domingo, 4 de agosto de 2013

A esperança é a última a morrer


Perder a carteira é uma experiência pela qual ninguém gosta de passar. Mesmo que a quantia em dinheiro que se perca seja insignificante, há sempre o aborrecimento de ter que renovar documentos, ligar para o banco para comunicar o desaparecimento dos cartões de crédito ou de débito, e em alguns casos a mácula sentimental de perder a foto dos entes queridos. É mesmo muito chato. Mas se por acaso alguma vez isto lhe aconteceu, e foi há tanto tempo que já tinha perdido a esperança em rever a carteira, aqui está uma notícia que é a prova acabada de que nunca se deve perder a esperança. Um utilizador da rede social Reddit ficou tão emocionado com o facto de ter recuperado a carteira que partilhou a notícia com os restantes utilizadores. Que bom para ele, terão pensado alguns, mas o mais extraordinário é que a tal carteira tinha sumido em...1989! O cliente da Reddit em questão, que usa o nome "Shrivel", tinha ido fazer esqui aquático durante as férias escolares na Carolina do Norte, num ano em que George Bush pai ainda era presidente dos Estados Unidos, os telemóveis eram uma realidade distante e a internet mantinha-se restrita ao uso dos militares. Shrivel cometeu o lapso de levar a carteira consigo enquanto deslizava com os esquis no mar, e bastou uma queda para que os documentos, cartões e outros pertences fossem parar ao fundo do oceano, perdidos para sempre. Mas foi com grande surpresa que há alguns dias Shrivel recebeu o telefonema de um desconhecido, que lhe fez uma série e perguntas sobre a sua identidade. Estranhou o questionário, mas depois de confirmados os dados, a voz do outro lado anunciou que tinha encontrado a sua carteira na praia. A carteira foi encontrada no estado que a fotografia demonstra, mas os documentos plastificados encontravam-se intactos, como o cartão de estudante ou o da biblioteca. O sortudo que partilhou esta história com o mundo terá pouco uso para a carteira ou para os documentos da sua juventude, mas terá concerteza sentido uma nostalgia que nunca esperaria. Por vezes o que a maré leva, a maré traz de volta.

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