Um grupo de pouco mais de cem manifestantes ocupou na quarta-feira à tarde o Largo do Senado, travando-se de razões com as autoridades, que não deixaram a manifestação passar pela Av. Almeida Ribeiro – um antigo braço-de-ferro que se vem tornando num jogo de teimosia. Mas qual era a natureza deste protesto marcado para um 16 de Maio, que não é uma data muito normal para o efeito. Aparentemente uma associação de cidadãos séniores terá pedido à Fundação Macau (FM) 300 mil patacas para organizar uma patuscada para 300 pessoas, mas receberam apenas 70 mil. É quase um insulto; em vez de uma milena por cabeça, os velhotes tiveram de se contentar com pouco mais de duzentas rufas. Isto mal dá para uma caixa de arroz para cada um, meus amigos! Parece disparatado, até porque alguns dos idosos que se manifestavam não sabiam sequer porquê. É verdade que a FM se põe “a jeito” para que se repitam situações desta natureza, com a sua política errática de atribuição de subsídios, que obedece a critérios mais que duvidosos, mas assim estamos a brincar com coisas sérias. O direito à manifestação é uma das poucas coisas que nos separa do primeiro sistema, e deve ser usado com cuidado, não vá cair em descrédito por culpa destes manifestantes profissionais, que saem à rua por “dá cá aquela palha”. Ou neste caso, por “dá cá aquele subsídio”.
Sem comentários:
Enviar um comentário