quinta-feira, 5 de março de 2015

Premier League - 28ª jornada



Com a pausa nas competições europeias, em Inglaterra houve Premier League, com a realização dos jogos da 28ª jornada na terça e na quarta-feira. Na terça tivemos três partidas apenas, e o destaque vai sem dúvida para a vitória do Aston Villa - a primeira desde 7 de Dezembro. O treinador Tim Sherwood entrou o mês passado para o lugar de Paul Lambert no comando dos "villains", só que depois de uma vitória para a Taça contra o Leicester City na estreia, seguiram-se duas derrotas para o campeonato, que deixaram a equipa abaixo da linha de água e desesperadamente a precisar de pontos. O adversário era o West Bromwich, que apesar de estar numa situação mais desafogada na tabela, com mais oito pontos que o seu adversário à partida para este encontro, queria somar pelo menos mais um, se possível, pois a equipa de Tony Pulis tem uma ponta final complicada em termos de calendário, com as últimas seis rondas com apenas dois jogos em casa, e contra Liverpool e Chelsea, jogos fora com outros "aflitos", e uma visita ao Arsenal no último dia. Os adeptos do Aston Villa viram a sua equipa marcar logo aos 22 minutos por Gabriel Agbonlahor, e como devem ter festejado, pois o clube de Birmingham só tinha feito a bola entrar na baliza oposta 13 vezes em 27 partidas para o campeonato este ano, tendo ainda (de longe) o pior ataque da prova. O "stress" voltou ao Villa Park, que apesar da crise teve mais de 30 mil espectadores nas bancadas, quando Said Berahino, goleador-mor do West Bromwich, fez o empate aos 66 minutos. Já Sherwood fazia contas que não queria fazer, quando aos 90+3 minutos acontece quase um "milagre", com o guardião visitante a servir de "Pai Natal" para o Aston Villa. A equipa da casa procurava nos descontos um golo remedial, e carregava junto da área do West Bromwich, mas estes iam-se segurando ao empate da maneira que podiam. Foi aí que Ben Foster perdeu a cabeça, e quando a bola já estava fora da zona de perigo, o guardião resolve ir à entrada da área e derrubar o médio escocês Darren Fletcher, que não estava nem de perto nem de longe em situação de marcar golo. Assinalado o "penalty", que acabou mesmo por marcar foi o belga Chris Benteke, que deu à sua equipa três pontos que nas contas desta ronda valeram por muitos mais. Logo para começar houve empate a uma bola entre Hull City e Sunderland, outros dois candidatos à descida.



Nas contas da Liga dos Campeões, ou melhor dizendo, dos quatro lugares que dão acesso directo à competição de clubes mais importante da UEFA na próxima temporada, o Southampton foi a única equipa a jogar na terça-feira, vencendo à tangente o Crystal Palace, bastando para isso um golo solitário do senegalês Sadio Mané, já na parte final do encontro, aos 83 minutos. O que interessava para os "saints" era mesmo os três pontos, e uma vez obtidos passaram a ocupar o quinto lugar à condição, com menos dois pontos que o terceiro, Arsenal, menos um que o segundo, o Manchester United, e mais um que o sexto, o Liverpool, todos com jogos no dia seguinte, ontem. O Liverpool estava obrigado a vencer o aflito Burnley, que apesar de ocupar o penúltimo lugar já tinha obtido empates na casa de Chelsea e Manchester City, "apenas" os dois primeiros classificados. Mas em Anfield Road a história foi outra, e os "reds" não deixaram escapar os três pontos, somando a quarta vitória consecutiva e nona das últimas onze partidas na Premier League. Os golos foram da autoria de Jordan Henderson aos 28 minutos, e de Daniel Sturridge aos 61 - e que falta fez ao Liverpool o avançado que na época passada fez dupla com Luis Suárez no ataque, e que esteve lesionado a maior parte desta temporada.



Mas a vitória do Liverpool só valeu ao conjunto de Merseyside que não perdesse terreno para a concorrência, pois um particular curioso desta jornada foi o facto dos actuais oito primeiros terem todos vencido - e digo "actuais" porque o Stoke City ascendeu ao 8º lugar graças à vitória frente ao Everton por 2-0, passando Swansea e West Ham, ambos saídos derrotados dos seus compromissos. Na luta pelo terceiro lugar o Arsenal manteve-se imperial, somando a quarta vitória seguida em Loftus Road, casa do aflito Queens Park Rangers. Enquanto isso o Manchester United, muito melhor que o ano passado mas ainda com algumas "cicatrizes" deixadas pela saída do histórico Alex Ferguson, sofreu para ir vencer ao reduto do Newcastle, terreno onde os "red devils" costumam ser felizes. Desta feita valeu o golo de Ashley Young já ao cair do pano, decorriam 89 minutos. A equipa de Van Gaal tem na próxima ronda uma partida complicada, em Old Trafford frente ao Tottenham, que também saíu vencedor ontem, batendo em casa o Swansea por "apertados" 3-2, mantendo o 7º lugar a seis pontos do ManU, que finaliza o quarteto que acederá à tão apetecida Liga milionária.



E finalmente o Chelsea, que manteve a liderança sólida da Premier ao vencer o outro "derby" de Londres (além do QPR-Arsenal, entenda-se), fora frente ao West Ham, e também pela margem mínima. Ao contrário do Manchester United, a equipa de Mourinho adquiriu a vantagem que lhe valeu os 3 pontos logo aos 22 minutos por Eden Hazard, um dos elementos chave do líder do campeonato inglês. O Manchester City não quis perder terrenos e também venceu em casa o lanterna-vermelha, o Leicester, por 2-0, golos de David Silva e James Milner. As duas equipas continuam separadas por cinco pontos, mas o Chelsea tem menos um jogo realizado.

Classificação (dez primeiros):

1 Chelsea 27 63
2 Manchester City 28 58
3 Arsenal 28 54
4 Manchester United 28 53
5 Liverpool 28 51
6 Southampton 28 49
7 Tottenham 27 47
8 Stoke City 28 42
9 Swansea 28 40
10 West Ham 28 39

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