É do conhecimento que na Coreia do Norte falta muita coisa. Os habitantes do país mais isolado do mundo não usufruem de muitas das comodidades que damos por garantidas, mas o que parece lá haver e com fartura são anfetaminas, a droga mais conhecida por “ice”. O Wall Street Journal citou um estudo feito pelo jornal “North Korean Review”, uma publicação independente norte-americana dirigida por norte-coreanos no exílio conta que a droga chega da Tailândia e entra na Coreia do Norte “com facilidade”. A popularidade do “ice” no país dos Kim é tal que já substituíu o ópio como droga de eleição, e no norte do país 40 a 50% dos seus utilizadores está “viciado”. E por ali há “ice” que chegue, e ainda sobra o suficiente para exportar para a China através da fronteira entre os dois países, um problema que as autoridades da província chinesa de Liaoning já identificaram, e consideram “um caso sério”. Apesar da recente popularidade, o consumo de “ice” não é novidade na Coreia do Norte e chegou a ser fabricado com supervisão do estado (!). Actualmente passou para o mercado negro e é porduzido em laboratórios clandestinos, e muito procurado por estudantes e trabalhadores. Os efeitos do “ice” incluem hiper-actividade, perda de apetite e de sono, e um quadro psicológico que alterna entre o estado de alerta e o estupor. Como se os pobres norte-coreanos já não tivessem problemas de sobra, debatendo-se com falta de comida e electricidade, ainda ficam a braços com o vício de uma das piores drogas que existe.
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