sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Omsicar (ou "racismo" ao contrário)


Esta é Sammie Sunter, de 24 anos, nesta foto com os seus filhos Harvey e Oscar, de cinco e dois anos de idade. Sammie é cabeleireira e mora em Willenhall, Coventry, no Reino Unido, numa casa para onde se mudou recentemente, e onde vive constantemente aterrorizada. Ora essa, porquê? Quem lhe quer fazer mal, e já agora onde é que está o pai das criancinhas para proteger o seu património? A resposta a esta última pergunta não fui capaz de encontrar, mas pouco importa - vá lá, modernizem-se - mas em relação ao que aterroriza a Sammie, tudo aponta para que seja...tchan tchan tchan....RACISMO! "O quê? Racismo? Contra ela? A tipa é mais branca que um lençol, loira e com olhos azuis, só lhe falta uma braçadeira com a suástica e uma cópia do "Mein Kampf" na mão direita para o retrato ficar completo", dirão agora vocês (eh, eh). Pois é, mas ao que parece aqui a senhora está a ser vítima de....RACISMO AO CONTRÁRIO! Isso mesmo, racismo ao contrário, também conhecido por "omsicar". Mas como assim? Vamos já ver como.


Estes são algumas das mensagens que Sammie tem encontrado na sua porta pouco depois de se ter mudado para o seu novo apartamento. Penso que não é necessário traduzir, e todos devem saber muito bem que este "black brothers and sisters" não é relativo a nenhuma família numerosa, nem "black power" tem a ver com qualquer companhia de fornecimento de energia eléctrica (ou com um filme porno americano dos anos 70). E este "or else...", que em português quer dizer "senão..." deixado no fim da mensagem onde a jovem mãe é "convidada" a "dar de frosques" daquele bairro soa a ameaça, que é matéria para procedimento criminal - para quem quiser mesmo ralar-se com isso. Mas parece que é mesmo assim, um caso de polícia, e Sammie já apresentou queixa e tudo. Até porque...


Vejam só o que os malandros fizeram na porta da senhora. Além da tinta, bem visível na frente da porta, reparem no lado esquerdo da imagem, e naquele borrão em tons de castanho. Aquilo não é tinta. Sim, acertaram, é isso mesmo. Que gente tão badalhoca. Ah pois, e racista, também, e a polícia diz que "não é o primeiro caso", e que têm existido outras queixas. Contudo prometem que estão a trabalhar naquilo muuuuito a sério. Xim, xim, quando os Caça-Fantasmas (que agora são mulheres) acabarem de fazer o filme, vão até Coventry prender as criaturas invisíveis, tão invisíveis que a polícia não sabe quem são, que estão a aterrorizar a pobre senhora. Mal deles se dissessem que "logo se via", ou que estavam apenas "em fase de inquérito". É que racismo é racismo, mesmo sendo este caso identificado como a sua variante "omsicar".


Esta situação tem deixado a Sammie muito deprimida, como é possível perceber pela fotografia, onde surge com esta aparência repelente. Aliás, esperem, esperem, que tenho uma outra para podermos comparar e entender melhor o alcance do "problema".


Estão a perceber, agora? Pois, é grave, eu sei. A Sammie (coitadita...) diz que se sente constantemente "observada", e que precisa de sair da sua própria casa "sob escolta". Diz também que estes indivíduos que a ameaçam estão a "guetizar" Willenhall, onde ela vive "há 15 anos", e que antes "não era assim". Aliás chega mesmo a afirmar que no andar por baixo de onde vivia "há um idoso que é branco", e tudo. Aí está a prova que Willenhall não é "black" coisa nenhuma. Quer dizer, pode ser que seja, às vezes. Quando é de noite, e falta a luz, por exemplo. Agora vamos fazer uma pausa para dar tempo à Sammie para se recompor, e voltamos daqui a dois minutos, depois dos compromissos publicitários. E por acaso estes vêm mesmo a propósito.





Estão a ver como o intervalo fez maravilhas aqui à nossa Sammie? Até parece outra (as tatuagens ficam a matar), ou então esta imagem foi recolhida antes de se fazer de desgraçadinha. Aliás ela mais o Saloumeyne do metro de Paris deviam combinar um dueto a cantar "Só nós dois é que sabemos" - ou aquela do anúncio do chocolate, ali em cima. A jovem conta que a parte mais lamentável foi quando "precisou de explicar ao seu filho de cinco anos o que é o racismo". Oh, oh, oh. Essa é boa. E há mais: quando o pequenote lhe perguntou "quem estava a fazer esta maldade com eles", a Sammie respondeu que seriam "pessoas de África". Qual África, qual quê, pá. Coventry fica no Burkina Faso, ou no Botswana? Foram ingleses, como ela, a gente mais complexada e mais mesquinha do mundo, que inventou o "racismo" (mais tarde aperfeiçoado pelos seus irmãos mais novos, os americanos), e que vivem daquilo. Adoram, até. Será que são como os tipos que dão um traque na
cama e depois enfiam a cabeça debaixo do lençol para apreciar o "musk". Aposto que sim, são mesmo.

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