segunda-feira, 9 de setembro de 2013

O meu querido amigo Kim


Dennis Rodman regressou no Sábado de uma visita de quatro dias à Coreia do Norte, onde se encontrou com o seu “amigo” Kim Jong-Un, terceiro na linhagem da família Kim, que preside aos destinos do país mais isolado do mundo desde 1953, ano da sua fundação. A excêntrica ex-estrela da NBA, que nos anos 90 fez parte da equipa dos Chicago Bulls, e ao lado de Michael Jordan e Scottie Pippen encantou os aficionados do basquetebol, tinha estado em Pyongyang há alguns meses, com outros atletas norte-americanos. Na altura Rodman voltou da Coreia do Norte, onde os americanos são vistos como uma praga que urge eliminar da face da terra, a dizer maravilhas de Kim Jong-Un, que o rapaz é o máximo, e segue a NBA, e tudo mais. Pelo menos os americanos ficam a saber onde é seguro abrigarem-se em caso de ataque dos norte-coreanos: num jogo da NBA. Esta segunda visita foi entendida por alguns como tentativa de negociar a libertação do missionário Kenneth Bae, detido na Coreia do Norte, onde a prática religiosa é rigorosamente controlada. Ao chegar ao aeroporto de Pequim, Rodman foi abordado por jornalistas norte-americanos, que o inquiriram sobre o assunto. Mastigando num charuto apagado, Rodman diz que “foi apenas visitar o seu amigo Kim”, e mostrou fotografias onde aparece a abraçar o presidente norte-coreano, a jantar com ele, e a verem juntos uma partida de basquetebol. Deve ter-se esquecido da câmara na hora de o papar, presumo. Rodman ficou mesmo irritado com a insistência da imprensa no tema do missionário detido, e vociferou que “não tem nada a ver com o assunto”, e sugeriu que os jornalistas “perguntassem a Obama ou a Hillary Clinton sobre o caso Bae”. Rodman igual a si próprio, depois de voltar de um encontro com a sua alma gémea.

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