sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Os blogues dos outros


O edifício do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais encontra-se com a fachada coberta (foto abaixo), presumo que para pintura. Fantástico seria que removessem as placas que encobrem o antigo brasão de armas da cidade (foto acima) e o nome Leal Senado, que nunca deviam ter sido ocultados. Ao fim de dez anos de RAEM, já era altura de as poeiras patrióticas pós-transferência de soberania assentarem e deixarem de toldar a vista e a lucidez de quem decide estas coisas. A história de Macau agradeceria e os turistas também.

Nuno Lima Bastos, O Protesto

Após fortes pressões indonésias, as autoridades malaias decidiram regulamentar a actividade das empregadas domésticas indonésias que são a grande maioria na Malásia. Fixaram um dia de descanso semanal obrigatório, um ordenado mínimo e o direito de conservarem o seu passaporte. Direitos que nos parecem básicos e que por exemplo em Hong Kong já foram regulamentados no século passado.

El Comandante, Hotel Macau

A fresquinha Câmara dos Deputados do Japão, resultado das eleições legislativas de domingo, tem o número recorde de 54 mulheres entre os 480 eleitos. Ainda assim, a terra do Sol Nascente continua a ser um dos países com menor representação feminina. Com 11,25% deputadas, o Japão passará do 103º posto ao 95º lugar na lista mundial de representação feminina nos Parlamentos. A média mundial é de 18,5%. O recorde pertence a Ruanda, com 56,3% de deputadas.

Livreira Júnior, A Leste da Solum

João Miguel Tavares, ou, como o próprio diria, João Miguel Tavagues, depois de afgontague o PM (dogavante, o “gande guei”) e de levague com um pgocesso às costas, baixou a cgista. Mas, piogue do que baixague a cgista (bom em muitas pgofissões, péssimo num jognalista ou cgonista que se pgeze) é a falta de pegsonalidade que tem vindo a demonstgague em cada cgónica pog si assinada no DN. Com efeito, de há uns meses a esta pagte, não há agtigo que escgeva que não seja a achincalhague MFL. Deve estague a vegue se agada ao gande guei. Sócgates, pegdoa o JMT que o homem até já está de joelhos, pá!

VICI, MACA(U)quices

BE, PCP, PSD e PP comentaram o caso MMG. Vale a pena comparar a forma cuidada como reagiram os partidos de esquerda e a forma desabrida como reagiram os de direita, para se perceber a quem aproveita e a quem interessa empolar este caso. Gostei especialmente da reacção inflamada de Paulo Portas. Um homem que alcançou notoriedade na política fabricando primeiras páginas no "Independente", vem agora falar de liberdade de imprensa? Curioso... PP lançou calúnias sobre Cavaco, destruiu uma ministra acima de qualquer suspeita (Leonor Beleza) e agora vem defender a liberdade de imprensa? A liberdade de imprensa não pode servir para sustentar projectos pessoais, nem para fabricar notícias e destruir pessoas. Por causa desses abusos de liberdade de imprensa é que a nossa comunicação social está tão descredibilizada hoje em dia. Por isso e pelo recurso ao fabrico de fontes anónimas que só existem na cabecinha perversa de quem pretende protagonismo, ou influir na decisão dos portugueses. Eu já vi esse filme noutro lado.

Carlos Barbosa de Oliveira, Delito de Opinião

Acabei de cancelar o meu contrato que mantinha com a TV Cabo. Fiquei chocado e revoltado com a situação escandalosa que o presidente da Câmara de Gaia, Luís Filipe Menezes, desmascarou na SIC Notícias. Em Gaia, milhares de pessoas, num conjunto de mais de 300 mil residentes, receberam SMS's, via TV Cabo, a convidar os cidadãos para um evento político com a presença do ministro do Trabalho, Vieira da Silva. Como é possível que uma base de dados absolutamente confidencial de uma empresa privada tenha sido disponibilizada para servir um partido político? Isto é crime e exige-se uma imediata intervenção do Ministério Público. Tratou-se de facilitar os números de telefones de cada cliente da TV Cabo ao Partido Socialista. Se o facto abrangeu todo o país poderemos estar confrontados com o caso mais grave e escandaloso das relações empresas-Governo, em prejuízo da privacidade e liberdade dos cidadãos.

João Severino, Pau Para Toda a Obra

Programação alternativa ao infame Jornal nacional
Todos iguais – programa dedicado às temáticas de género, transgender, LGTB etc etc. O genérico será constituído por criancinhas muito felizes a dizerem “Eu tenho duas mães”, “Eu tenho dois pais” Em off ouve-se “vamos falar de novas formas de parentalidade”
Parcerias com o mundo - a cargo da Fundação Mário Soares traz todas as semanas a voz daqueles que da Palestina à Venezuela, passando pela Líbia procuram constituir-se como uma outra voz na política e na cidadania
Simplex Artes – Do cinema às instalações eis um percurso pelo mundo dos criadores e dos homens que não conseguem viver sem arte. O primeiro programa parte do ex-CCB actual Museu Berardo e leva-nos até ao Africacont
Notícias do amanhã – Programa que vai dar conta de como a nossa vida vai mudar graças às excelentes medidas tomadas entre 2005 e 2009. No primeiro programa vê-se casal senior a entrar em carro eléctrico que se desloca até casa do filho que vive em união de facto e que é estagiário num destas estágio anunciados pelo querido líder em 2009. O filho está a tomar banho com águe aquecida no painel solar do programa anunciado pelo querido líder em 2009


Helena F. Matos, Blasfémias

Quem puder, participe na Manifestação pela Liberdade de Imprensa, amanhã, sexta-feira, 4-9-2009, pelas 20 horas, em frente à TVI, na Rua Mário Castelhano, n.º 40, Queluz de Baixo. E divulgue a iniciativa nos blogues, redes sociais, mail e SMS.
A decisão, de hoje, 3-9-2009, da administração da Media Capital/TVI de cancelar o “Jornal Nacional de Sexta” da TVI, dirigido por Manuela Moura Guedes, justifica novamente, a campanha de solidariedade com a informação da TVI, que aqui, e no Facebook, lançámos no final de Maio. Esta decisão, na véspera das eleições legislativas, cumula uma política de controlo dos media e de perseguição da liberdade de expressão pelo Governo do Partido Socialista, que definiu como adversário último a independência editorial da TVI, tentou a sua compra pela estatal PT, movimentou-se para a alteração da estrutura accionista, expulsou o director-geral José Eduardo Moniz, influencia a restrição sobre as notícias da estação sobre Sócrates e, agora, elimina o Jornal Nacional de Sexta, motivando a demissão dos seus directores e o repúdio da redacção. É altura de resistir e conjurar a resistência face à domesticação da informação e perseguição das liberdades públicas. A liberdade não se adia.


António Balbino Caldeira, Do Portugal Profundo

Vi hoje o debate (?) Sócrates-Portas.
Portas pareceu-me relativamente incompetente, provavelmente resultado das limitações que uma das mais fabulosas colecções de armários cheios de esqueletos impõe. Apesar disso entalou Sócrates razoavelmente bem em matéria de segurança e ensino. Evidentemente que Sócrates, devidamente ensopado em política de máximos socialistas ao melhor estilo Chavez, acha-se Deus, único julgador da melhor forma de gastar o dinheiro alheio. Uma mas mais estúpidos argumentos que Sócrates debitou, foi o da negação do “financiamento” do ensino privado, como se esse financiamento viesse do bolso dele. É mais uma das falácias que a esquerda de deuses inventa. E inventa pelo argumento que, segundo ela, “garante igualdade”. Quem tem dinheiro suficiente (tomara eu poder pagar aos meus netos ensino privado), coloca os filhos na escola que entende. Quem não tem, tem que, pagando uma miríade de impostos directos, indirectos e encapotados, ver torrar o seu dinheiro numa “educação” própria para bezerros restando-lhe apenas, no (pouco) tempo que disponha, tentar desmontar a extraordinária colecção de vícios, “causas” e outros mecanismos de lavagem cerebral em que a escola pública socretina e cientológica é especialista ... e ainda ensinar algo (do mundo real) aos rebentos.


Range-o-Dente, Fiel Inimigo

Que o Papa Bento XVI tenha reagido mal a uma carta subscrita por 41 párocos italianos, a apoiar o direito dos doentes terminais a recusarem o tratamento, é a prepotência que se compreende no líder vitalício e autoritário de uma teocracia. Não lhe falta a experiência iniciada nas juventudes nazis e consolidada à frente da Congregação para a Doutrina da Fé (ex-Santo Ofício), nem a firmeza, para impor a verdade única e o castigo adequado à heterodoxia dos referidos sacerdotes. Já se compreende mal que o Presidente da República de Portugal, que nunca pertenceu à Legião Portuguesa, à PIDE ou à União Nacional, advirta o poder legislativo contra uma lei que peca por tardia e a que sobra humanidade. O direito de decisão dos doentes não é um favor do Estado nem uma decisão que o PR ou o Papa devam impedir, é um sinal de respeito pelos cidadãos que cabe ao Parlamento expressar pela via legislativa. Há na cultura judaico-cristã uma tradição que obriga ao sofrimento com base na alegada vontade divina, interpretada por gerações de clérigos e assimilada por beatos capazes de negar o direito à autodeterminação individual, mas os avanços da medicina possibilitam hoje evitar o tormento e desespero dos últimos momentos de vida. O testamento vital não é uma obrigação mas, tão somente, uma decisão do foro íntimo que cabe ao Estado respeitar. É tão anacrónico impedir o exercício deste direito como seria intolerável impô-lo. Os cidadãos não podem estar sujeitos às idiossincrasias de líderes que prezam mais as indicações do chefe da sua religião do que a vontade individual dos seus compatriotas. Ninguém tem o direito de se servir do aparelho de Estado para exercer o proselitismo a que se julga obrigado. Os titulares dos órgãos da soberania não têm de ser ateus, crentes ou agnósticos, devem ser neutros, em matéria religiosa, no exercício das suas funções. O lei do testamento vital que o PS adiou para a próxima legislatura depois da manifesta ameaça do PR é uma exigência ética que não pode estar dependente das concepções beatas de um PR mais interessado na remissão dos pecados e na salvação da alma do que na defesa dos direitos individuais dos portugueses. É urgente que a próxima Assembleia da República legisle sobre este assunto ainda que os bispos se enraiveçam e o Prof. Cavaco termine o mandato a rezar ave-marias.

Carlos Esperança, Diário Ateísta

Suspeita-se que o Presidente da República ainda não se tenha pronunciado sobre o caso Moura Guedes por receio de vir a ser escutado pelos portugueses.

Val, Aspirina B

1 comentário:

Anónimo disse...

Subscrevo na íntegra a opinião de Carlos Esperança no Diário Ateísta. Subscrevo e, acima de tudo, aplaudo.