contando a sua história "pretende transmitir esperança a outras vítimas", ou traduzindo do quequês: "comprem o meu livro". Faz bem em oferecer qualquer coisa que se leia (ou nem por isso), já que não consegue desencantar nada que se oiça de jeito, mas uma curiosidade interessante tem a ver com a idade com que Rita Guerra contraíu matrimónio: 17 anos. Não estou a querer julgá-la por isso, ou ninguém que tenha casado novo (ou muito novo, neste caso), mas lá diz o povo e com razão: "quando a cabeça não tem juízo...".


É mesmo muito possível que José Sócrates esteja com raiva, como se tem dito por aí. O ex-PM, hoje mais conhecido por preso nº 44-baixa-as-calças-que-és-o-próximo foi atacado numa perna por pulgas, que apareceram na sua cela - olha para o badalhoco. Quem nos deixou saber de mais este prego na proverbial vingança dos portugueses contra o chefe da quadrilha que os andou a roubar entre 2005 e 2011 foi o seu companheiro de presídio, que escreveu numa entrada do seu blogue: "João, o que acha disto? É bicho? Estou cheio de comichão! São pulgas, José. O meu caro tem pulgas!", e depois disso aconselhou-o a "lavar a cela" - e já agora os tomates, também. Até consigo imaginar o Trocas a ralhar com as pulgas no seu estilo habitual: "por favoreeee...mas o que é isto...sinceeeramente....", mas o mais bizarro não é sequer o engenheiro chuchalista andar a coçar-se da sarna que ele próprio arranjou, mas do amigalhaço dele ter acesso à internet, mesmo encontrando-se detido. E a seguir fizeram o quê, mandaram vir Faisão com trufas para o jantar, mas a ser servido no "jacuzzi" e só depois das massagens?



E por falar em Sócrates, o 44, eis um dos seus discípulos, que prova mais uma vez que a dislexia política do engenheiro fez escola, está bem, e recomenda-se. Este é o vídeo de que toda a gente tem falado, e nele vemos António Costa a dirigir-se aos chineses a propósito da entrada no Ano Novo Lunar da Cabra. Tem-se comentado por aí que António Costa terá dito que "o país está melhor agora do que estava em 2011", o que é completamente falso. O que ele diz é que está "diferente", e nem o senhor La Palisse sairia com uma melhor. Eu próprio também estou "diferente" hoje daquilo que era em 2011. Ou ontem. O que pode fazer é deduzir que era isso que queria dizer o Presidente da Câmara de Lisboa às segundas, quartas e sextas e dos "chuchalistas" às terças, quintas e domingos. Senão vejamos: se está "diferente", só pode estar melhor, pois se o evento era uma oportunidade para dar graxa aos chineses, não ia falar do "contributo" deles para dizer que o país estava pior, certo? Seja como for, o António Costa é um palerma. Em 2011, hoje e sempre.

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