Conhece a Princesa Diana, Albert Einstein ou Elvis Preseley? Consegue reconhecê-los se vir uma fotografia de cada um deles? Sim, ainda bem. Não? Então prepare-se para passar o resto da vida numa camisa de forças. Estou a exagerar, claro, mas o meu exagero seria bem levado a sério pelos autores de um estudo sobre a demência, publicado recentemente na publicação científica "Neurology". Tamar Gefen, neuropsicóloga clinica do Centro de Neurologia Cognitiva e Doença de Alzheimer, da Escola de Medicina Feinberg, de Chicago, Illinois, Estados Unidos, América do Norte, Hemisfério Norte, Planeta Terra, Sistema Solar, Via Láctea (adoro como os jornais se perdem nestes detalhes) conduziu o estudo onde se pedia a 57 pacientes - trinta deles com sinais precoce de demência - que identificassem fotografias de várias personalidades. A incapacidade de reconhecê-los ou de se lembrar dos seus nomes são sintomáticas de afasia progressiva primária, que, e passando a citar, "é um tipo incomum de síndrome degenerativa, caracterizada pela deterioração lenta e progressiva da linguagem, sem demência no seu estágio inicial, associada apenas à atrofia cerebral". Mas do mal o menos, pois esta atrofia afecta apenas o hemisfério esquerdo do cérebro, uma especificação de zona muito útil como primeiro passo no tratamento desta doença que ninguém sabe que existe. Ainda bem que é incomum, chiça! Que me desculpem o humor negro, e de facto não devia brincar com estas coisas, mas não resisto. Será que um dos tais pacientes com "sinais precoce de demência" olhou para a foto da Princesa Diana e exclamou "é a minha mãezinha, coitadinha...", enquanto se babava? Duhhhh....
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