sábado, 11 de maio de 2013

Arco-Iris, tutti-frutti


A recém-criada e muito “na berra” Associação Arco-Iris de Macau, que defende os direitos dos homossexuais e afins (vulgo LGBT, na sigla inglesa) organizou este fim-de-semana o seu primeiro seminário no Instituto Politécnico de Macau. Segundo Anthony Lam, presidente desta associação pioneira na RAEM, o seminário está inserido na comemoração do Dia Contra a Homofobia e Transfobia, que se comemora no próximo Sábado. Os convidados para este este evento, também ele pioneiro, foram o crítico cultural local Pan Lei, e “Joanne”, um transsexual de Hong Kong. Falemos deste último.

Esta “Joanne”, nome de guerra, nasceu homem, e como homem era heterossexual, ou seja, gostava e ainda gosta de mulheres. Contudo Joanne não estava satisfeito com o género que lhe foi atribuído, e realizou uma operação de “mudança de sexo”. Apesar de estar agora dotado com uma vagina de imitação, Joanne não lhe dá o uso mais convencional, e como continua a preferir as mulheres, tornou-se lésbica. Isto fazendo fé na notícia da edição de ontem do Hoje Macau, que citou o próprio presidente da Associação Arco-Iris, Anthony Lam.

Ora meus amigos, eu sou todinho pelo direito de cada um escolher com que se quer deitar ou de fazer o que quiser com o seu corpo, mas o que é isto? Parece-me um caso demasiado extremo para estreia numa conferência que visa abordar os direitos “gay”, LGBT e tudo mais. Este não é um homossexual, e não me parece ter qualquer tipo de credibilidade. Isto é uma pessoa que sofre de uma parafilia rara. Um homem que gosta de mulheres e quer tornar-se numa para passar a ser lésbica? Perdoem-me a crueldade, mas este indivíduo é um doente. Se calhar o Arco-Iris deveria ter começado este ciclo de conferências com um simples homossexual ou alguém com que o público a que se dirige se consiga identificar melhor. Isto, repito, é demasiado extremo.

Estou mais ou menos por dentro das motivações dos indivíduos que realizam este tipo de transformação. Conheço a filmografia completa de Pedro Almodovar, vi o “Transamerica” há alguns anos e gostei bastante, já vi centenas de travesties e transsexuais ao vivo, no café, no autocarro e no supermercado. Isto não me choca nem me revolta, nem faz de mim uma autoridade no assunto, entenda-se. Aceito e pronto, cada um sabe de si. Contudo é preciso não esquecer que esta cirurgia (recomendo que procurem o video do procedimento) é meramente estética. Esta Joanne não é uma mulher porque cortou o membro e aumentou os peitos, da mesma forma que eu não sou o Stevie Wonder por usar óculos escuros.

Desconheço o conteúdo da intervenção da Joanne neste seminário, e até pode ser que o seu contributo tenha utilidade e sirva a causa. Não sei, não entendo, mas dou-lhe o benefício da dúvida. Só não sei porque carga de água optou por se tornar uma lésbica, sujeitando-se a uma mutilação, em vez de se manter um homem normal que gosta de mulheres, e que inclusivamente foi equipado pela natureza para o efeito. Falo por experiência própria quando digo que é mais fácil conquistar a simpatia das mulheres sendo homem do que lésbica, ainda por cima lésbica de imitação, como neste caso. Talvez eu esteja “out” no que toca a estes aspectos, mas discuti este assunto com outras pessoas, e não encontrei ninguém que entenda a motivação deste indivíduo. Mas desculpa-me, ó Joanne. Tu é que sabes e eu não tenho nada a ver com isso.

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