Gary Kasparov passou por Macau. O antigo campeão do mundo de xadrez, quiçá um dos homens mais inteligentes da história recente da humanidade, deu-nos a honra da sua visita, para gaúdio dos aficionados do xadrez em Macau – todos os seis deles. É sempre notícia quando vem cá alguém cujo QI é superior à soma do QI de um terço da população, e com tanta inteligência a circular pela cidade dos casinos ainda nos arriscamos a interromper o continuum espácio-temporal e sermos engolidos por um buraco negro. O grande mestre de 50 anos, nascido na ex-república soviete do Azerbeijão, anda em “tour” pelo mundo desde Fevereiro, e não tem vontade nenhuma de regressar a casa da mãe (Rússia), porque esta arranjou um padrasto que dá pelo nome de Putin, que não simpatiza lá muito com gente que pensa pela própria cabeça e não se interessa apenas por dinheiro. Activista e “persona non grata” no seu país, Kasparov arrisca-se a ir parar ao xadrez, ao outro, não o do tabuleiro que o celebrizou, pela mão dos oligarcas que andam mortinhos por lhe deitar as patas em cima. Aqui pela RAEM o grande-mestre alertou para o perigo da memorização, vulgo “empinanço”, e lembrou da importância de pensar pela própria cabecinha, das virtudes do raciocínio, do abstracto e do lógico,de ler nas entrelinhas dos livros. Valeu a pena tê-lo por cá e ouvir dele estas palavras, por muito que valha o mesmo que pregar no deserto. Agora é esquecer o Kasparov (caspa...rov? LOOOOOOL) e focar as atenções no Manny Pacquiao. Esse é que bom, pá, que não é de paleio e resolve as equações à porrada. E “mánada”!
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