O deputado José Pereira Coutinho, candidato pela plataforma “Nova Esperança” (NE) às eleições do próximo dia 15 de Setembro, foi acusado de fazer campanha eleitoral fora do período reservado ao efeito, que será entre a meia-noite do dia 31 de Agosto e a meia-noite do dia 13 de Setembro, ficando o o dia seguinte reservado à reflexão e compra de votos. Em causa está um folheto onde Pereira Coutinho e o seu nº 2 se apresentam a si e às suas ideias, mesmo sem apelar ao voto ou mencionar sequer o acto eleitoral.
A jornalista Daniela Norte questionou o juíz Ip Song San sobre o caso, e usou a lígua portuguesa, que Ip domina (ou devia dominar). No entanto o magistrado respondeu em cantonense, ignorando mesmo o pedido da repórter, numa atitude além de arrogante. Deve ser um daqueles momos que fala apenas a língua dos patrões, e tem um botãozinho na nuca que regula conforme as conveniências. Mas enfim, disse que não disse, que a Comissão já recebeu várias queixas, rebéubéu pardais ao ninho. A palha do costume.
Coutinho defende-se dizendo que cumpriu a lei, mas oops esperem lá, seguiu a lei vigente em 2009, nas últimas eleições. Como jurista de formação que é, este erro não se desculpa. Mas quem pode censurar o presidente da ATFPM? Meses antes das eleições começam as ofertas e a publicidade aos candidatos, sendo o último minuto do mês de Agosto o climax deste orgasmo que é a campanha. Há muito que as associações de conterrâneos daqui e dali no continente vão distribuíndo paparoca, a carinha laroca de Wong Kit Cheng aparece em posters à porta da Associação das Mulheres, Kwan tsui Hang idem idem na sede da Associação Geral de Operários, e Ho Ion Sang aparece sorridente e de dentinho branco um pouco por toda a parte. Coutinho aprendeu com os melhores.
Só não entendo porque faz o deputado eleito pelos trabalhadores da administração, reformados, polícias e demais (com excepção dos enfermeiros, alienados pelo alemão e pelo bigodinho para o lado da MUDAR de Melinda Chan) este frete tão rasteiro. Já se sabe que o senhor é agressivo, ambicioso, competitivo e tudo mais, mas que eleitorado estará ele a tentar captar com esta estratégia “à Macau”? E depois queima-se. Mas pode dormir descansado, pois afinal para garantir eleições justas e transparentes estão “só” o sr. Ip Son Sang mais a malta do CCAC, ambos meio baralhados com tudo isto.
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