A ministra da cultura francesa, Aurélie Filipetti, quer atribuir ao cantor norte-americano Bob Dylan o título de cavaleiro da Legião de Honra, uma das mais honrosas distinções do país, instituída em 1802 por Napoleão Bonaparte. O cantor de intervenção foi distinguido o ano passado com a Medalha da Liberdade, entregue pelo presidente Barack Obama (na imagem) como reconhecimento do seu contributo pela paz e pelos valores da igualdade que expressou nas suas canções. Filipetti quer distinguir Dylan, aproveitando o 50º aniversário da primeira edição do álbum “Free Wheelin’”, que se comemora no próximo dia 27. O disco inclui o tema “Blowin’ in the wind”, um dos temas mais conhecidos do cantor, e que é considerado o hino de uma geração. A ideia não caíu bem entre alguns sectores da sociedade francesa, e uma das vozes mais críticas foi a do general Jean-Louis Gorgelin, que lembra que Dylan “se opôs à guerra do Vietname”, ou ainda que “consome cannabis”. Razões válidas, sem dúvida. Também Marine Le Pen, filha do líder histórico da extrema-direita francesa, Jean-Marie Le Pen, se opõe à distinção, considerando-a “um reconhecimento da nação aos que se bateram por ela, e que contribuiram para o seu progresso e desenvolvimento”. De recordar que os franceses, tido como um povo nacionalista e orgulhoso, adoram o comediante Jerry Lewis, conhecido pelo seu humor “físico”. Talvez ficassem mais contentes se fosse ele a receber o título, por ter feito rir milhões de franceses com as suas palhaçadas.
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