sábado, 30 de novembro de 2013

Quem tudo quer tudo verde


Um dos "happenings" da semana foram as polémicas declarações do presidente do Sporting, Bruno Carvalho. Esperem, eu disse "polémicas"? Queria dizer "parvas". Desculpem lá isso. Tudo aconteceu no último Domingo durante um almoço com adeptos sportinguistas em Braga, antes do jogo dos leões em Guimarães. Bruno de Carvalho fez um primeiro discurso onde agradeceu a todos, ao seu avôzinho, paizinho e mãezinha por ser do Sporting, enfim, inanidades, e depois disso um grupo de grunhos desatou a berrar no restaurante, ou usando um eufemismo recorrente "entoando cânticos". Posto isto o presidente do Sporting entusiasmou-se (excitou-se?) e disse que a solução para os problemas do país era "tirar o vermelho da bandeira nacional". Os grunhos aplaudiram, lógico.

Claro que depois disto a grande maioria do país caíu em cima do presidente do Sporting, acusando-o de insultar os símbolos nacionais, exigindo que se demita e seja irradiado do futebol, atirado pela borda do país fora, enfim, um pouco de tudo, e não faltou quem se quisesse rebaixar ao nível das declarações de Bruno Carvalho, ou ainda mais baixo. Entre os sportinguistas, há os (poucos, felizmente) que o apoiam, os outros que o censuram e aqueles mais inteligentes e sensatos que preferem não dizer nada (também poucos, só que aqui infelizmente).

Para quem não percebe nada de futebol ou está-se nas tintas para essas rivalidades da treta, fica sem perceber muito bem o que Bruno Carvalho quis dizer. Sim senhor, a sua ideia é que retiremos o vermelho da bandeira nacional, e depois? Portanto, o senhor dá uma sugestão para resolver os problemas do país, que é uma coisa que nos diz respeito, dava imenso jeito, e a seguir vai embora. "Pintem tudo de verde!", só isso. Bem, a única bandeira completamente verde que conheço é a da Líbia de Gadaffi, entretanto já modificada. Não é lá muito bom exemplo, se querem que vos diga. Mal por mal, antes Portugal.

O presidente do Sporting tem uma forma especial de agitar as hostes do clube que preside. Já tinha feito referência à idade do presidente do FC Porto, Pinto da Costa, sugerindo que estaria a sofrer de demência, o que não é nada elegante. Não sei quem foi que lhe disse que para os adeptos do Sporting gostarem dele era preciso ser malcriado e idiota. Neste caso da bandeira penso que Bruno Carvalho mediu o QI à plateia, e resolveu baixá-lo, para comunicar mais facilmente. É um simples exercício, parecido com o "reiki": inspira-se, expira-se, e zás! o QI cai logo 30 ou 40 pontos. Eu não sei qual é a solução para o país, e se soubesse juro que dizia. No entanto há um grande problema que aqui salta logo à vista: a porra do clubismo. Não sejam trogloditas, pá!

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