Uma notícia do edição de ontem do Jornal de Notícias dá conta que os 14268 reclusos nas prisões portuguesas custam ao estado qualquer coisa como 572 mil euros por dia, uma média de 40,1 euros (mais de 400 patacas!) por cada recluso. O custo diário é determinado por factores como despesas em pessoal - e existe um guarda prisional para cada quatro reclusos - alimentação, serviços e "despesas recorrentes". Estando a falar aqui de Portugal, deve ser nestas "despesas" que a porca torce o rabo, e os mais vivaços vão metendo a colher no pudim. Em qualquer caso estes são números que dão que pensar, 40 euros por dia equivale a 1200 euros por mês, ou 12 mil patacas, e há muito boa gente - famílias inteiras, até - que se vão safando com menos que isto. Não me vou a atrever a insinuar sequer que os presos comem faisão e bebem champanhe, longe disso, até porque a qualidade de vida dos reclusos portugueses não corresponde nem de perto nem de longe a esta soma que neles é alegadamente investida. O dinheiro que vai cobrir esta despesa de 572 mil euros diários, mais de 208 milhões de euros por ano, não caem do céu, e não há outra solução senão recorrer ao bolso dos contribuintes, claro, que quem se lixa é sempre o mexilhão. E é quando chega a hora de prestar contas ao fisco que o Zé Povinho comete o desabafo: "Porra, porque é que estes gajos não têm juízo?".
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