O Japão mudou a agulha política pela primeira vez em mais de 50 anos. O país do sol nascente elegeu o Partido Democrático do Japão (DPJ) de Yukio Hatoyama (鳩山由紀夫) para dirigir os destinos da nação nos próximos 4 anos. O grande derrotado foi Taro Aso, que já se demitiu da liderança do Partido Democrático Liberal depois da derrota eleitoral de Domingo.
Hatoyama é originário de uma proeminente família política japonesa, conhecida como "os Kennedy do Japão", só que sem as sucessivas tragédias. Hatoyama nasceu em Toquio em 1947, e é bisneto de Kazuo Hatoyama, membro da câmara dos representantes do Japão da era Meiji entre 1896 e 1897. Kazuo foi mais tarde presidente da Universidade de Waseda. A sua bisavó, Haruko, foi co-fundadora daquela que é hoje conhecida pela Universidade de Mulheres Kyoritsu, e uma pioneira dos direitos das mulheres no país das geishas. O seu avô Ichirō Hatoyama foi o fundador do PDJ, e serviu como primeiro ministro entre 1954 e 1956. O seu pai foi Iichirō Hatoyama, ministro dos negócios estrangeiros, e responsável pelo reatamento das relações diplomáticas com a União Soviética em 1951.
A sua mãe, Yasuko Hatoyama, é filha de Shojiro Ishibashi, fundador da Bridgestone Corporation e herdeira de uma avultada fortuna, e conhecida como "a madrinha" no mundo político japonês, devido às suas generosas contribuições monetárias ao PDJ e às carreiras políticas dos seus filhos. Yasuko doou biliões de yen aos seus filhos em 1996 para levantar o PDJ e estabelecê-los como uma força política. O irmão mais novo de Yukio, Kunio Hatoyama, foi ministro dos assuntos internos e comunicações do governo de Taro Aso até Junho último.
Hatoyama licenciou-se na Universidade de Tóquio em 1969 e recebeu um doutoramento em engenharia de gestão pela Universidade de Stanford em 1976. Foi em Stanford que conheceu a sua mulher, Miyuki Hatoyama. Casaram em 1975 depois de Miyuki se ter divorciado do primeiro marido. O filho de ambos, Kiichiro, é professor assistente e investigador de engenharia na Universidade Estadual de Moscovo. A sra. Hatoyama diz que o marido gosta de lavar os pratos, ver documentários sobre animais e é secretamente viciado em "crackers" de camarão. Este é o homem que a segunda maior economia do mundo escolheu.
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