sexta-feira, 13 de março de 2015

Adieu, Mourinho



O Chelsea foi eliminado da Liga dos Campeões pelos franceses do Paris St. Germain, um desfecho que pouca gente teria previsto para esta eliminatória, atendendo ao empate a uma bola conseguido pelos londrinos no Parque dos Príncipes no jogo da primeira mão, há duas semanas. E mais surpreendente se torna pelo facto dos campeões franceses terem ficado reduzidos a dez elementos logo à passagem da meia-hora, após Zlatan Ibrahimovic ver o cartão vermelho por entrada dura sobre um jogador do Chelsea. Uma decisão que se pode considerar controversa, uma vez que o avançado sueco vai a uma bola dividida com Oscar, e só depois acaba por tocar o jogador adversário, que se fica a contorcer com dores. Ibra comentou o lance no final do encontro, dizendo que os jogadores do Chelsea se comportaram "como meninas". A partida foi decorrendo sobre o signo do 0-0, até que aos 81 minutos Gary Cahill faz o primeiro para a equipa da casa, assistido por Diego Costa. Talvez tenha sido uma má ideia marcar, uma vez que o nulo bastava para o Chelsea seguir me frente, pois talvez feridos no orgulho, os franceses "despertaram" e chegaram ao empate cinco minutos depois por David Luiz. O defesa-central que já passou pelo Chelsea e pelo Benfica elevou-se na área dos londrinos e mandou um "míssil" de cabeça para o fundo das redes da baliza de Courtois. Era tarde para reagir, e com o resultado de 1-1 igual ao da primeira mão foi necessário recorrer a um prolongamento de mais meia-hora. E foi já no tempo extra que o Chelsea voltou a adiantar-se no marcador, com um "penalty" discutível a castigar uma mão de Thiago Silva na área do PSG, quando disputava uma bola com Kurt Zouma, lançado por Mourinho no encontro quando o resultado ainda estava a zero. Indiferente aos protestos dos franceses, Eden Hazard converteu o castigo, voltando a dar vantagem à sua equipa. Tudo parecia decidido, mas o PSG estava numa de "justiça poética", e a cinco minutos do fim seria o mesmo Thiago Silva a fazer o 2-2, outra vez de cabeça, e a dar vantagem à sua equipa na eliminatória, com vantagem no desempate por golos marcados fora de casa. O Chelsea vê-se assim eliminado da Champions, e o PSG segue em frente com dois golos da autoria de centrais brasileiros.



Na Alemanha o Bayern de Munique recebia os ucranianos do Shakthar Donetsk, famoso por ter apenas jogadores brasileiros do meio-campo para a frente. Desta feita o treinador romeno Mircea Lucescu não quis exagerar, e colocou "apenas" cinco deles no onze inicial, deixando os restantes quatro no banco de suplentes. E à semelhança do PSG no jogo de Londres, também o Shakthar ficou reduzido a dez elementos cedo no encontro, e aqui foi logo aos 3 minutos, quando Oleksandr Kucher foi expulso por uma falta que deu origem a grande penalidade, que Thomas Muller converteu no primeiro golo do Bayern. Com um empate a zero trazido do jogo da primeira mão na Ucrânia, um empate com golos eliminaria os alemães, mas estes não vão nessas "touradas" e acabariam por "castigar" o adversário com uma goleada por 7-0, e deu para quase toda a gente marcar: Götze, Boateng, Badstuber, Lewandowski, Ribéry e mais um para Muller - praticamente só o guarda-redes Manuel Neuer não fez o gosto ao pé frente a uns ucranianos demasiado "macios". O Bayern junta-se assim a Porto, Real Madrid e PSG nos quartos-de-final da Champions, ficando a conhecer-se as restantes quatro nas partidas da próxima semana.

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