Lembram-se de Paulo Sousa, médio formado nas escolas do Benfica e elemento da "geração dourada" do futebol português do início dos anos 90? Ora bem, depois de uma carreira como atleta que ficou um pouco aquém das expectativas devido a uma lesão no joelho, Sousa enveredou pela carreira de treinador após "pendurar as chuteiras" em 2002, quando se encontrava ao serviço dos espanhóis do Espanyol de Barcelona. Começou em 2005 pela mão da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) nos escalões jovens das selecções, e deu o "salto" em 2008 quando foi treinar o Queen's Park Rangers, no segundo escalão do futebol inglês, onde acabaria por ser dispensado em 2009. Continuou pelas ilhas britânicas, primeiro pelo Swansea City e depois no Leicester, onde também não foi feliz, e em 2011 foi para o Videoton, na Hungria, onde ficou duas épocas, terminando ambas em 2º lugar e chegando às meias-finais da Taça Magyar. Em Junho do ano passado assinou pelos israelitas do Maccabi Tel-Aviv, que tinham acabado de vencer o campeonato de Israel pela primeira vez em 10 anos, e não desiludiou, revalidando este ano o título para os "amarelos" - o vigésimo do seu historial. Ontem o Maccabi foi ao terreno do segundo classificado, o Hapoel Be'er Sheva, que se encontrava a dez pontos a quatro jornadas do fim, pelo que bastava um empate para fazer o festa. Só que o Maccabi fez melhor, e venceu por 2-1, com dois golos de Eran Zahavi, a estrela da equipa e melhor artilheiro do campeonato, ainda no primeiro tempo. É o primeiro título como treinador para Paulo Sousa, actualmente com 43 anos. Natural de Viseu, Sousa registou um feito raro, ao vencer como jogador a Liga dos Campeões dois anos consecutivos por duas equipas diferentes: em 1995/1996 com a Juventus, e em 1996/1997 com o Borussia Dortmund.
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