Macau à noite é uma caixinha de surpresas, um mundo de aventuras, um saco de gatos e gatas que se desunham para sair cá para fora, todas as designações gingonas que lhe quiserem dar. Para começar, Macau é uma cidade muito mais agradável de noite do que de dia. Menos trânsito, uma luz artificial que confere à cidade um elan especial, becos e travessas pitorescos onde é possível circular com relativa segurança, e muita gente gira. Os anjinhos e os irredutíveis “trabalhadeiros“ que só pensam na nota vão para a caminha cedo para depois cedo erguer e passar mais um dia na compita, e só os resistentes ficam na rua até de madrugada, dando a Macau o seu colorido em tons de vício, marginalidade e pecado. Um pecado omniforme e diverso, para todos os gostos. Um convite ao deboche e à perdição, que pisca o olho mesmo aos mais “certinhos”.
Entre a fauna que circula pelos casinos, bares e discotecas a horas proibitivas, uma das mais notórias é a das prostitutas. Mulheres da vida que procuram um pedaço desse bolo tão recheado pelo dinheiro do jogo, e dos seus agentes tantas vezes ávidos de prazeres furtivos, em busca da expressão carnal da loucura e do calor do jogo, ou apenas de um mero alívio. Macau à noite dá muita tesão, e o que não falta é onde e quem resolva o problema. Se até há dez anos já era fácil recorrer a profissionais do sexo, a proliferação de casinos, saunas, clubes nocturnos e outros locais de entretenimento nocturno multiplicou a oferta. A única semelhaça é o preçário: existem opções luxuosas, outras mais acessíveis e ainda outras mais modestas. Existe mesmo prostituição masculina que visa o mercado feminino, uma modalidade que curiosamente continua a ser tabu. Em todo o caso, ninguém fica à míngua. Há pão para todos.
Os últimos anos têm visto o aumento de um tipo de prostituição muito particular: os “ladyboys”. Para quem não sabe o que isso é (e serão poucos) basta uma simples consulta em qualquer motor de busca na net. Há quem lhes chame “travestis” ou “transsexuais”, mas em termos leigos são assim uma espécie de “mulheres com pila”. Têm uma aparência remotamente feminina, uns mais que os outros, vestem-se de mulher, usam maquilhagem e adereços femininos, alguns têm seios volumosos e outras características femininas adquiridas à custa de hormonas e cirurgia plástica, e a esmagadora maioria tem o pénis que Deus lhe deu. Existirão alguns que já realizaram a tal vaginoplastia, mas será uma minoria. Quem vai procurar uma vagina a fingir quando o que não falta por aí são vaginas autênticas? A vaginoplastia retira todo o sentido ao “ladyboy”. Vagina por vagina, opta-se por uma mulher.
Se existe nessa complicada ciência que é a Economia um princípio irrefutável é o da oferta e o da procura. Se existe oferta, existe procura. Se estes “ladyboys” andam aí, é porque há quem lhes dê negócio. Mas esperem…se isto são homens “disfarçados” de mulher, são os homens que os procuram homossexuais? Nada disso. Um homem “gay” terá preferência por outro homem, e não por um travesti, mesmo que em comum ambos tenham o objecto do desejo: o falo. Quem procura os “ladyboys” são normalmente homens assumidamente heterossexuais, muitos deles casados, e na maior parte dos casos fazem-no por “curiosidade”. Alguns tomam o gosto e repetem, em alguns casos incessantemente. Quem provou, repetiu e aprovou diz que é “uma maravilha”. O que fazem para lá da porta do quarto é do seu foro privado, e o “mecanismo” é para os mais inocentes um mistério: o que estão ali a fazer dois gajos com pila? Mais uma vez a net oferece respostas, e existem sites de pornografia especializados no assunto. Uma coisa é certa: um homem que procura um “ladyboy” tem tendências homossexuais, possivelmente recalcadas. O principal atractivo será o sexo anal, algo que a maioria das mulheres à margem da indústria porno rejeita, mas não tenho dúvidas que estes “machos” não se inibem de praticar sexo oral no “ladyboy”, e alguns vão mais além. E esta é a última fronteira, meus amigos. E aposto que dói muito.
Os “ladyboys” a trabalhar em Macau são originários da Tailândia e das Filipinas, sendo estes últimos muito mais visíveis – alguns andam pela cidade em plena luz do dia, misturando-se com a população activa. Alguns amigos dizem-me que na Tailândia os “ladyboys” operados são tão perfeitos “que se confundem com as mulheres”. Ora, esta é uma desculpa para a mais básica das rabechiches. Não existirá no mundo um único “ladyboy” que não tenha pelo menos uma característica que o denuncie. E mesmo que a transformação se aproxime da perfeição, existe sempre uma dúvida, um soar de alarme do instinto masculino, de quem provou mulheres e sabe o que é uma mulher equipada com vulva, clitoris e trompas de falópio, tudo como deve ser. No caso de dúvida o melhor é mandar para trás. E quem diz que não se importa…bem, cada um sabe de si. Mas cuidado, que pode ser o princípio de uma tendência que pode resultar em desastre. Qualquer dia acordam ao lado de uma dessas mulheres…de pila.
1 comentário:
Olha que muitas travestis até são mais bonitas que muitas mulheres embora tenham pilas LOL
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