terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Provedor do leitor



Este é possivelmente o último "Provedor do Leitor" deste ano, e deixei-o agora para gastar nos últimos "cartuchos" de 2014, para não chegar a 2015 de consciência...detesto dizer "consciência pesada", pois não sei o que isso é, por isso direi "com a pulga atrás da orelha". Sim, esta é melhor. Não sei porquê mas quando oiço a palavra "pulga" lembro-me de pensões baratas, onde aquelas prostitutas ainda mais baratas andam ao "ataque", e é tanto o dentro-e-fora que nem há tempo para mudar os lençois. Eu gosto de badalhoquice e de pouca vergonha, e a única diferença é que assumo isso. Vamos lá então tratar do prurido anal e vaginal (pode ser "e" ou "ou", conforme o caso) dos autores destes lindíssimos comentários.

A propósito do artigo VRC e os 15 anos de RAEM recebi o seguinte comentário:

"Desculpa lá, Leo, mas o teu amigo é um pulha. Sei do que falo."

Portanto aqui, para quem ainda não retirou a conclusão, "o meu amigo" é Vitório do Rosário Cardoso, que segundo este anónimo, "é um pulha", e nós devemos acreditar nesta elaboradíssima oração acompanhada de provas irrefutáveis, na forma de "sei do que falo". Curvai-vos perante Deus, ó inféis! É uma honra receber o Criador aqui no meu blogue, e logo Ele, que tanto é criticado por estar ausente em momentos mais delicados, onde só Ele nos podia valer. Citando o profeta Isaías depois de ter marcado no antigo estado de Highbury um golo tão importante para o Benfica, e que valeu a primeira presença na actual Liga dos Campeões, "Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade e cujo nome é santo". O leitor sabe quem eu sou, sabe quem é o Vitório, mas não sabe quem é este "artista" que assina apenas por "Dizeur de verdades". Volte amanhã que hoje estamos fechados. Mas deixem que eu faça aqui um "Head and Shoulders" bloguístico, ou seja, "dois em um". Dias depois, no artigo Lembrando o tsunami (e pensando na Mónica) recebo outro comentário, que reza assim:

"ela tinha treze anos, nao frequentava o secundario. para ganhar um concurso que lhe permitia viajar pelo mundo a trabalhar, ela publicou um filme em que contava a sua historia (incluindo e assumindo o tsunami) com o objectivo de obter os votos necessários."

Ora vamos lá a ver uma coisa: se eu fosse um miúdo de três anos, e tivesse acabado agora mesmo de entender a noção de ironia, tinha toda a credibilidade para vos esfregar um pano sujo de hipocrisia na cara, ó tótós - e é claro que falo para os autores dos comentários, senão é a mesma pessoa, o que duvido.

Quando optei por escrever "sob a capa do anonimato", citando os igualmente anónimos que me acusavam desse "atrevimento", o que só por si já é um belo começo, andaram ANOS, ouviram? ANOS moendo-me o juízo por causa disso. Acabei por me identificar, implorei perdão 50 mil vezes por qualquer incofidência que tenha cometido, mas sinceramente não me recordo de cometer esta sujidade, e que aqui acabo de reproduzir. E vejam como na hora de criticar seja quem for por algum comportamento menos correcto ou coerente com posições ou princípios que a pessoa possa representar ou defender, não me inibo de "puxar da moca". Mas nem sempre me apetece, sabem? Estou a ficar velho, pá. Tem havido por aí muito mosca a pousar no pudim e já começo a achar que espantá-la dá mais chatice do que comer o pudim cheio de bactérias de insecto nojento que anda em cima da bosta.

O primeiro diz que fulano "é um pulha", mais nada, e é um pulha "porque sim", e pronto. Era fácil se fosse tudo assim tão claro; o VRC é um pulha e é mesmo um pulha, porque V.Exa. diz que é, e agora é só mandá-lo ir comer...ah deixem lá. Não me vou rebaixar ao mesmo nível.

O segundo, que rebentou com a agulha do meu detector de ressabiamento, tenta desacreditar o que penso ser a atitude humilde e realista de uma pessoa que tinha toda a legitimidade para andar a vida inteira a fazer-se de vítima e à conta disso não precisar de se fazer gente, e pimba! vem o "watchdog" da Barroca dizer que afinal não, e tal, parece que afinal ela ganhou um Oscar e tudo, enfim, sabem uma coisa? O parvo aqui sou eu, que andei à procura de uma pista qualquer que me deixasse saber mais alguma coisa sobre algo que a pessoa que denuncia devia ter ela própria exposto - que é o que eu faço, estão a perceber? Até pode ser que estejam a dizer a verdade, ou que de alguma forma tenham a razão do vosso lado, não sei. E porque não sei? Porque não me dão nenhuma indicação de que não estão apenas a ser sacanas e uns fdp, e que não têm mais nada que fazer. É pena.

Ando a perder tempo a escrever textos maiores que a declaração de rendimentos do mais honesto dos Rockefeller, e afinal parece que a tendência terceiro-quarto milénio é regredir para as meias intenções e deixar bufas no ar a cheirar mal e depois ir embora, e vocês que fiquem a cheiras. Eu até diria que para mim fazer o mesmo era como um "regresso ao passado", ao tempo do anonimato e etcetera. Mas isso seria mentira, pois nunca fui assim, e nem tenho relacionamento de qualquer natureza com pessoas deste tipo. É só, boa noite.

1 comentário:

Anónimo disse...

se ficaste ressabiado o problema é apenas teu, há comentários que surgem apenas para informar, corrigir ou esclarecer. assim como existe liberdade para escrever falácias no próprio blog, também existe liberdade para alguém corrigir as mesmas. se queres não estás para te chatear, não escrevas ou consulta melhor as tuas fontes antes de falares sobre o que não sabes. haja distinção entre exprimir opinião, e afirmar factos ;)