O Barcelona terá ontem atirado a toalha ao chão na luta pelo título do campeonato espanhol, ao empatar a duas bolas no Nou Camp com o aflito Getafe, que ocupa um modesto 16º lugar, um ponto apenas acima da linha de água. A equipa dos arredores de Madrid viu-se em desvantagem logo aos 23 minutos, com um golo de Lionel Messi, mas não esmoreceu, e empataria aos 37 por Angel Lafita, que viria a ser o herói da sua equipa. O chileno Alexis Sanchez voltava a dar vantagem ao Barça aos 67 minutos, mas aos dois minutos de descontos após o tempo regulamentar, e quando todos pensavam que os 3 pontos iam ficar na Catalunha, eis que Lafita volta a fazer das suas, e dá o empate ao Getafe, para regozijo do seu técnico, o antigo internacional romeno Cosmin Contra. O Barcelona precisa agora de um milagre para revalidar o título; os "blaugrana" podem hoje ficar a seis pontos do líder Atletico Madrid, caso os "colchoneros" vençam hoje na visita ao Levante, e mesmo que estes percam pontos, é necessário que o mesmo aconteça na próxima jornada, quando a equipa de Simeone receber o Málaga, para que na derradeira jornada o jogo entre ambos possa decidir o título. E mesmo na eventualidade deste cenário altamente improvável se concretizar, é necessário que o Real Madrid perca também pontos, pelo menos quatro, em outras tantas partidas que lhes falta realizar, sendo a primeira esta noite em casa frente ao Valência. A vida está portanto complicada para o técnico argentino do Barça, Gerardo Martino, que se arrisca a não ganhar nada durante a sua passagem pelo clube, e a ser substituído já no final da temporada.
Na Alemanha realizou-se a 33ª e penúltima jornada, marcado pelo interessante facto dos seis primeiros terem todos vencido as suas partidas, adiando assim para a última jornada a decisão quanto ao quarto lugar, que dá acesso ao "play-off" da Liga dos Campeões na próxima época. Os já campeões Bayern, feridos no orgulho após a goleada de 0-4 consentida em casa frente ao Real Madrid e consequente afastamente da final da Champions, foram ao terreno do Hamburgo vencer por 4-1, deixando os locais em muito maus lençois. O Hamburgo é a única equipa da Bundesliga que nunca foi despromovida (o Bayern desceu em 1954/55 da então denominada Oberliga), e ocupa actualmente o 16º lugar, com mais um ponto que o penúltimo, o Nuremberga, e mais dois que o último, o Eintracht Braunschweig, que perderam também ambos nesta ronda. Os três "aflitos" jogam todos fora na derradeira ronda, e a equipa actualmente orientada por Mirko Slomka está praticamente obrigada a ir vencer ao reduto do Mainz se não quiser ficar a depender dos resultados em outros campos. Entretanto o Borussia Dortmund, que já tinha garantido o 2º lugar, derrotou em casa o Hoffenheim por 3-2, e o Schalke 04 garantiu a entrada directa na fase de grupos da Champions, ao ir vencer por 2-0 no reduto do Friburgo. Também 2-0 foram os números da vitória do Bayer Leverkusen em Frankfurt, e os "farmacêuticos" mantêm o 4º lugar com mais um ponto que o Wolfsburgo, que venceu por 2-1 na deslocação a Estugarda. O Borussia Moenchengladbach também venceu em casa o Mainz por 3-1, mas ficou afastado do 4º lugar, por se encontrar a três pontos do Leverkusen, e ainda com desvantagem no confronto directo.
Em Itália houve final da Taça, da Coppa Italia, com o Nápoles a derrotar a Fiorentina por 3-1, em partida única disputada no Estádio Olímpico de Roma, marcada por confrontos entre os adeptos das duas equipas, com quatro feridos como resultado, um deles, um adepto do Nápoles, correndo perigo de vida. O jogo esteve para não se realizar, mas apesar do atraso, as duas equipas resolveram entrar em campo. Os napolitanos tiveram um herói em Lorenzo Insigne, que marcou aos 11 e aos 17 minutos, resolvendo cedo a questão para a equipa de Rafa Benitez. Curiosamente o avançado foi o único italiano entre os 14 atletas que o treinador espanhol utilizou nesta final. Os "viola", orientados pela antiga glória da AS Roma, Vincenzo Montella, reduziram aos 28 pelo peruano Juan Vargas, mandando as equipas para o descanso com o Nápoles em vantagem por 2-1. No segundo tempo os "azzurri" ficaram reduzidos a dez unidades após a expulsão do suíço Gokhan Inler, aos 79 minutos, mas aguentaram a vantagem, e ainda tiveram tempo para um terceiro golo obtido nos descontos, autoria do substituto Dries Mertens. O internacional belga aproveitou o adiantamento da Fiorentina no terreno, à procura do golo do empate, e marcou numa jogada de contra-ataque, já no segundo minuto de descontos dado pelo árbitro Daniele Orsato. Esta foi a quinta taça de Itália conquistada pelo Nápoles, que assim reconquista o troféu que já tinha conquistado há dois anos, na época 2011/2012.
Também em França houve final da Taça, com as equipas do Stade Rennes e do En Avant Guingamp a encontrarem-se no Stade de France, em Paris, curiosamente uma reedição da final de 2009, e tal como há cinco anos, o Guingamp voltou a sair vencedor. A equipa actualmente orientada por Jocelyn Gourvennec havia vencido por 2-1 aquando da primeira final, e desta fez ainda melhor, vencendo por 2-0, garantindo assim um lugar na fase de grupos na edição 2014/2015 da Liga Europa. Os golos foram obtidos aos 37 minutos por Jonathan Martins-Pereira, um defesa de ascendência portuguesa, como o nome indica, e pelo maliano Mustapha Yatabaré, logo após o recomeço, aos 46 minutos. O Guingamp conquista assim a taça pela segunda vez, e fica com tantas como o seu adversário; o Rennes venceu a segunda prova interna mais importante em França em 1965 e 1971. Ambas as equipas estão ainda a fazer contas quanto à manutenção na Ligue 1, o campeonato francês: o Rennes ocupa o 15º lugar com 40 pontos, mais dois que o Guingamp, que ocupa a posição imediata. O Sochaux é a primeira equipa abaixo da linha de água, com 34 pontos.
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