quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Justiça poética, ou nem por isso?


Ariel Castro, o "monstro de Cleveland", foi encontrado enforcado na sua cela, e presume-se que se terá suicidado. Castro foi notícia há alguns meses quando foram descobertas na cave da sua casa três jovens que manteve em cativeiro durante 10 anos, submetidas a maus tratos e abusos sexuais. Um caso que chocou a América e o mundo, e a que a justiça deu um tratamento "expresso", julgando o criminoso em tempo recorde e condenando-o a uma pena exemplar de prisão perpétua e mais mil anos. Castro era vigiado de perto, e a cada 30 minutos um guarda da prisão onde se encontrava a cumprir pena verificava o seu estado. Terá sido num desses intervalos de meia-hora que o psicopata executou o seu plano, enforcando-se com um lençol. A opinião pública, pelo menos alguma que vimos falar na TV, regozija-se com este fim, dizendo que Castro "merecia morrer". Não tenho bem a certeza se a justice terá ficado servida. O que foram estas semanas de cárcere a que esteve sujeito comparados com os anos de horror a que submeteu aquelas três jovens inocentes, que carregarão consigo para o resto das suas vidas o peso daquela traumática experiência. Para mim Castro escolheu o caminho mais fácil, e saíu por cima. Alguns podem ter achado bem feito, mas esteja onde estiver agora, ele deve-se estar a rir de nós. Enganou-nos bem, o sacana.

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