Eu e o sr. rato andamos desencontrados. Vai para uma semana que não vejo, e ainda na quinta-feira cheguei a casa perto das sete da tarde, acendi a luz da sala e ouvi-o a fugir que nem um raio, nem sei bem para onde, levando tudo à sua frente. Se calhar interrompi algum momento de intimidade com alguma rata sua amiga, não sei. Não fosse o sr. rato tão tímido, e demonstrasse alguma disponibilidade para trocar dois dedos da sua pata de conversa, e advertia-o para este grande perigo que chega do continente. Na província de Sichuan, onde quem manda são os pandas, os ratos não são bem vindos.
Pelo menos é o que dá a entender esta imagem publicada na quinta-feira na rede social Weibo, que mostra três camaradas do sr. rato metidos em grandes sarilhos. Reza a história que os ratinhos foram capturados por um funcionário de uma agência de publicidade em Chengdu, onde andavam a roubar comida e a ratar os cabos da aparelhagem de vídeo que faz a segurança do edifício. De seguida, e bem ao estilo da Revolução Cultural, foram amarrados vivos a um poste de electricidade juntamente com uma mensagem em chinês onde se lê: "cometi um erro, e estou arrependido". O tal funcionário, apenas identificado pelo apelido Liu, diz que decidiu torturar os pobres ratinhos para "chamar a atenção para os roubos de fim-de-ano". Liu tranquilizou os defensores dos direitos dos animais, assegurando que os ratos seriam "soltos no campo, onde teriam um gato para cuidar deles". O engraçadinho...
Já em Setembro um homem palestiniano residente em Hebron, na Cisjordânia, amarrou um rato a uma "máquina da tortura" depois deste ter roído parte do seu salário. O homem tinha escondido o dinheiro num casaco que guardou num armário, sem saber que ali morava o seu sr. rato, que lhe ratou algumas notas. O homem publicou a imagem no Facebook, e há quem desconfie que a sua conduta se deveu ao facto do rato ser judeu. Puro engano, pois se fosse esse o caso, o rato tinha levado o dinheiro, e não ratado ☺ Ah estes palestinianos...quando não estão a queimar bandeiras, estão a torturar ratos.
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