Brunei, 2014 A.C.

O Brunei tornou-se no primeiro país da Ásia Oriental a adoptar a lei islâmica, ou "sharia", isto apesar da condenação e da preocupação da comunidade internacional e dos grupos de defesa dos direitos humanos. Hassanal Bolkiah, aquele simpático rapaz na imagem que é o sultão do Brunei anunciou na quarta-feira de manhã a primeira fase da introdução da "sharia" no código penal do sultanato, que fica localizado na ilha do Bornéu, onde se localizam ainda províncias da Malásia e da Indonésia. Assim o sultanado com 412 mil habitantes vai banir por completo a venda e consumo de bebidas alcoólicas, e introduzir castigos corporais, como a amputação de membros para os crimes de roubo, e a decapitação como método de execução da pena de morte - que aliás já vigorava naquele estado, onde 70% é muçulmana de origem malaia, e cuja economia depende principalmente da exportação de crude. Já em Outubro do ano passado o sultão, que é também o primeiro-ministro tinha anunciado castigos severos para os actos homossexuais e de sodomia, que agora passam a ser punidos com a lapidação, ou seja, o apedrejamento até à morte. O adultério passa também a receber o mesmo castigo. Os grupos LGBT estão indignados, assim como a Amnistia Internacional, que teme que estas novas leis venham sobretudo a afectar as mulheres e as minorias budista e cristãs do Brunei. Rupert Abott, director-geral da AI, diz que se trata de um passo atrás, e o país sofrerá sanções internacionais case viole o estabelecido na carta-geral dos direitos do homem contemplados na convenção de Genebra. "O Brunei parece estar a querer regressar à idade das trevas", afirmou aquele responsável. Isto às vezes é assim, acontece. Há gente neste planeta pequenino situado no meio do imenso universo que um dia acorda e sente-se cansada de evoluir, e fica com vontade de regressar à posição de quadrúpede e adoptar comportamentos de primata. Ficamos a aguardar para quando o sr. sultão e os seus amigos islâmicos decidem banir as casa e regressar às árvores.