sábado, 3 de maio de 2014

Pretinho, mas quentinho


No Irão temos o homem que não vê água há 60 anos, enquanto na India ficou famosa a história de outro que ficou 40 anos sem tomar banho, mas agora a Europa faz a sua contribuição para o "ranking" da javardice, mesmo que mais modesta. Ludvik Dolezal, um checo de 58 anos, perdeu o emprego à um ano, e decidiu refugiar-se numa fazenda abandonada em Novy Bydzov, para onde levou os seus tarecos. Ali não tem acesso a um chuveiro, ou sequer a água potável, mas consegue manter-se aquecido graças às cinzas que vai fazendo com aquilo que queima, seja os seus objectos pessoais, ou qualquer coisa que encontra. Dolezal, que parece assim um hbrido de lobisomem com Pai Natal saído de um show "minstrel", afirma que até queimou o seu colchão de espuma, que "deu um fogo muito bonito", mas o que faz uma melhor fogueira "são os pneus". Coitado do senhor, que quando se mudou para a quinta levou tudo consigo, menos o mais importante: a sanidade mental. Mas pronto, assim a dormir em cima das cinzas, não se arrisca a apanhar um resfriado; já quanto à lepra ou às carraças não sei se posso dizer o mesmo. Ainda assim aquele que já leva o título de "homem mais sujo da Europa" tem ainda muito que andar para bater o recorde dos seus camaradas asiáticos. Força, Ludvik, vai em frente. E de preferência muito à nossa frente, longe dos nossos narizes, rapaz.

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