Ai Boris, que creme uso agora para disfarçar estas feridas horríveis?
A polícia russa deteve dezenas de activistas gay e jovens nacionalistas, depois de se terem confrontado e provocado distúrbios no último Sábado, em S. Petersburgo, a segunda maior cidade da Rússia. Na origem dos protestos e dos contra-protestos está uma lei aprovada no início deste mês, que proibe “propaganda gay”, incluíndo demonstrações públicas de homossexualidade, o que significa que os 40 activistas da causa LGBT que se manifestavam estavam a “violar a lei”. Curioso como um simples protesto de um grupo de pessoas pode ser entendido com “demonstração pública de homossexualidade”, a não ser que se passasse ali mais qualquer coisa que a agência de notícias Itar-TASS não divulgou. Manifestar-se a favor de uma causa não significa necessariamente que essa casa seja sua. Por essa lógica os defensores do fim da caça à baleia são…baleias? Mas em frente. Se na principal praça de S. Petersburgo estavam 40 gays, logo apareçeram 200 nacionalistas, apoiantes da extrema-direita. O facto dos machões nacionalistas comparecerem na ordem de cinco para um dá vontade de perguntar: quem eram os maricas? Entre as palavras de ordem gritadas pelos contra-manifestantes ouvia-se: "A sodomia não passará!". Ora, quem conhece estes tipos já sabe o que a casa gasta. Andam aí pela rua a dizer que não gostam, e depois vão para casa praticar sodomia até de madrugada. As autoridades é que não tiveram pelos ajustes e distribuíram “fruta” por onde acharam melhor, e não discriminaram ninguém na hora de proceder às detenções. Assim vai a Rússia de hoje, um estado autoritário e musculado, muito “business minded” e “no-nonsense”, onde o enriquecimento súbito não foi acompanhado pelo progresso social – vinte anos é muito pouco para adquirir mecanismos para atender aos problemas de crescimento. Ah sim, e isto das homossexualidades e dos direitos “gay” é uma coisa lá do Ocidente, e como sabem para esse peditório os russos não costumam dar.
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