Patrick Stuebing e Susan Karolewski são um casal alemão que levou o conceito de "amor fraternal" um pouco longe demais. Acontece que os dois são irmãos, ou pelo menos meios-irmãos, e só se conheceram em 2000, quando ele tinha 24 anos, e ela apenas 16. Nasceram ambos em Leipzig, na ex-RDA, mas Patrick foi adoptado por uma família de Potsdam, e foi a curiosidade que o levou a conhecer a sua família biológica vários anos depois. Aqui pode-se dizer que a curiosidade matou o gato. Susan nasceu das segundas núpcias da mãe de ambos, e esta nunca lhe contou que tinha um irmão. Depois da morte da mãe em 2001, ambos apaixonaram-se, e mantêm desde 2003 uma relação incestuosa, que a legislação alemã pune com três anos de prisão. O casal quer ver reconhecida a sua relação, e considera a lei datada de 1871 "discriminatória". Depois de esgotarem todos os recursos nos tribunais alemães, recorreram ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, que mesmo assim não reconheceu a legitimidade da relação, uma decisão tomada na última quinta-feira. Patrick e Susan dizem que nunca se sentiram como irmão e irmã, garantem que se amam, e querem apenas ser reconhecidos como um casal normal. E por falar em normal, os irmãos tiveram quatro filhos em conjunto; o mais velho está a cargo de um familiar, e os outros três foram entregues à adopção, e dois deles sofrem de deficiência neuro-motora. Perante estas evidências, fica complicado para Patrick e Susan verem validadas as suas pretensões à "normalidade".
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